segunda-feira, 27 de junho de 2011

O Protestantismo não quer ser protestante.

ALESSANDRO LIMA

O protestantismo hoje não quer ser protestante. Isto se deve pelo fato
da apologética católica estar sempre mostrando aos cristãos em geral a
origem da fé protestante, que não é uma fé legitimamente cristã, mas
uma dissidência da Igreja fundada e instituída por Nosso Senhor Jesus
Cristo.

Quando a genelogia protestante é mostrada às claras, isto gera um
grande incômodo no meio protestante, já que arrogam guardarem o
Verdadeiro Cristianismo.

Lembro-me bem quando era adoleceste e congregava na Igreja Luterana,
mensalmente recebíamos um livrinho bem pequeno intitulado "Castelo
Forte". Num destes exemplares, li sobre a "apostasia" da Igreja
Católica, e que os Cristãos que desejavam permanecer fiéis a Cristo
tiveram que sair da Igreja Apostólica.

Não só este periódico Luterano, mas ainda outros que li na mesma
época, se referiam à Igreja Católica como a Igreja Apostólica. O
protestantismo histórico sempre reconheceu a Raiz Apótolica da Igreja
Católica.

Com o Protestantismo Pentecostal oriundo do início do séc XX, o
discurso mudou (sejamos francos, muita coisa mudou no protestantismo
depois deste movimento....). Agora a Igreja Católica não era mais a
Igreja Apostólica, mas sim oriunda do séc IV, através de Constantino.
Mas este argumento absurdo não é o foco deste meu artigo.

Agora o Protestantismo tem dito que não é protestante. Isto é, que não
tem origem nas sucessivas dissidências após a ruptura com a Igreja
Católica; mas que, sempre existiu, até mesmo na era apostólica.

Os principais defensores desta tese são os Batistas.

O argumento defensivo protestante mudou, mas a forma de implementá-lo
não. Como diz o ditado "papel aceita tudo". É muito fácil afirmar isso
ou aquilo, difícil mesmo é provar.

Novamente nossos irmãos separados apresentam uma enchurrada de
argumentos subjetivos, que não podem provar. Seria muito bom se
pudessem apresentar algum escrito patrístico (obra cristã antiga que
os primeiros cristãos nos deixaram como testemunho de sua fé) em que
encontrássemos a fé Batista, ou Luterana, ou de qualquer outra
denominação, demostrando objetivamente o que dizem.

Fazem isso? NÃO. E sabem por que? Porque não podem, já que até o séc
XVI, nenhum cristão professava a fé Protestante. A apresentação de
provas é um procedimento legítimo

daquele que está com a Verdade, para demonstrar que está de posse
dela. Nenhum mentiroso pode apresentar provas da Mentira, já que não
exite registro de algo que não aconteceu.

Ao contrário dos protestantes, nós Católicos podemos apresentar provas
do que dizemos.

Como estamos com a Verdade Única e Imutável, temos plenas condições de
apresentar provas, isto é, de apresentar testemunhos dos primeiros
cristãos que corroboram com a fé Católica, mostrando a legitimidade da
Igreja Católica e a antiguidade de Sua Existência e Sua Doutrina,
vejam alguns exemplos:

Sobre o nome da Igreja

"Onde quer que se apresente o Bispo, ali esteja também a comunidade,
assim como a presença de Cristo Jesus nos assegura a presença da
Igreja Católica"(Santo Inácio aos Esmirniotas - 107 DC)

Sobre o Primado de Pedro

"Depois da ressurreição, diz o Senhor: 'Apascenta as minhas ovelhas'.
Assim o Senhor edifica sobre Pedro a Igreja e lhe confia as suas
ovelhas para apascentá-las. Se bem que dê igual poder a todos os
Apóstolos, constitui uma só cátedra e dispõe, por sua autoridade, a
origem e o motivo da unidade. Por certo os demais Apóstolos eram como
Pedro, mas o primado é dado a Pedro e a unidade da Igreja e da cátedra
é assim demonstrada. Todos são pastores mas, como se vê, um só é o
rebanho apascentado pelo consenso unânime de todos os Apóstolos. Julga
conservar a fé aquele que não conserva esta unidade recomendada por
Paulo? Confia estar na Igreja aquele que abandona a cátedra de Pedro
sobre a qual está fundada a Igreja?" (Cipriano, +258, Sobre a Unidade
da Igreja cap. 4)

São Pedro foi Bispo de Roma

"[...]quanto a Lino, cuja presença junto dele [do Apóstolo Paulo] em
Roma foi registrada na 2ª carta a Timóteo [cf. 2Tm 4,21], depois de
Pedro foi o primeiro a obter ali o episcopado, conforme mencionamos
mais acima." (Eusébio Bispo de Cesaréia - HE,IV,8 - 317 d.C).

"[...]Alexandre recebeu o episcopado em Roma, sendo o quinto na
sucessão de Pedro e Paulo" (Eusébio Bispo de Cesaréia - HE,IV,1 - 317
d.C).

São Pedro sofreu o martírio em Roma

"Tendo vindo ambos a Corinto, os dois apóstolos Pedro e Paulo nos
formaram na doutrina evangélica. A seguir, indo para a Itália, eles
vos transmitiram os mesmos ensinamentos e, por fim, sofreram o
martírio simultaneamente" (Dionísio de Corinto, ano 170, extrato de
uma de suas cartas aos Romanos conforme fragmento conservado na HE
II,25,8).

