segunda-feira, 30 de março de 2009

NOTÍCIA DEVIDAMENTE SONEGADA DOS LEITORES

UM DOS MAIORES ESPECIALISTAS DO MUNDO NO COMBATE À AIDS DIZ: “O PAPA ESTÁ CERTO”.

Há coisas que você jamais vai ler na imprensa brasileira porque, dada a sua “isenção” de propaganda, às vezes letal para a inteligência e a verdade, pouco importa a consideração de uma autoridade científica ou religiosa se o que elas dizem não coincide com a metafísica politicamente correta.
Aceita-se a chamada pluralidade, mas sem exageros, é claro. Querem ver ?
Vocês se lembram que, em Camarões e , de fato, foi uma mensagem para o continente africano , o papa Bento 16 afirmou que a distribuição maciça de camisinhas não era o melhor programa de combate à AIDS. E disse que o problema poderia até se agravar.
A estupidez militante logo entendeu, ou fingiu entender, que Sua Santidade contestara a eficiência do preservativo para barrar a transmissão do vírus.
Bento 16 não tratava desse assunto, mas de coisa mais ampla.
Referia-se a políticas públicas de combate à expansão da doença.
Apanhou de todo lado. De todo mundo.
No Brasil, noticiou-se a coisa com ares de escândalo.
Os valentes nem mesmo investigaram os números no Brasil a contaminação continua alta e EM ALTA em alguns grupos e no mundo. Adiante.
Se você pesquisar um pouco, vai saber que o médico e antropólogo Edward Green é uma das maiores autoridades mundiais no estudo das formas de combate à expansão da AIDS.
Ele é diretor do Projeto de Investigação e Prevenção da AIDS (APRP, na sigla em inglês), do Centro de Estudos sobre População e Desenvolvimento de Harvard. Pois bem.
Green concedeu uma entrevista sobre o tema. E o que ele disse?
O PAPA ESTÁ CERTO. AS EVIDÊNCIAS EMPÍRICAS CONFIRMAM O QUE DIZ SUA SANTIDADE. Ora, como pode o papa estar certo ? Vamos sonegar essa informação dos leitores.
Em entrevista aos sites National Review Online (NRO) e Ilsuodiario.net , Green afirma que as evidências que existem apontam que a distribuição em massa de camisinha não é eficiente para reduzir a contaminação na África.
Na verdade, ao NRO, ele afirmou que não havia uma relação consistente entre tal política e a diminuição da contaminação. Ao Ilsuodiario, assumiu claramente a posição do papa — e, notem bem!, ele fala como cientista, como estudioso, não como religioso: “O que nós vemos de fato é uma associação entre o crescimento do uso da camisinha e um aumento da AIDS. Não sabemos todas as razões. Em parte, isso pode acontecer por causa do que chamamos ‘risco compensação” — literalmente, nas palavras dele ao NRO: “Quando alguém usa uma tecnologia de redução de risco, freqüentemente perde o benefício (dessa redução) correndo mais riscos do que aquele que não a usa”.
Pois é , Green também afirma que o chamado programa ABC — abstinência, fidelidade e, sim, camisinha (se necessário), que está em curso em Uganda — tem-se mostrado eficiente para diminuir a contaminação.
E diz que o grande fator para a queda é a redução de parceiros sexuais.
Que coisa, não ?

NÃO É MESMO INCRÍVEL QUE SEXO MAIS RESPONSÁVEL CONTRIBUA PRA DIMINUIR OS CASOS DE CONTAMINAÇÃO ? Pois é !

Critico as campanhas de combate à aids no Brasil desde o Primeira Leitura, como sabem.
E, aqui, desde o primeiro dia. Há textos às pencas no arquivo.
A petralhada que se pensa cheia de veneno e picardia erótica gritava: “Você quer impor seu padrão religioso ao país...” Ou então: “Você não gosta de sexo...” Pois é.

Vai ver Harvard escolheu um idiota católico e sexofóbico para dirigir o programa.

Bento 16 apanhou que deu gosto. E apanhou pelo que não disse , e ele jamais disse que a camisinha facilita a contaminação de um indivíduo em particular , e pelo que disse: a AIDS é , sim , uma doença associada ao comportamento de risco e , pois , às escolhas individuais.
Sem que se mude esse compartamento, nada feito.
Pois é.
O mundo moderno não aceita que as pessoas possam ter escolhas.
Como já escrevi aqui certa feita, transformaram a camisinha numa nova ética.
E, como tal, ela é de uma escandalosa ineficiência.

Por Reinaldo Azevedo , Blog.

quarta-feira, 25 de março de 2009

GRÁVIDA DE GÊMEOS EM ALAGOINHA...

...O lado que a imprensa deixou de contar.

Há cerca de oito dias, nossa cidade foi tomada de surpresa por uma trágica notícia de um acontecimento que chocou o país: uma menina de 9 anos de idade, tendo sofrido violência sexual por parte de seu padrasto, engravidou de dois gêmeos.
Além dela, também sua irmã, de 13 anos, com necessidade de cuidados especiais, foi vitima do mesmo crime. Aos olhos de muitos, o caso pareceu absurdo, como de fato assim também o entendemos, dada a gravidade e a forma como há três anos isso vinha acontecendo dentro da própria casa, onde moravam a mãe, as duas garotas e o acusado.
O Conselho Tutelar de Alagoinha, ciente do fato, tomou as devidas providências no sentido de apossar-se do caso para os devidos fins e encaminhamentos.
Na sexta-feira, dia 27 de fevereiro, sob ordem judicial, levou as crianças ao IML de Caruaru-PE e depois ao IMIP (Instituto Médico Infantil de Pernambuco), de Recife a fim de serem submetidas a exames sexológicos e psicológicos.

Chegando ao IMIP, em contato com a Assistente Social Karolina Rodrigues, a Conselheira Tutelar Maria José Gomes, foi convidada a assinar um termo em nome do Conselho Tutelar que autorizava o aborto. Frente à sua consciência cristã, a Conselheira negou-se diante da assistente a cometer tal ato.