"Eu, porém, posso mostrar o troféu dos Apóstolos [Pedro e Paulo]. Se,
pois, quereis ir ao Vaticano ou à Via Ostiense, encontrarás os troféus
dos fundadores desta Igreja" (Discurso contra Probo - Caio presbítero
de Roma, + ou - 199 d.C). Eusébio também trata deste escrito em HE
II,25,7.

"Pedro, finalmente tendo ido para Roma, lá foi crucificado de cabeça
para baixo" (Orígenes, +253, conforme fragmento conservado na HE,
III,1).

"Quando Nero viu consolidado seu poder, começou a empreender ações
ímpias e muniu-se contra o culto do Deus do universo. [...] Foi também
ele, o primeiro de todos os figadais inimigos de Deus, que teve a
presunção de matar os apóstolos. Com efeito, conta-se que sob seu
reinado Paulo foi decapitado em Roma. E ali igualmente Pedro foi
crucificado [cf. Jo 21,18-19; 2Pd 1,14]. Confirmam tal asserção os
nomes de Pedro e de Paulo, até hoje atribuídos aos cemitérios da
cidade." (Eusébio Bispo de Cesaréia - HE,II,25,1-5 - 317 d.C).

"Pedro, contudo, parece ter pregado aos judeus da Diáspora, no Ponto,
na Galácia, na Bitínia, na Capadócia e na Ásia [cf. 1Pd 1,1), e
finalmente foi para Roma, onde foi crucificado de cabeça para baixo,
conforme ele mesmo desejara sofrer." (Eusébio Bispo de Cesaréia - HE
III,2 - 317 d.C)

Sobre o Primado da Igreja de Roma sobre as Demais

"Já que seria demasiado longo enumerar os sucessores dos Apóstolos em
todas as comunidades, nos ocuparemos somente com uma destas: a maior e
a mais antiga, conhecida por todos, fundada e constituída pelos dois
gloriosíssimos apóstolos Pedro e Paulo. Mostraremos que a tradição
apostólica que ela guarda e a fé que ela comunicou aos homens chegaram
até nós através da sucessão regular dos bispos, confundindo assim
todos aqueles que querem procurar a verdade onde ela não pode ser
encontrada. Com esta comunidade, de fato, dada a sua autoridade
superior, é necessário que esteja de acordo toda comunidade, isto é,
os fiéis do mundo inteiro; nela sempre foi conservada a tradição dos
apóstolos" (Ireneu de Lião, +202, Contra as Heresias III,3,2).

" Após termos discutido sobre os Escritos dos profetas e as Escrituras
evangélicas e apostólicas acima, sobre os quais a Igreja Católica está
fundada pela graça de Deus, também achamos necessário dizer, embora a
Igreja Católica universalmente esteja difundida sobre todo o mundo,
sendo a única noiva de Cristo, que à Santa Igreja romana é dado o
primeiro lugar sobre as demais igrejas, não por decisão sinoidal, mas
sim pela voz do Senhor, nosso Salvador, pois no Evangelho obteve a
primazia: "Tu és Pedro" - Ele disse - "e sobre esta pedra edificarei a
Minha Igreja e as portas do Inferno não prevalecerão contra ela; e te
darei as chaves do Reino dos Céus e tudo o que ligardes sobre a Terra
será também ligado no Céu, e tudo o que desligardes sobre a Terra será
também desligado no Céu"."(Decreto Gelasiano, 384 d.C)

". Portanto, primeira é a cátedra da Igreja romana, do apóstolo Pedro,
por não haver qualquer mancha, ruga ou qualquer outro [defeito].
Porém, o segundo lugar foi concedido, em nome do bem-aventurado Pedro,
a Marcos, seu discípulo e autor do Evangelho, para Alexandria. Ele
mesmo escreveu a Palavra da Verdade, no Egito, conforme [ouvira do]
apóstolo Pedro; lá foi gloriosamente consumada [sua vida] no martírio.
O terceiro lugar é guardado por Antioquia, do bem-aventurado e
venerável apóstolo Pedro, que ali viveu antes de vir à Roma e onde
pela primeira vez foi ouvido o nome da nova raça: ?cristãos?."
(Decreto Gelasiano, 384 d.C)

A Igreja de Cristo é Una e Visível

"A Igreja é uma só, embora abranja uma multidão pelo contínuo aumento
de sua fecundidade. Assim como há uma só luz nos muitos raios do sol,
uma só árvore em muitos ramos, um só tronco fundamentado em raízes
tenazes, muitos rios em uma única fonte, assim também esta multidão
guarda a unidade da origem, se bem que pareça dividida por causa da
inumerável profusão dos que nascem. A unidade da luz não comporta que
se separe um raio do centro solar; um ramo quebrado da árvore não
cresce; cortado da fonte, o rio seca imediatamente. Do mesmo modo, a
Igreja do Senhor, como luz derramada, estende seus raios em todo o
mundo e é uma única luz que se difunde sem perder a própria unidade.
Ela desdobra os ramos por toda a terra com grande fecundidade;
estende-se ao longo dos rios com toda a liberalidade e, no entanto, é
uma na cabeça, uma pela origem, uma só mão imensamente fecunda.
Nascemos todos do seu ventre, somos nutridos com seu leite e animados
por seu Espírito" (Cipriano, +258, Sobre a Unidade da Igreja cap. 4)