Foi então quando recebeu das mãos da assistente Karolina Rodrigues um pedido escrito de próprio punho da mesma que solicitava um "encaminhamento ao Conselho Tutelar de Alagoinha no sentido de mostrar-se favorável à interrupção gestatória da menina, com base no ECA (Estatuto da Criança e do Adolescente) e na gravidade do fato".
A Conselheira guardou o papel para ser apreciado pelos demais Conselheiros colegas em Alagoinha e darem um parecer sobre o mesmo com prazo até a segunda-feira dia 2 de março.
Os cinco Conselheiros enviaram ao IMIP um parecer contrário ao aborto, assinado pelos mesmos. Uma cópia deste parecer foi entregue à assistente social Karolina Rodrigues que o recebeu na presença de mais duas psicólogas do IMIP, bem como do pai da criança e do Pe. Edson Rodrigues, Pároco da cidade de Alagoinha.
No sábado, dia 28, fui convidado a acompanhar o Conselho Tutelar até o IMIP em Recife, onde, junto à conselheira Maria José Gomes e mais dois membros de nossa Paróquia, fomos visitar a menina e sua mãe, sob pena de que se o Conselho não entregasse o parecer desfavorável até o dia 2 de março, prazo determinado pela assistente social, o caso se complicaria.
Chegamos ao IMIP por volta das 15 horas. Subimos ao quarto andar onde estavam a menina e sua mãe em apartamento isolado. O acesso ao apartamento era restrito, necessitando de autorização especial. Ao apartamento apenas tinham acesso membros do Conselho Tutelar, e nem tidos. Além desses, pessoas ligadas ao hospital. Assim sendo, à área reservada tiveram acesso naquela tarde as conselheiras Jeanne Oliveira, de Recife, e Maria José Gomes, de nossa cidade.
Com a proibição de acesso ao apartamento onde menina estava, me encontrei com a mãe da criança ali mesmo no corredor. Profunda e visivelmente abalada com o fato, expôs para mim que tinha assinado "alguns papéis por lá".
A mãe é analfabeta e não assina sequer o nome, tendo sido chamada a pôr as suas impressões digitais nos citados documentos.
Perguntei a ela sobre o seu pensamento a respeito do aborto. Valendo-se se um sentimento materno marcado por preocupação extrema com a filha, ela me disse da sua posição desfavorável à realização do aborto.
Essa palavra também foi ouvida por Robson José de Carvalho, membro de nosso Conselho Paroquial que nos acompanhou naquele dia até o hospital. Perguntei pelo estado da menina. A mãe me informou que ela estava bem e que brincava no apartamento com algumas bonecas que ganhara de pessoas lá no hospital. Mostrava-se também muito preocupada com a outra filha que estava em Alagoinha sob os cuidados de uma família. Enquanto isso, as duas conselheiras acompanhavam a menina no apartamento. Saímos, portanto do IMIP com a firme convicção de que a mãe da menina se mostrava totalmente desfavorável ao aborto dos seus netos, alegando inclusive que "ninguém tinha o direito de matar ninguém, só Deus".
Na segunda-feira, retornamos ao hospital e a história ganhou novo rumo. Ao chegarmos, eu e mais dois conselheiros tutelares, fomos autorizados a subirmos ao quarto andar onde estava a menina. Tomamos o elevador e quando chegamos ao primeiro andar, um funcionário do IMIP interrompeu nossa subida e pediu que deixássemos o elevador e fôssemos à sala da Assistente Social em outro prédio. Chegando lá fomos recebidos por uma jovem assistente social chamada Karolina Rodrigues. Entramos em sua sala eu, Maria José Gomes e Hélio, Conselheiros de Alagoinha, Jeanne Oliveira, Conselheira de Recife e o pai da menina, o Sr. Erivaldo, que foi conosco para visitar a sua filha, com uma posição totalmente contrária à realização do aborto dos seus netos. Apresentamo-nos à Assistente e, ao saber que ali estava um padre, ela de imediato fez questão de alegar que não se tratava de uma questão religiosa e sim clínica, ainda que este padre acredite que se trata de uma questão moral.
Perguntamos sobre a situação da menina como estava. Ela nos afirmou que tudo já estava resolvido e que, com base no consentimento assinado pela mãe da criança em prol do aborto, os procedimentos médicos deveriam ser tomados pelo IMI dentro de poucos dias.
Sem compreender bem do que se tratava, questionei a assistente no sentido de encontrar bases legais e fundamentos para isto. Ela, embora não sendo médica, nos apresentou um quadro clínico da criança bastante difícil, segundo ela, com base em pareceres médicos, ainda que nada tivesse sido nos apresentado por escrito.
Justificou-se com base em leis e disse que se tratava de salvar apenas uma criança, quando rebatemos a idéia alegando que se tratava de três vidas.
Ela, desconsiderando totalmente a vida dos fetos, chegou a chamá-los em "embriões" e que aquilo teria que ser retirado para salvar a vida da criança.
Até então ela não sabia que o pai da criança estava ali sentado ao seu lado.
Quando o apresentamos, ela perguntou ao pai, o Sr. Erivaldo, se ele queria falar com ela.
Ele assim aceitou. Então a assistente nos pediu que saíssemos todos de sua sala os deixassem a sós para a essa conversa.
Depois de cerca de vinte e cinco minutos, saíram dois da sala para que o pai pudesse visitar a sua filha. No caminho entre a sala da assistente e o prédio onde estava o apartamento da menina, conversei com o pai e ele me afirmou que sua idéia desfavorável ao aborto agora seria diferente, porque "a moça me disse que minha filha vai morrer e, se é de ela morrer, é melhor tirar as crianças", afirmou o pai quase que em surdina para mim, uma vez que, a partir da saída da sala, a assistente fez de tudo para que não nos aproximássemos do pai e conversássemos com ele.
Ela subiu ao quarto andar sozinha com ele e pediu que eu e os Conselheiros esperássemos no térreo. Passou-se um bom tempo. Eles desceram e retornamos à sala da assistente social. O silêncio de que havia algo estranho no ar me incomodava bastante. Desta vez não tive acesso à sala.

Porém, em conversa com os conselheiros e o pai, a assistente social Karolina Rodrigues, em dado momento da conversa, reclamou da Conselheira porque tinha me permitido ver a folha de papel na qual ela solicitara o parecer do Conselho Tutelar de Alagoinha favorável ao aborto e rasgou a folha na frente dos conselheiros e do pai da menina.

A conversa se estendeu até o final da tarde quando, ao sair da sala, a assistente nos perguntava se tinha ainda alguma dúvida. Durante todo o tempo de permanência no IMIP não tivemos contato com nenhum médico. Tudo o que sabíamos a respeito do quadro da menina era apenas fruto de informações fornecidas pela assistente social.
Despedimo-nos e voltamos para nossas casas. Aos nossos olhos, tudo estava consumado e nada mais havia a fazer.
Dada a repercussão do fato, surge um novo capítulo na história.
O Arcebispo Metropolitano de Olinda e Recife, Dom José Cardoso, e o bispo de nossa Diocese de Pesqueira, Dom Francisco Biasin, sentiram-se impelidos a rever o fato, dada a forma como ele se fez.
Dom José Cardoso convocou, portanto, uma equipe de médicos, advogados, psicólogos, juristas e profissionais ligados ao caso para estudar a legalidade ou não de tudo o que havia acontecido. Nessa reunião que se deu na terça-feira, pela manhã, no Palácio dos Manguinhos, residência do Arcebispo, estava presente o Sr. Antonio Figueiras, diretor do IMIP que, constatando o abuso das atitudes da assistente social frente a nós e especialmente com o pai, ligou ao hospital e mandou que fosse suspensa toda e qualquer iniciativa que favorecesse o aborto das crianças.
E assim se fez. Um outro encontro de grande importância aconteceu. Desta vez foi no Tribunal de Justiça do Estado de Pernambuco, na tarde da terça-feira.
Para este, eu e mais dois Conselheiros, bem como o pai da menina formos convidados naquela tarde. Lá no Tribunal, o desembargador Jones Figueiredo, junto a demais magistrados presentes, se mostrou disposto a tomar as devidas providências para que as vidas das três crianças pudessem ser salvas. Neste encontro também estava presente o pai da criança.
Depois de um bom tempo de encontro, deixamos o Tribunal esperançosos de que as vidas das crianças ainda poderiam ser salvas.

Já a caminho do Palácio dos Manguinhos, residência do Arcebispo, por volta das cinco e meia da tarde, Dom José Cardoso recebeu um telefonema do Diretor do IMIP no qual ele lhe comunicava que um grupo de uma entidade chamada Curumins, de mentalidade feminista pró-aborto, acompanhada de dois técnicos da Secretaria de Saúde de Pernambuco, teriam ido ao IMIP e convencido a mãe a assinar um pedido de transferência da criança para outro hospital, o que a mãe teria aceito.

Sem saber do fato, cheguei ao IMIP por volta das 18 horas, acompanhado dos Conselheiros Tutelares de Alagoinha para visitar a criança. A Conselheira Maria José Gomes subiu ao quarto andar para ver a criança.

Identificou-se e a atendente, sabendo que a criança não estava mais na unidade, pediu que a Conselheira sentasse e aguardasse um pouco, porque naquele momento "estava havendo troca de plantão de enfermagem".

A Conselheira sentiu um clima meio estranho, visto que todos faziam questão de manter um silêncio sigiloso no ambiente. Ninguém ousava tecer um comentário sequer sobre a menina.
No andar térreo, fui informado do que a criança e sua mãe não estavam mais lá, pois teriam sido levadas a um outro hospital há pouco tempo acompanhadas de uma senhora chamada Vilma Guimarães. Nenhum funcionário sabia dizer para qual hospital a criança teria sido levada. Tentamos entrar em contato com a Sra. Vilma Guimarães, visto que nos lembramos que em uma de nossas primeiras visitas ao hospital, quando do assédio de jornalistas querendo subir ao apartamento onde estava a menina, uma balconista chamada Sandra afirmou em alta voz que só seria permitida a entrada de jornalistas com a devida autorização do Sr. Antonio Figueiras ou da Sra. Vilma Guimarães, o que nos leva a crer que trata-se de alguém influente na casa.

Ficamos a nos perguntar o seguinte: lá no IMIP nos foi afirmado que a criança estava correndo risco de morte e que, por isso, deveria ser submetida ao procedimentos abortivos. Como alguém correndo risco de morte pode ter alta de um hospital. A credibilidade do IMIP não estaria em jogo se liberasse um paciente que corre risco de morte ? Como explicar isso ? Como um quadro pode mudar tão repentinamente ? O que teriam dito as militantes do Curumim à mãe para que ela mudasse de opinião? Seria semelhante ao que foi feito com o pai ?

Voltamos ao Palácio dos Manguinhos sem saber muito que fazer, uma vez que nenhuma pista nós tínhamos. Convocamos órgãos de imprensa para fazer uma denúncia, frente ao apelo do pai que queria saber onde estava a sua filha. Na manhã da quarta-feira, dia 4 de março, ficamos sabendo que a criança estava internada na CISAM, acompanhada de sua mãe. O Centro Integrado de Saúde Amaury de Medeiros (FUSAM) é um hospital especializado em gravidez de risco, localizado no bairro da Encruzilhada, Zona Norte do Recife.
Lá, por volta das 9 horas da manhã, nosso sonho de ver duas crianças vivas se foi, a partir de ato de manipulação da consciência, extrema negligência e desrespeito à vida humana.
Isto foi relatado para que se tenha clareza quanto aos fatos como verdadeiramente eles aconteceram. Nada mais que isso houve. Porém, lamentamos profundamente que as pessoas se deixem mover por uma mentalidade formada pela mídia que está a favor de uma cultura de morte.
Espero que casos como este não se repitam mais. Ao IMIP, temos que agradecer pela acolhida da criança lá dentro e até onde pode cuidar dela.
Mas por outro lado não podemos deixar de lamentar a sua negligência e indiferença ao caso quando, sabendo do verdadeiro quadro clínico das crianças, permitiu a saída da menina de lá, mesmo com o consentimento da mãe, parecendo ato visível de quem quer se ver livre de um problema.
Aos que se solidarizaram conosco, nossa gratidão eterna em nome dos bebês que a esta hora, diante de Deus, rezam por nós. "Vinde a mim as crianças", disse Jesus.
E é com a palavra desde mesmo Jesus que continuaremos a soltar nossa voz em defesa da vida onde quer que ela esteja ameaçada. "Eu vim para que todos tenham vida e a tenham plenamente" (Jo, 10,10).
Nisso cremos, nisso apostamos, por isso haveremos de nos gastar sempre.
Acima de tudo, a Vida !