"Quem é tão ímpio e perverso, tão enlouquecido pelo delírio da
discórdia que julgue poder ou que ouse dividir a unidade de Deus, a
veste do Senhor, a Igreja de Cristo? O próprio Senhor adverte e ensina
no Evangelho: 'Haverá um só pastor e um só rebanho'. Pensa alguém que
em um só lugar poderá haver muitos rebanhos e muitos pastores? Também
o Apóstolo Paulo, insinuando esta mesma unidade, suplica, exorta e
recomenda: 'Rogo-vos, irmãos, pelo nome de nosso Senhor Jesus Cristo,
que digais a mesma coisa e não haja cisões entre vós. Sede propensos
no mesmo espírito e à mesma sentença'. Ainda outra vez: 'Suportai-vos
mutuamente no amor da paz, fazendo tudo para conservar a unidade do
espírito no vínculo da paz'. Acreditas que podes subsistir afastado da
Igreja, procurando para ti outras moradas? Disseram a Raab, que
prefigurava a Igreja: 'Reune contigo, em casa, teu pai, tua mãe, teus
irmãos, toda a tua família. E quem ultrapassar a porta de tua casa,
responderá por si'. Do mesmo modo como o mistério da Páscoa significa,
na lei do Êxodo, a mesma unidade, o cordeiro que é morto, figurando a
Cristo, deve ser comido numa só casa. Deus disse: 'Será comido em uma
só casa. Não lanceis a carne fora de casa'. A carne de Cristo, do
Santo do Senhor, não pode ser lançada fora. E não há para os fiéis
outra casa senão a Igreja." (Cipriano, +258, Sobre a Unidade da Igreja
cap. 4)

Sobre a Sucessão Apostólica

"Os apóstolos receberam do Senhor Jesus Cristo o Evangelho que nos
pregaram. Jesus Cristo foi enviado por Deus. Cristo, portanto, vem de
Deus, e os apóstolos vêm de Cristo. As duas coisas, em ordem, provêm,
da vontade de Deus. Eles receberam instruções e, repletos de certeza,
por causa da ressurreição de nosso Senhor Jesus Cristo, fortificados
pela palavra de Deus e com plena certeza dada pelo Espírito Santo,
saíram anunciando que o Reino de Deus estava para chegar. Pregavam
pelos campos e cidades, e aí produziam sua primícias, provando-as pelo
Espírito, a fim de instituir com elas bispos e diáconos dos futuros
fiéis. Isso não era algo novo: desde há muito tempo, a Escritura
falava dos bispos e dos diáconos. Com efeito, em algum lugar está
escrito: "Estabelecerei seus bispos na justiça e seus diáconos na fé."
(São Clemente, + 90, Primeira Carta aos Corínitos,42)

"Nossos apóstolos conheciam, da parte do Senhor Jesus Cristo, que
haveria disputas por causa da função episcopal. Por este motivo,
prevendo exatamente o futuro, instituíram aqueles de quem falávamos
antes, e ordenaram que, por ocasião de morte desses, outros homens
provados lhes sucedessem no ministério. Os que foram estabelecidos por
eles ou por outros homens eminentes, com a aprovação de toda a Igreja,
e que serviram irrepreensivelmente ao rebanho de Cristo, com
humildade, calma e dignidade, e que durante muito tempo receberam o
testemunho de todos, achamos que não é justo demiti-los de sua
funções. Para nós, não seria culpa leve se exonerássemos do episcopado
aqueles que apresentaram os dons de maneira irrepreensível e santa.
Felizes os presbíteros que percorreram seu caminho e cuja vida
terminou de modo fecundo e perfeito. Eles não precisam temer que
alguém os afaste do lugar que lhes foi designado. E nós vemos que,
apesar da ótima conduta deles, removestes alguns da funções que
exerciam de modo irrepreensível e honrado." (São Clemente, + 90,
Primeira Carta aos Corínitos,44)

"Já que seria demasiado longo enumerar os sucessores dos Apóstolos em
todas as comunidades, nos ocuparemos somente com uma destas: a maior e
a mais antiga, conhecida por todos, fundada e constituída pelos dois
gloriosíssimos apóstolos Pedro e Paulo. " (Ireneu de Lião, +202,
Contra as Heresias III,3,2).

"Depois de ter assim fundado e edificado a Igreja, os bem-aventurados
Apóstolos transmitiram a Lino o cargo do episcopado... Anacleto lhe
sucede. Depois, em terceiro lugar a partir dos Apóstolos, é a Clemente
que cabe o episcopado... A Clemente sucedem Evaristo, Alexandre; em
seguida, em sexto lugar a partir dos Apóstolos, é instituído Sixto,
depois Telésforo, também glorioso por seu martírio; depois Higino,
Pio, Aniceto, Sotero, sucessor de Aniceto; e, agora, Eleutério detém o
episcopado em décimo segundo lugar a partir dos Apóstolos" (Ireneu de
Lião, +202, Contra as Heresias III,2,1s).