Pe. Edson Rodrigues
Pároco de Alagoinha-PE
padreedson@hotmail.com
http://padreedson.blogspot.com
(87) 3839.1473

Aborto X Excomunhão

Estamos diante de mais um fato em que a mídia se coloca com toda voracidade contra a Igreja.
Frases como:
A Igreja insiste no erro. Igreja é retrógrada. Dom José age como inquisitor e tantas outras que já foram feitas e que ainda serão.

É bom que fique bem claro uma coisa, não foi Dom José Cardoso Sobrinho quem excomungou os envolvidos no ato do aborto, (independente da situação que certamente ninguém desejaria no que ocorresse com um de sua família), mas sim eles próprios incorreram em um delito contra as leis da Igreja.
O assunto é muito polêmico e sei que muitos católicos pensando na menina de 9 anos (pois até eu ainda hoje só em pensar fico chocado) são à favor de tal situação. Infelizmente por não conhecer bem a doutrina da Igreja e o que ela realmente pensa a respeito de tais assuntos.

O QUE É EXCOMUNHÃO?
Quando faço parte de uma instituição, o faço por concordar com suas idéias e doutrinas, se as trangrido, logo não estou em comunhão com os demais do grupo que dela fazem parte. No caso da Igreja que considera o aborto um homicídio (e não há exceção) quem não concorda lógicamente não está em comunhão com ela.
Quanto à excomunhão por causa de aborto, é claro que sendo o aborto um assassinato, nessa medida, todos o que o praticam cometem homicídio e sabem que estão cometendo um homicídio, portanto automaticamente, mesmo que a Igreja não venha a ter o conhecimento de tal ato, as pessoas estão excomungadas, ou seja, fora da comunhão!
Esta sentença categórica que vem dos primórdios do cristianismo, persistiu na Igreja até o Código de Direito Canônico atual, que prevê a excomunhão para o delito:
“Cânon 1398. Quem provoca o aborto, seguindo-se o efeito, incorre em excomunhão latae sententiae”. Ou seja, 'quem cometeu tal ato exclui-se automaticamente da comunhão da Igreja Católica..."

O QUE ACARRETA?
A excomunhão exclui o fiel da Igreja, impedindo-o de participar da comunhão dos santos. Quem está excomungado, não pode, então, receber a Eucaristia e nenhum dos sacramentos a não ser o da penitência que o restabelece à comunhão. Além dos sacramentos, 'a pessoa está excluída também do funeral religioso, porque este é sinal de que o cristão viveu em comunhão com a Igreja'. Repito, Teria antes que confessar.
O pecado de aborto é absolvido pelo Bispo. Creio que hoje em dia a Igreja delega a determinados sacerdotes perdoar esse crime no confessionário.
Pode isso parecer autoritarismo, posição retrógrada, inquisitório ou seja lá como quiserem chamar. Mas é bom lembrar que religião não é um consenso humano. O simples fato de todos se reunirem e determinarem leis humanas dizendo que tal coisa não é mais delito, não muda as leis de Deus. Se fosse assim, quando o povo de Deus no deserto, diante da ausência de Moisés, se reuniu e entraram em consenso de fazer um bezerro de ouro para o adorar, Deus deveria ter respeitado, ja que o que vale é o consenso humano, a opinião popular. E sabemos que não foi isso que aconteceu, Deus que deve ser adorado somente e unicamente, corrigiu o seu povo (Ex 32, 1-10).

NO ENTANTO
“A Igreja não pretende, deste modo, restringir o campo da misericórdia. Simplesmente, manifesta a gravidade do crime cometido, o prejuízo irreparável causado ao inocente que foi morto, aos seus pais e a toda a sociedade” (Catecismo, n. 2272).
No entanto, segundo o canonista Pe. Jesus Hortal, “a mulher, não raramente, não incorrerá na excomunhão por encontrar-se dentro das circunstâncias atenuantes do cân. 1324 § 1º, 3º e 5º”[8]. Tais circunstâncias são: a posse imperfeita do uso da razão, o forte ímpeto da paixão ou a coação por medo grave. A culpa maior cabe ao aborteiros. Isso significa que nem sempre a mulher na qual se realizou o aborto, será excomungada.
Então, como o próprio arcebispo de Olinda e Recife falou, a menina, não está em excomunhão, por não ter a posse perfeita do uso da razão, pois não completou ainda 16 anos de idade de acordo com o Cânon 1323.

SÓ LEMBRANDO
Para que os excomungados retornem à comunhão com a Igreja, basta refletir sobre o delito, se arrependerem dele e confessarem-se ao Bispo ou Sacerdote para isso delegado.

FINALIZANDO
A Igreja é mãe e quer o melhor para a saúde expiritual (principalmente) dos seus filhos, mesmo que isso vá de encontro convicções da sociedade. Para ela todo o ser humano tem igual dignidade, seja ainda feto, tendo 9 anos ou no fim de sua vida terrena.
Não basta ser católico, tem que compreender o que Deus concedeu à sua Igreja: o papel de defender a verdade!



Deus nos ajude a compreender isso.
Ivanildo Silva
nildocom@gmail.com

Zagueiro do Juventus lança biografia na qual desaprova o uso da camisinha

O zagueiro Nicola Legrottaglie, do Juventus, deu uma entrevista coletiva nesta segunda-feira para divulgar o lançamento da sua biografia em Turim.
O jogador, de 32 anos, revela passagens importantes da sua vida profissional e pessoal.
Sem medo de julgamento, fala sobre o seu lado religioso, afirma que continua na Velha Senhora por obra de Deus e defende a Igreja ao dizer que também não aprova o uso da camisinha.
Para ele, sexo só com a mulher certa.
A transformação de Legrottaglie, segundo ele mesmo conta, quando esteve perto de ser contratado pelo Besiktas, da Turquia. Na época, ele não queria a negociação, mas seu procurador fazia pressão, pois o time turco era o único interessado nos serviços do defensor.

- O momento mais importante da minha carreira foi esse.
A fé mudou a minha vida. Eu queria continuar em Turim e não entendia o por que deveria largar tudo para viver na Turquia com os muçulmanos. Eu queria ser um cristão entre os cristãos.
E, de uma hora para a outra, as negociações congelaram, o que ficou claro que foi obra de Deus - confessou.

Desde então, Legrottaglie, que tinha um estilo de vida polêmico, se tornou uma outra pessoa. Agora, defende até mesmo o pensamento da igreja e diz que não usa camisinha porque não precisa. Ele só faz sexo com a mulher certa.

- Não apoio o uso da camisinha para combater a Aids, porque seria melhor esperar pela mulher certa. É melhor escolher a pessoa certa do que ter relacionamentos com camisinha. Só vou me casar quando achar a pessoa certa. Até lá, vou me concentrar apenas em Deus - afirmou o zagueiro, que também opina sobre outro assunto polêmico: homossexualidade.

- Não é um problema. Tenho muitos amigos gays e sempre fui honesto com eles. Eles sabem como eu me sinto. Deus ama o pecador, mas não o pecado. - disse.

domingo, 22 de março de 2009

Midianização e seus pressupostos.

Fico tão descontente , quando pessoas dizendo-se "católicas" , criticando a IGREJA CATÓLICA , alardeando sei lá o que , dizem palavras vazias e sem conteudo colocando a IGREJA contra a parede.
Midianizaram o episodio da menina , com coisa que foi a primeira vez que a IGREJA se coloca contrário ao aborto e não será pelo fato de ser lei que a IGREJA se furtara de se impor , defedendo a sacralidade da vida , mesmo que desagrade aos abortistas legalista.
No final das contas 3 inocentes , se salvou uma só. E quem disse que ela morreria com o prolongamento da gestação , a clinica médica abortista ?
O Brasil não é um pais laico , é um pais laicista , ou seja , ateu na questão comportamental e em outras áreas da sociedade modernista de que não tem nada haver.
Dá ouvido a Arnaldo Jabour , Datena , Dráuzio Varela entre outros , ao que se juntar no que diz a IGREJA , é demais e ainda com a máxima de se dizer católico. (ufrs !)
Quem é Arnaldo Jabour ? Quem é Datena ? Quem é Dráuzio Varela ? Quem é o semi-deus Lula , que se diz católico e queria levar uma mãe de "santo" em visita ao Vaticano , para se achar doutor em teologia para se posicionar em relação a um assunto que não lhe compete , mais ainda tem "católicos" que seguem esses , em seus comentários.
Existe pressupostos modernos que são maléficos para a sociedade e a IGREJA não se furtará nesta causa.
Criticar a IGREJA pelos "erros" cometidos pelos seus filhos como : Papa , Bispos , Padres , leigos isso desde que IGREJA é IGREJA acontece , isso não nos ofende não , só nos mostra que incomodando a minoria , que tem a midia em sua mão , estamos no caminho certo , e isso a mais de 2000 anos.
Quem pratica ou colabora diretamente com o aborto cai na excomunhão e a IGREJA não precisa de se posicionar em relação a isso , neste caso ela se pocisionou , com a alto excomunhão dos envolvidos, assim como a IGREJA afirmo : aborto é crime !

A direção do blog.
Leandro Costa.

sábado, 21 de março de 2009

Bênçãos eletrizantes

À frente de trio elétrico, padre quer comandar bloco e arrebanhar fiéis no Carnaval da Bahia

Carnaval em Salvador só tem graça com música axé tocada em cima do trio elétrico e muita cerveja para os foliões , certo ? Não.

No próximo ano, um novo bloco promete mudar essa receita tradicional, vai ter muita música, mas bebida alcoólica será proibida.

Criado pelo padre Marco Lázaro, de 31 anos, o Carnafé é o mais recente lance dos padres-cantores da Igreja Católica. À frente do trio elétrico Jesus Cristo 2000, Pe Marco Lázaro pretende mostrar que a festa pagã também pode ser usada para catequizar fiéis.

"Juntar a música carismática com axé tem tudo a ver com a Bahia", diz o padre.

A base do repertório do Carnafé serão as músicas da banda católica Dom de Deus, que tem Pe Marco Lázaro como letrista e cantor.
Os abadás, que darão direito à participação no bloco, serão trocados por cestas básicas.
Só falta a bênção final da Igreja.
Antes de Pe Marco Lázaro pensar em aventurar-se no Carnaval, seus dons musicais já eram conhecidos pelos freqüentadores da Igreja de Nossa Senhora da Piedade.
Em agosto, porém, o padre foi proibido pelos superiores de continuar celebrando missas.
O motivo foi o excesso de tempo dedicado à música e pelo barulho , um certo incômodo para os colegas da Ordem dos Capuchinhos, à qual pertence, não são novidade na trajetória do padre Marco Lázaro.
Com o objetivo de ser um comunicador religioso, ele estudou Filosofia, Jornalismo e Ciências Sociais e hoje, cursa Marketing.
O Carnafé prova que Pe Marco Lázaro aprendeu rápido o mais novo ofício.
CDs de padres carismáticos estão nas paradas de sucesso musicais como Pe Marcelo Rossi que é o mais famoso dos padres-cantores seus dois CDs venderam mais de 4,5 milhões de cópias. Padre Zeca ex-surfista em Ipanema, seu primeiro CD vendeu 150 mil cópias.
Padre Zezinho foi o pioneiro , suas músicas fazem sucesso há 20 anos.