"Foi primeiramente na Judéia que eles (os Apóstolos escolhidos e
enviados por Jesus Cristo) implantaram a fé em Jesus Cristo e
estabeleceram comunidades. Depois partiram pelo mundo afora e
anunciaram às nações a mesma doutrina e a mesma fé. Em cada cidade
fundaram Igrejas, às quais, desde aquele momento, as outras Igrejas
emprestam a estaca da fé e a semente da doutrina; aliás, diariamente
emprestam-nas, para que se tornem elas mesmas Igrejas. A este título
mesmo são consideradas comunidades apostólicas, na medida em que são
filhas das Igrejas apostólicas. Cada coisa é necessariamente definida
pela sua origem. Eis por que tais comunidades, por mais numerosas e
densas que sejam, não são senão a primitiva Igreja apostólica, da qual
todas procedem... Assim faz-se uma única tradição de um mesmo
Mistério" (Tertuliano, + 202, De Praescriptione Haereticorum 2,
4-7.9).

"Depois do martírio de Pedro e Paulo, o primeiro a obter o episcopado
na Igreja de Roma foi Lino. Paulo, ao escrever de Roma a Timóteo,
cita-o na saudação final da carta [cf. 2Tm 4,21]." (Eusébio Bispo de
Cesaréia - HE,III,2 - 317 d.C).

"[...]Alexandre recebeu o episcopado em Roma, sendo o quinto na
sucessão de Pedro e Paulo" (Eusébio Bispo de Cesaréia - HE,IV,1 - 317
d.C).

"A Clemente [3º sucessor de São Pedro na Cáthedra de Roma] sucedeu
Evaristo; a Evaristo, Alexandre, depois, em sexto lugar desde os
apóstolos, foi estabelecido Xisto; logo, Telésforo, que prestou
glorioso testemunho; em seguida, Higino; após este, Pio, e depois,
Aniceto. Tendo sido Sotero o sucessor de Aniceto, agora detém o múnus
espiscopal Eleutério, que ocupa o duodécimo lugar na sucessão
apostólica. Em idêntica ordem e idêntico ensinamento na Igreja, a
tradição proveniente dos apóstolos e o anúncio da verdade chegaram até
nós." (História Eclesiástica Livro V, 6,4-5. Eusébio de Cesaréia, + ou
- 317 d.C).



Sobre a Eucaristia

"Não me agradam comida passageira, nem prazeres desta vida. Quero pão
de Deus que é carne de Jesus Cristo, da descendência de Davi, e como
bebida quero o sangue d'Ele, que é Amor incorruptível". (Carta aos
Romanos, parágrafo 7, cerca de 80-110 d.C.)

"Apartai-vos das ervas daninhas que Jesus Cristo não cultiva, por não
serem plantação do Pai.Não que tenha encontrado em vosso meio
discórdias, pelo contrário encontrei um povo purificado. Na verdade, o
que são propriedade de Deus e de Jesus Cristo estão com o Bispo, e
todos os que se converterem e voltarem à unidade da Igreja,
pertencerão também a Deus, par terem uma vida segundo Jesus Cristo.
Não vos deixeis iludir, meus irmãos. Se alguém seguir a um cismático,
não herdará o reino de Deus se alguém se guiar por doutrina alheia,
não se conforma com a Paixão de Cristo. Sede solícitos em tomar parte
numa só Eucaristia, porquanto uma é a carne de Nosso Senhor Jesus
Cristo, um o cálice para a união com Seu sangue; um o altar, assim
como também um é o Bispo, junto com seu presbitério e diáconos, aliás
meus colegas de serviço. E isso, para fazerdes segundo Deus o que
fizerdes" . (Santo Inácio de Antioquia,Carta aos Filadelfienses,3 e 4,
+ 110 d.C.)

"Esta comida nós chamamos Eucaristia, da qual ninguém é permitido
participar, exceto o que creia que as coisas nós ensinamos são
verdadeiras, e tenha recebido o batismo para perdão de pecados e
renascimento, e que vive como Cristo nos ordenou. Nós não recebemos
essas espécies como pão comum ou bebida comum; mas como Cristo Jesus
nosso Salvador, que se encarnou pela Palavra de Deus, se fez carne e
sangue para nossa salvação, assim também nós temos ensinado que o
alimento consagrado pela Palavra da oração que vem dele, de que a
carne e o sangue são, por transformação, a carne e sangue daquele
Jesus Encarnado." - (São Justino, I Apologia, Cap. 66, cerca de
148-155 d.C.)

"Deus tem portanto anunciado que todos os sacrifícios oferecidos em
Seu Nome, por Jesus Cristo, que está, na Eucaristia do Pão e do
Cálice, que são oferecidos por nós cristãos em toda parte do mundo,
são agradáveis a Ele." - (São Justino,Diálogo com Trifão, Cap. 117,
130-160 d.C.)

"Outrossim, como eu disse antes, concernente os sacrifícios que vocês,
naquele tempo, ofereciam, Deus fala através de Malaquias, um dos doze,
como segue: 'Eu não tenho nenhum prazer em você, diz o Senhor; e Eu
não aceitarei os sacrifícios de suas mãos; do nascer do sol até seu
ocaso, meu Nome tem sido glorificado dentre os gentios; e em todo o
lugar incenso é oferecido em meu Nome, e uma oferta pura: Grande tem
sido meu nome dentre os gentios, diz o Senhor; mas você O profana.'
Assim são os sacrifícios oferecidos a Ele, em todo lugar, por nós os
gentios, que são o Pão da Eucaristia e igualmente a taça da
Eucaristia, que Ele falou naquele tempo; e Ele diz que nós
glorificamos Seu nome, enquanto vocês O profanam." (São
Justino,Diálogo com Trifão, [41, 8-10], 130-160 d.C.)