Papa a sacerdotes: maior dedicação à penitência e à direção espiritual

Formar a consciência dos fiéis retamente, «prioridade pastoral»

O Papa exortou os sacerdotes a cuidarem especialmente da formação de uma reta consciência nos fiéis, através sobretudo do sacramento da Penitência e da direção espiritual.
Em uma mensagem aos participantes do curso sobre o «Fórum Interno», organizado pelo tribunal da Penitenciaria Apostólica, que a Santa Sé divulgou no sábado passado (14 de março), o Papa afirma que esta questão é «prioritária».

«Neste novo tempo, constitui sem dúvida uma de nossas prioridades pastorais formar retamente as consciências dos crentesexplicou o Papaestimulando-as a perceber cada vez melhor o sentido do pecado

Este sentido do pecado, acrescentou, «hoje, em parte, está o perdido ou, pior ainda, obscurecido por um modo de pensar e viver "etsi Deus non daretur" , segundo a conhecida expressão de Grócio, que está agora de grande atualidade, e que denota um relativismo fechado ao verdadeiro sentido da vida».

Contudo, este obscurecimento do sentido do pecado provocou um aumento dos «sentimentos de culpa , que se quiseram eliminar com remédios paliativos insuficientes», acrescenta.
Diante disso, propõe a necessidade de uma maior dedicação dos sacerdotes a este campo, especialmente através da catequese, da homilia e da direção das almas na confissão.

Hoje mais que nunca, afirma, precisamos «de mestres de espírito sábios e santos: um importante serviço eclesial, para o que é necessária sem dúvida uma vitalidade interior que deve implorar-se como dom do Espírito Santo mediante a oração prolongada e intensa e uma preparação específica que se adquiri com cuidado».

«Nos diversos contextos em que se encontrarão vivendo e trabalhando, procurem manter sempre viva em si mesmos a consciência de dever ser dignos ministros da misericórdia divina e educadores responsáveis das consciências

A respeito disso, propôs como modelo o Cura d'Ars, São João Maria Vianney, agora no 150º aniversário de sua morte.

Dele se escreveu que «na catequese que ministrava cada dia a crianças e a adultos, na reconciliação que administrava aos penitentes e nas obras impregnadas dessa caridade ardente, que ele obtinha da santa Eucaristia como de uma fonte, avançou até tal ponto que difundiu em todo lugar seu consenso e aproximou muitos sabiamente de Deus», recorda o Papa.

Por outro lado, afirma que neste campo, a pregação, mais concretamente as homilias, são um veículo muito importante de formação dos fiéis.

«A homilia, que, com a reforma querida pelo Concílio Vaticano II, voltou a adquirir seu papel sacramental dentro do único ato de culto constituído pela liturgia da Palavra e pela da Eucaristia, é sem dúvida a forma de pregação mais difundida, com a qual cada domingo se educa a consciência de milhões de fiéis», afirma.

É necessário, adverte, adaptar a pregação à mentalidade contemporânea. Também aconselha, no campo da catequese, não deixar de utilizar os meios telemáticos necessários, pois «oferecem oportunidades providenciais para anunciar, de forma nova e mais próxima das sensibilidades contemporâneas, a perene e imutável Palavra de verdade que o Divino mestre confiou à sua Igreja».

Papa convoca «Ano Sacerdotal» para próximo 19 de junho

Proclamará o santo Cura de Ars como padroeiro de todos os sacerdotes do mundo

O Papa convocou um Ano Sacerdotal, por ocasião do 150º aniversário da morte do santo Cura de Ars , a quem proclamará como padroeiro de todos os sacerdotes do mundo , segundo deu hoje a conhecer a Santa Sé em um comunicado.
O Papa fez este anúncio durante a audiência concedida aos participantes da Plenária da Congregação para o Clero , e esta o divulgou posteriormente em um comunicado , no qual detalha algumas das iniciativas postas em andamento por ocasião deste ano jubilar sacerdotal.

O tema escolhido para o Ano Sacerdotal é o de «Fidelidade de Cristo , fidelidade do sacerdote».

Está previsto que o Papa o abra com uma celebração de Vésperas, em 19 de junho, solenidade do Sagrado Coração de Jesus e Dia de Santificação Sacerdotal , «em presença da relíquia do Cura de Ars trazida pelo bispo de Belley-Ars», Dom Guy Claude Bagnard, segundo informa a Santa Sé.
O encerramento será celebrado justamente um ano depois , com um «Encontro Mundial Sacerdotal» na Praça de São Pedro.
Durante este Ano jubilar, está prevista a publicação de um «Diretório para os Confessores e Diretores Espirituais», assim como de uma «recopilação de textos do Papa sobre os temas essenciais da vida e da missão sacerdotais na época atual».
O objetivo deste ano é, segundo expressou o próprio Papa hoje aos membros da Congregação para o Clero, «ajudar a perceber cada vez mais a importância do papel e da missão do sacerdote na Igreja e na sociedade contemporânea».
Outro tema importante no qual se quer incidir, segundo o comunicado da Congregação, é a «necessidade de potenciar a formação permanente dos sacerdotes ligando-a à dos seminaristas».

quinta-feira, 19 de março de 2009

Por que tanto estupro?

É hora de se perguntar por que cresce essa violência.

O Brasil ficou horrorizado com o caso da menina de 9 anos em Pernambuco, estuprada muitas vezes por seu padrasto, um jovem de 23 anos. Ela ficou grávida de dois gêmeos, assassinados em seu ventre materno.
Muitos até se perderam na discussão sobre a excomunhão dos que fizeram o aborto dos gêmeos da garota grávida, algo que está previsto no Código de Direito Canônico da Igreja (cânon 1398), desde a sua aprovação em 1983, e que não deveria ser surpresa para ninguém, uma vez que não é algo novo.
O Arcebispo de Olinda e Recife apenas deu ciência dessa norma da Igreja aos católicos.
Mas não podemos esquecer esse crime horrível que é o estupro, essa violência diabólica contra uma menina ou mesmo contra uma moça ou mulher desprotegida.
É hora de perguntar por que cresce essa violência; não só no Brasil, mas também na Europa.
O Catecismo da Igreja Católica (CIC) diz que :

O estupro designa a penetração à força, com violência, na intimidade sexual de uma pessoa. Fere a justiça e a caridade. O estupro lesa profundamente o direito de cada um ao respeito, à liberdade, à integridade física e moral.
Provoca um dano grave que pode marcar a vítima por toda a vida. É sempre um ato intrinsecamente mau. Mais grave ainda é o estupro cometido pelos pais (cf. incesto) ou educadores contra as crianças que lhes são confiadas” (CIC § 2356).