"[Cristo] declarou o cálice, uma parte de criação, por ser seu próprio
Sangue, pelo qual faz nosso sangue fluir; e o pão, uma parte de
criação, ele estabeleceu como seu próprio Corpo, pelo qual Ele
completa nossos corpos." (Santo Irineu de Lião, Contra Heresias, 180
d.C.)

"Assim então, se a taça misturada e o pão fabricado recebem a Palavra
de Deus e tornam-se Eucaristia, que é dizer, o Sangue e Corpo de
Cristo, que fortifica e reconstrói a substância de nossa carne, como
podem essas pessoas dizer que a carne é incapaz de receber o presente
de Deus que é a vida eterna, quando isto é feito pelo Sangue e Corpo
de Cristo, que são Seu membro? Como o apóstolo abençoado diz em sua
carta aos Efésios, 'Nós somos membros de Seu Corpo, de sua carne e de
seus ossos' (Ef 5,30). Ele não está falando de forma 'espiritual' e de
' homem invisível', 'um espírito não tem carne e ossos' (Lc 24,39).
Não, ele está falando do organismo possuído por um ser humano real,
composto de carne e nervos e esqueleto. Isto é este que é nutrido pela
taça que é Seu Sangue, e é fortificado pelo pão que é Seu Corpo. O
talo da vinha toma raiz na terra e futuramente dá frutos, e 'o grão de
trigo cai na terra' (Jo 12,24), dissolve, ascende outra vez,
multiplicado pelo Espírito de Deus, e finalmente depois é processando,
é colocado para uso humano. Esses dois então recebe a Palavra de Deus
e torna-se Eucaristia, que é o Corpo e Sangue de Cristo." (Cinco
Livros = Desmascarando e Refutando a Falsidade)

"Somente como o pão que vem da terra, tendo recebido a invocação de
Deus, não é mais pão comum, mas Eucaristia, consistindo de duas
realidades, divina e terrestre, assim nossos corpos, tendo recebidos a
Eucaristia, não são mais corruptíveis, porque eles têm a esperança da
ressurreição." - "Cinco Livros = Desmascarando e Refutando a Falsidade
- especificamente a Gnose". Livro 4,18; 4-5, cerca de 180 d.C.

"O Sangue do Senhor, realmente, é duplo. Há Seu Sangue corpóreo, por
que nós somos redimidos da corrupção; e Seu Sangue espiritual, com que
nós somos ungido. Que significa: beber o Sangue de Jesus é
compartilhar sua imortalidade. O vigor da Palavra é o Espírito somente
como o sangue é o vigor do corpo. Do mesmo modo, como vinho é
misturado com água, assim é o Espírito com o homem. O Único, o Vinho e
Água nutrido na fé, enquanto o outro, o Espírito, conduzindo-nos para
a imortalidade. A união de ambos, entretanto, - da bebida e da
Palavra, - é chamada Eucaristia, digna de louvor e presente excelente.
Aqueles que partilham disto na fé são santificados no corpo e na alma.
Pela vontade do Pai, a mistura divina, homem, está misticamente unida
ao Espírito e à Palavra." (São Clemente de Alexandria, O Instrutor das
Crianças". [2,2,19,4] + - 202.)

"A Palavra é tudo para uma criança: ambos Pai e Mãe, ambos Instrutor e
Enfermeira. 'Comam minha Carne,' Ele diz, 'e Bebam meu Sangue.' O
Senhor nos nutre com esses nutrientes íntimos. Ele nos entrega Sua
Carne, e nos dá Seu Sangue; e nada é escasso para o crescimento de
Suas crianças. Oh mistério incrível!". (São Clemente de Alexandria, O
Instrutor das Crianças [1,6,41,3] + - 202.)

Sobre o Batismo de Crianças

"Ele (Jesus) veio para salvar a todos através dele mesmo, isto é, a
todos que através dele são renascidos em Deus: bebês, crianças, jovens
e adultos. Portanto, ele passa através de toda idade, torna-se um bebê
para um bebê, santificando os bebês; uma criança para as crianças,
santificando-as nessa idade...(e assim por diante); ele pode ser o
mestre perfeito em todas as coisas, perfeito não somente manifestando
a verdade, perfeito também com respeito a cada idade" (Santo Irineu,
202 dC - Contra Heresias II,22,4).

"Onde não há escassez de água, a água corrente deve passar pela fonte
batismal ou ser derramada por cima; mas se a água é escassa, seja em
situação constante, seja em determinadas ocasiões, então se use
qualquer água disponível. Dispa-se-lhes de suas roupas, batize-se
primeiro as crianças, e se elas podem falar, deixe-as falar. Se não,
que seus pais ou outros parentes falem por elas" (Hipólito, 215 dC,
Tradição Apostólica 21,16).

"A Igreja recebeu dos apóstolos a tradição de dar Batismo mesmo às
crianças. Os apóstolos, aos quais foi dado os segredos dos divinos
sacramentos sabiam que havia em cada pessoa inclinações inatas do
pecado (original), que deviam ser lavadas pela água e pelo Espírito"
(Orígenes, ano 248 - Comentários sobre a Epístola aos Romanos 5,9)

"Do batismo e da graça não devemos afastar as crianças" (São Cipriano,
ano 248 - Carta a Fido).

A Tradição dos Apóstolos foi fielmente conservada

"Em primeiro lugar [Inácio de Antioquia], acautelava-se a conservar
firmemente a tradição dos apóstolos que, por segurança, julgou
necessário fixar ainda por escrito. Estava já prestes a ser
martirizado." (História Eclesiástica Livro III, 36,4. Eusébio de
Cesaréia, + ou - 317 d.C).

"Em teu favor, não hesitarei em aditar às minhas explanações que
aprendi outrora dos presbíteros e cuja lembrança guardei fielmente, a
fim de corroborar a manifestação da verdade." (Pápias Bispo de
Hierápolis, - ou - 120 d.C).

"Pápias, de quem nos ocupamos agora, reconhece ter recebido as
palavras dos apóstolos por meio dos que com eles conviveram; declara,
além disso, ter sido ele mesmo ouvinte de Aristion e do presbítero
João. De fato, cita-os com freqüência nominalmente em seus escritos,
referindo as palavras que transmitiram.Não foi ocioso ter dito tais
coisas. É justo acrescentar às palavras supramencionadas de Pápias
umas narrações ainda de fatos extraordinários e outras que chegaram
até ele por meio da tradição." (História Eclesiástica Livro III,
39,7-8. Eusébio de Cesaréia, + ou - 317 d.C).

"Floresciam nesta época na Igreja [tempo do Imperador Vero, por volta
de 140 d.C], Hegesipo, já conhecido pelas narrações precedentes;
Dionísio, bispo de Corinto; Pintos, bispo de Creta. Além disso,
Filipe, Apolinário, Melitão, Musano e Modesto, e sobretudo Ireneu.
Através de todos eles, chegou até nós por escrito a ortodoxia da
tradição apostólica, a verdadeira fé." (História Eclesiástica Livro
IV, 21. Eusébio de Cesaréia, + ou - 317 d.C).

"Ora, sob [o episcopado de] Clemente, grave divergência surgiu entre
os irmãos de Corinto. A Igreja de Roma enviou aos coríntios importante
carta, exortando-os à paz e procurando reavivar-lhes a fé, assim como
a tradição que, há pouco tempo, ela havia recebido dos apóstolos."
(História Eclesiástica Livro IV, 6,3. Eusébio de Cesaréia, + ou - 317
d.C).

"Esses mestres [Policarpo, Ireneu, Pápias, Justino, Clemente de Roma,
Clemente de Alexandria, entre outros pois a lista é grande], que
guardaram a verdadeira tradição da feliz doutrina recebida, como que
transmitida de pai a filho, oriunda imediatamente dos santos Apóstolos
Pedro e Tiago, João e Paulo (poucos são, contudo os filhos semelhantes
aos pais), chegaram até nossos dias, por dom de Deus, a fim de lançar
as sementes de seus antepassados e dos apóstolos em nossos corações"
(História Eclesiástica Livro V, 11,5. Eusébio de Cesaréia, + ou - 317
d.C).

"Impossível enumerar nominalmente todos os que então, desde a primeira
sucessão dos Apóstolos, tornaram-se pastores ou evangelistas nas
Igrejas pelo mundo. Nominalmente confiamos a um escrito apenas a
lembrança daqueles cujas obras ainda agora representam a tradição da
doutrina apostólica" (História Eclesiástica Livro III, 37,4. Eusébio
de Cesaréia, + ou - 317 d.C).

Veneração dos Santos

"Ignoravam eles que não poderíamos jamais abandonar Cristo, que sofreu
pela salvação de todos aqueles que são salvos no mundo, como inocente
em favor dos pecadores, nem prestamos culto a outro. Nós o adoramos
porque é o Filho de Deus. Quanto aos mártires, nós os amamos
justamente como discípulos e imitadores do Senhor, por causa da
incomparável devoção que tinham para com seu rei e mestre. Pudéssemos
nós também ser seus companheiros e condiscípulos!" (Martírio de
Policarpo 17:2, +- 160 D.C).

"Vendo a rixa suscitada pelos judeus, o centurião colocou o corpo no
meio e o fez queimar, como era costume. Desse modo, pudemos mais tarde
recolher seus ossos [de Policarpo], mais preciosos do que pedras
preciosas e mais valiosos do que o ouro, para colocá-lo em lugar
conveniente. Quando possível, é aí que o Senhor nos permitirá
reunir-nos, na alegria e contentamento, para celebrar o aniversário de
seu martírio, em memória daqueles que combateram antes de nós, e para
exercitar e preparar aqueles que deverão combater no futuro."
(Martírio de Policarpo 18, +- 160 D.C)

Cânon Bíblico

"Cânon 36 - Parece-nos bom que, fora das Escrituras canônicas, nada
deva ser lido na Igreja sob o nome 'Divinas Escrituras'. E as
Escrituras canônicas são as seguintes: Gênese, Êxodo, Levítico,
Números, Deuteronômio, Josué, Juízes, Rute, quatro livros dos Reinos1,
dois livros dos Paralipômenos2, Jó, Saltério de Davi, cinco livros de
Salomão3, doze livros dos Profetas4, Isaías, Jeremias5, Daniel,
Ezequiel, Tobias, Judite, Ester, dois livros de Esdras6 e dois
[livros] dos Macabeus. E do Novo Testamento: quatro livros dos
Evangelhos7, um [livro de] Atos dos Apóstolos, treze epístolas de
Paulo8, uma do mesmo aos Hebreus9, duas de Pedro, três de João, uma de
Tiago, uma de Judas e o Apocalipse de João.10 Sobre a confirmação
deste cânon se consultará a Igreja do outro lado do mar11. É também
permitida a leitura das Paixões dos mártires na celebração de seus
respectivos aniversários12" (Concílio de Hipona, 08.Out.393).