Conheci a palavra “estupro” já adulto, porque quando eu era criança, e mesmo jovem, nunca tinha ouvido falar dela; simplesmente porque os casos que existiam desse crime era raríssimo.

Hoje, ao contrário, qualquer jovem e criança começam a saber do que se trata por quê?
A resposta é muito simples: porque há um sexismo doentio que permeia a sociedade, levando as pessoas a buscar o prazer sexual a qualquer preço, mesmo que seja à custa do crime. Como cresce o número de assédios sexuais e de estupro!
Por quê?

Sem a menor dúvida, porque estamos mergulhados até o nariz em uma perversa cultura, na qual o sexo é colocado simplesmente com um meio de prazer, independentemente de seu nobre sentido unitivo e procriador do casal, unido pelo sacramento do matrimônio.
Fora disso o sexo é perigoso, destruidor, causador de brigas, separações, gestações indesejadas, divórcios, estupros, doenças venéreas e outros males. Por isso a Igreja, “doutora em humanidade” (Paulo VI), repudia a vida sexual antes ou fora do matrimônio, e o tem como grave pecado.

“Guarda-te, meu filho, de toda a fornicação: fora de tua mulher, não te autorizes jamais um comércio criminoso” (Tobias 4,13).

“Mas o corpo não é para a fornicação, e sim para o Senhor, e o Senhor é para o corpo” (I Coríntios 6,13).

“Fugi da fornicação. Qualquer outro pecado que o homem comete é fora do corpo, mas o impuro peca contra o seu próprio corpo” (I Coríntios 6,18).

Essa cultura medonha, suja, indecente, baixa, asquerosa, lastreada na profanação do corpo humano, esquecendo-se de que este é templo sagrado do Espírito Santo (cf. 1Cor 12,27; 3, 16; 6, 15-20) é a causa de tantos males e também dos estupros.

Como pode a juventude se comportar dentro dos padrões morais, que recomendam a castidade e o respeito ao corpo, quando ela assiste o Presidente da República, em pleno Carnaval, na Marquês de Sapucaí, distribuindo cartelas de “camisinhas” aos foliões?
Que mensagem um jovem faz em sua mente?
É esta: “O sexo é livre, não precisa de compromisso com o outro, é apenas uma curtição, e agora pago pelas autoridades...”.
A partir daí vale tudo, inclusive o estupro, para aqueles que não conseguem por bem o prazer que procuram.

Que comportamento pode ter um jovem que vê o Ministério da “Educação” colocar máquinas de distribuir camisinhas nas escolas públicas, vendo a sociedade se calar e sem coragem de denunciar esse atentado à educação ?
Que controle sobre suas paixões pode ter um jovem que vê o seu professor de Ciências entrar na sala de aula com um kit sexual (pênis de borracha, camisinha, DIU, pílula abortiva do dia seguinte, etc.), para ensinar seus alunos a fazeremsexo seguro”?

Na verdade, esse sexo livre, ensinado nas escolas, é inseguro, porque é sujo, pecaminoso e perverso.
Pois o sexo ensinado pela lei de Deus não é inseguro; é belo, gera os filhos, aproxima o casal.
Os adolescentes estão aprendendo, então, na escola, que o sexo é apenas um meio de prazer, prazer e prazer, independente de seu sentido e de suas consequências.
Isso tudo vai desembocar nas milhares de meninas grávidas, estupradas, jovens doentes, etc.
Dá para entender por que tanto estupro, assédio sexual, etc.?
Quem semeia vento colhe tempestade.

Felipe Aquino
felipeaquino@cancaonova.com

quarta-feira, 18 de março de 2009

O uso da música evangélica na liturgia católica

Começo a minha reflexão com os seguintes questionamentos: é correta a utilização da música evangélica nas celebrações litúrgicas da Igreja Católica ?

Mesmo com um repertório de séculos, os grupos de animação litúrgica da Igreja Católico teriam necessidade de alçar mão do repertório musical protestantante?

Espero com este humilde ponto de vista ajudar nossos grupos de animação musical a despertar para o debate sobre o assunto.
O Concílio Vaticano II, inegavelmente, enriqueceu a Igreja com a proposta do esforço ecumênico em vista da unidade dos cristãos.
O ecumenismo vem ganhando relevância a cada ano que passa.
O saudoso Papa João Paulo II dedicou sobre maneira ao diálogo ecumênico e intereligioso com os cristãos da reforma e oriundos dela e com as grandes religiões não Cristãs respectivamente.

Se por um lado o ecumenismo é um dado positivo, por outro temos que ter prudência e sabedoria necessárias para não atropelar o processo ou mesmo, como católicos, perder a nossa identidade.

O Papa Paulo VI atinou para isso várias vezes. Devemos, sim, dedicar com alegria à prática ecumênica, mas sem abdicar dos princípios de coesão da expressão doutrinária e litúrgica da Igreja Católica.
Devemos acolher e dialogar com o diferente, mas sem perder os elementos que nos sedimentam como católicos.

O ecumenismo mal entendido ou mal intencionado traz em si o perigo do relativismo religioso.
As pessoas que internalizam dentro de si a mentalidade relativista aceitam tudo o que cada religião professa como sendo a verdade ou parte dela. É comum ouvirmos: “toda religião é boa”. Nem toda expressão religiosa é boa. Nem tudo que se expressa religiosamente pode ser aceito como verdade revelada por Deus.
Essa visão de que “toda religião é boa” está muito presente no imaginário de nosso povo.