"Parece-nos bom que, fora das Escrituras canônicas, nada deva ser lido
na Igreja sob o nome 'Divinas Escrituras'. E as Escrituras canônicas
são as seguintes: Gênese, Êxodo, Levítico, Números, Deuteronômio,
Josué, Juízes, Rute, quatro livros dos Reinos, dois livros dos
Paralipômenos, Jó, Saltério de Davi, cinco livros de Salomão, doze
livros dos Profetas, Isaías, Jeremias, Daniel, Ezequiel, Tobias,
Judite, Ester, dois livros de Esdras e dois [livros] dos Macabeus. E
do Novo Testamento: quatro livros dos Evangelhos, um [livro de] Atos
dos Apóstolos, treze epístolas de Paulo, uma do mesmo aos Hebreus,
duas de Pedro, três de João, uma de Tiago, uma de Judas e o Apocalipse
de João12. Isto se fará saber também ao nosso santo irmão e sacerdote,
Bonifácio, bispo da cidade de Roma, ou a outros bispos daquela região,
para que este cânon seja confirmado, pois foi isto que recebemos dos
Padres como lícito para ler na Igreja" (Concílio de Cartago III (397)
e Concílio de Cartago IV (419)).

"Tratemos agora sobre o que sente a Igreja Católica universal, bem
como o que se dever ter como Sagradas Escrituras: um livro do Gênese,
um livro do Êxodo, um livro do Levítico, um livro dos números, um
livro do Deuteronômio; um livro de Josué, um livro dos Juízes, um
livro de Rute; quatro livros dos Reis13, dois dos Paralipômenos; um
livro do Saltério; três livros de Salomão: um dos Provérbios, um do
Eclesiastes e um do Cântico dos Cânticos; outros: um da Sabedoria, um
do Eclesiástico. Um de Isaías, um de Jeremias com um de Baruc e mais
suas Lamentações, um de Ezequiel, um de Daniel; um de Joel, um de
Abdias, um de Oséias, um de Amós, um de Miquéias, um de Jonas, um de
Naum, um de Habacuc, um de Sofonias, um de Ageu, um de Zacarias, um de
Malaquias. Um de Jó, um de Tobias, um de Judite, um de Ester, dois de
Esdras, dois dos Macabeus. Um evangelho segundo Mateus, um segundo
Marcos, um segundo Lucas, um segundo João. [Epístolas:] a dos Romanos,
uma; a dos Coríntios, duas; a dos Efésios, uma; a dos Tessalonicenses,
duas; a dos Gálatas, uma; a dos Filipenses, uma; a dos Colossences,
uma; a Timóteo, duas; a Tito, uma; a Filemon, uma; aos Hebreus, uma.
Apocalipse de João apóstolo; um, Atos dos Apóstolos, um. [Outras
epístolas:] de Pedro apóstolo, duas; de Tiago apóstolo, uma; de João
apóstolo, uma; do outro João presbítero, duas14; de Judas, o zelota,
uma. (Catálogo dos livros sagrados, composto durante o pontificado de
São Dâmaso [366-384], no Concílio de Roma de 382)

"Quais os livros aceitos no cânon das Escrituras, o breve apêndice o
mostra: Cinco livros de Moisés, isto é, Gênese, Êxodo, Levítico,
Números e Deuteronômio. Um livro de Josué, filho de Num; um livro dos
Juízes; quatro livros dos Reinos; e Rute. Dezesseis livros dos
Profetas; cinco livros de Salomão; o Saltério. Livros históricos: um
de Jó, um de Tobias, um de Ester, um de Judite, dois dos Macabeus,
dois de Esdras, dois dos Paralipômenos. Do Novo Testamento: quatro
livros dos Evangelhos; quatorze epístolas do apóstolo Paulo, três de
João, duas de Pedro, uma de Judas, uma de Tiago; os Atos dos
Apóstolos; e o Apocalipse de João" (Papa Inocêncio I, 20.02.405; Carta
"Consulenti Tibi" a Exupério, bispo de Tolosa).

"Devemos agora tratar das Escrituras Divinas. Vejamos o que a Igreja
Católica universalmente aceita e o que deve ser evitado: (1) Começa a
ordem do Antigo Testamento: um livro da Gênese, um do Êxodo, um do
Levítico, um dos Números, um do Deuteronômio, um de Josué (filho de
Nun), um dos Juízes, um de Rute, quatro livros dos Reis, dois dos
Paralipômenos, um livro de 150 Salmos, três livros de Salomão (um dos
Provérbios, um do Eclesiastes, e um do Cântico dos Cânticos). Ainda um
livro da Sabedoria e um do Eclesiástico. (2) A ordem dos Profetas: um
livro de Isaías, um de Jeremias com Cinoth (isto é, as suas
Lamentações), um livro de Ezequiel, um de Daniel, um de Oséias, um de
Amós, um de Miquéias, um de Joel, um de Abdias, um de Jonas, um de
Naum, um de Habacuc, um de Sofonias, um de Ageu, um de Zacarias e um
de Malaquias. (3) A ordem dos livros históricos: um de Jó, um de
Tobias, dois de Esdras, um de Ester, um de Judite e dois dos Macabeus.
(4)A ordem das escrituras do Novo Testamento, que a Santa e Católica
Igreja Romana aceita e venera são: quatro livros dos Evangelhos (um
segundo Mateus, um segundo Marcos, um segundo Lucas e um segundo
João). Ainda um livro dos Atos dos Apóstolos. As 14 epístolas de Paulo
Apóstolo: uma aos Romanos, duas aos Coríntios, uma aos Efésios, duas
aos Tessalonicenses, uma aos Gálatas, uma aos Filipenses, uma aos
Colossenses, duas a Timóteo, uma a Tito, uma a Filemon e uma aos
Hebreus. Ainda um livro do Apocalipse de João. Ainda sete epístolas
canônicas: duas do Apóstolo Pedro, uma do Apóstolo Tiago, uma de João
Apóstolo, duas epístolas do outro João (presbítero) e uma de Judas
Apóstolo (o zelota)" (Papa S. Gelásio, 384; Decreto Gelasiano;
repetido em 520 pelo papa S. Hormisdas. Seguido também pelo Concílio
Ecumênico de Florença15 [1438-1445], e novamente ratificado pelos
Concílio de Trento16 [1546-1563] e Vaticano I [1870])).

Para colocar todos os pingos nos "ís" seria necessário escrever uma
obra bem mais extensa que este artigo. No entanto, espero que os
testemunhos antigos aqui relatados sirvam para uma melhor reflexão
daqueles que buscam a Verdade.

Para finalizar vejam na opinião dos primeiros Cristãos onde está a Verdade

Onde está a Verdadeira Doutrina Cristã

"Mas a Igreja de Éfeso, fundada por Paulo e onde João permaneceu até o
tempo de Trajano, é também testemunha genuína da tradição dos
apóstolos" (Contra as Heresias, Santo Ireneu Bispo de Lião, + ou - 202
d.C).

"Nesta ocasião [tempo do Imperador Vero. Meados do segundo século e
início do terceiro], muitos homens da Igreja lutaram em prol da
verdade com eloqüência e defenderam as proposições apostólicas e
eclesiásticas. Alguns até, com seus escritos, deixaram aos pósteros
uma profilaxia contra as heresias que acabamos de citar" (História
Eclesiástica Livro IV, 7,5. Eusébio de Cesaréia, + ou - 317 d.C).

"A Clemente [3º sucessor de São Pedro na Cáthedra de Roma] sucedeu
Evaristo; a Evaristo, Alexandre, depois, em sexto lugar desde os
apóstolos, foi estabelecido Xisto; logo, Telésforo, que prestou
glorioso testemunho; em seguida, Higino; após este, Pio, e depois,
Aniceto. Tendo sido Sotero o sucessor de Aniceto, agora detém o múnus
espiscopal Eleutério, que ocupa o duodécimo lugar na sucessão
apostólica. Em idêntica ordem e idêntico ensinamento na Igreja, a
tradição proveniente dos apóstolos e o anúncio da verdade chegaram até
nós." (História Eclesiástica Livro V, 6,4-5. Eusébio de Cesaréia, + ou
- 317 d.C).

"E quando, por nossa vez, os levamos [os hereges] à Tradição que vem
dos apóstolos e que é conservada nas várias igrejas, pela sucessão dos
presbíteros, então se opõe à Tradição, dizendo que, sendo eles mais
sábios do que os presbíteros, não somente, mas até dos apóstolos,
foram os únicos capazes de encontrar a pura verdade." (Contra as
Heresias, III,2,1, Santo Ireneu Bispo de Lião, + ou - 202 d.C)

"Portanto, a tradição dos apóstolos, que foi manifestada no mundo
inteiro, pode ser descoberta e toda igreja por todos os que queiram
ver a verdade. Poderíamos enumerar aqui os bispos que foram
estabelecidos nas igrejas pelos apóstolos e seus sucessores até nós; e
eles nunca ensinaram nem conheceram nada que se parecesse com o que
essa gente [os hereges] vai delirando. [...] Mas visto que seria coisa
bastante longa elencar numa obrar como esta, as sucessões de todas as
igrejas, limitar-nos-emos à maior e mais antiga e conhecida por todos,
à igreja fundada e constituída em Roma, pelos dois gloriosíssimos
apóstolos, Pedro e Paulo, e, indicando a sua tradição recebida dos
apóstolos e a fé anunciada aos homens, que chegou até nós pelas
sucessões dos bispos, refutaremos todos os que de alguma forma, quer
por enfatuação ou vanglória, que por cegueira ou por doutrina errada,
se reúnem prescindindo de qualquer legitimidade. Com efeito, deve
necessariamente estar de acordo com ela, por causa da sua origem mais
excelente, toda a igreja, isto é, os fiéis de todos os lugares, porque
nela sempre foi conservada, de maneira especial, a tradição que deriva
dos apóstolos." (Contra as Heresias, III,3,1-2, Santo Ireneu Bispo de
Lião, + ou - 202 d.C).



O Protestantismo só deixará de ser protestante quando não protestar
mais contra a Igreja Santa Una Católica e Apostólica.


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