Mas sabemos que se por um lado é possível um sólido e frutuoso ecumenismo com as denominações cristãs de bons alicerces, por outro temos que admitir que os movimentos protestantes livres, incluindo aí o pentecostalismo sectário com caráter de seita, são totalmente fechados ao diálogo ecumênico e radicalmente se opõem à Igreja Católica.
Sobre esses quero me referir nesta reflexão, no que tange à música.

Uma cantora protestante, pentecostal e sectária, disse publicamente que tem ojeriza de saber que oscatólicos usam a música dela para adorar um pedaço de pão”.

Confesso que fiquei meditativo sobre isso e descobri que muitos grupos de música de nossas paróquias incorporam nos seus repertórios músicas de gênero protestante, as vezes sem saber da sua origem.
Alguém começa a cantar música protestante e outros vão aderido a ponto de muitos católicos dizerem que os protestantes estão cantando nossas músicas, quando na verdade é o contrário.
Acredito que devemos caminhar para um ecumenismo sadio que possa nos dar liberdade para, num futuro ainda por vir, fazer o intercâmbio de músicas que venham ajudar a animação de encontros, grupos de oração e devocionais.

Utilizar músicas protestantes na liturgia católica é um ato de desmerecimento ao repertório de quase dois mil anos de genuínas músicas litúrgicas e teologicamente adequadas.
Música protestante não goza de amparo litúrgico e muito menos retratam a fidedigna teologia que solidificam as bases da dogmática católica.
Precisamos urgentemente resgatar a música católica que brotou do coração orante de tantos homens e mulheres que ao longo da História da Igreja nos legaram um patrimônio musical que transcende o tempo porque celebra o Mistério do Ressuscitado mediante os sinais sacramentais da liturgia.Nossos grupos de animação musical precisam buscar a auto estima católica e valorizar o patrimônio musical que temos.
A música pentecostal protestante pode ser até apreciável quanto a certas harmonias e conteúdos, mas está longe de ocupar o lugar da música litúrgica que a sabedoria católica produziu e protagonizou ao longo de dois milênios.

Mesmo que algum católico desavisado cante músicas evangélicas ou mesmo às utilizem nos seus repertórios e gravações, não significa que teremos que utiliza-las em nossas atividades litúrgicas. Convido os grupos de animação a renunciar tais práticas na liturgia sob pena de manquitolá-la com conteúdos musicais inadequados, com títulos a saber: “Fico feliz em vir em tua casa”, “Segura na mão de Deus”, “Glória, Glória, Aleluia”, “Tua Palavra....”, “Quão grande és tu”, etc. Amemos a Igreja Católica e sua maravilhosa liturgia.
Amém!!!

Adair José Guimarães
Publicado no Recanto das Letras em 15/11/2007

Obs: Esse blog vem assim , colocar a sua posição em relação a essa metéria tão bem elaborada pelo Pe Adair José Guimarães , rompemos com essa pratica , sempre alguns lideres da IGREJA tenta usar "pressupostos novos" para fomentar a espiritualidade e se esquece da essência , da identidade.
Termino com a frase da propria matéria : "O ecumenismo mal entendido ou mal intencionado traz em si o perigo do relativismo religioso."
Pensamos nisso !!!

domingo, 15 de março de 2009

Bento XVI: solução do problema dos lefebvristas é doutrinal

Explica o que acontecerá com a Fraternidade São Pio X a partir de agora

O que vai acontecer agora com os membros da Fraternidade São Pio X que tiveram a remissão da excomunhão?
Este é um dos pontos fundamentais que o Papa esclarece em sua carta a todos os bispos do mundo, divulgada hoje pela Santa Sé.
A resolução deste problema exigirá tempo e a participação dos bispos do mundo inteiro, através da Congregação para a Doutrina da Fé.

Esta é uma das novidades da carta, na qual o Papa explica como vai enfrentar a possível integração dos lefrebvristas na plena comunhão da Igreja, e que comportará, em último termo, uma reflexão conjunta sobre o Concílio Vaticano II.

O «nó» doutrinal

Uma das questões sobre as quais o Papa insiste especialmente na carta é que a remissão da excomunhão não supôs a integração da Fraternidade fundada por Dom Marcel Lefebvre na Igreja, mas o contrário.

A remissão da excomunhão «afeta pessoas, não instituições», insiste Bento XVI, admitindo que este ponto não ficou suficientemente esclarecido na medida adotada em 21 de janeiro de 2009.

O Papa insiste em várias ocasiões na medida disciplinar, à qual a excomunhão afeta, e o âmbito doutrinal: «A remissão da excomunhão era uma medida no âmbito da disciplina eclesiástica: as pessoas eram libertadas do peso de consciência constituído pelo castigo eclesiástico mais grave , necessário distinguir entre o nível disciplinar, que concerne às pessoas como tais, e o nível doutrinal, no qual se põem em questão o ministério e a instituição

A remissão da excomunhão, acrescenta, «tem em vista a mesma finalidade que pretende a punição: convidar mais uma vez os quatro bispos ao regresso. Este gesto tornara-se possível depois que os interessados exprimiram o seu reconhecimento, em linha de princípio, do Papa e da sua potestade de Pastor, embora com reservas em matéria de obediência à sua autoridade doutrinal e à do Concílio».

Contudo, o nó doutrinal continua ainda sem ser resolvido, explica o Papa: «O fato de a Fraternidade São Pio X não possuir uma posição canônica na Igreja não se baseia, ao fim e ao cabo, em razões disciplinares mas doutrinais».

«Especificando uma vez mais: enquanto as questões relativas à doutrina não forem esclarecidas, a Fraternidade não possui qualquer estado canônico na Igreja, e os seus ministrosembora tenham sido libertos da punição eclesiástica – não exercem de modo legítimo qualquer ministério na Igreja

Doutrina da Fé

O Papa anuncia em sua carta qual vai ser o procedimento pelo qual enfrentará a questão doutrinal, e que passa por vincular a Comissão Pontifícia Ecclesia Dei, que o cardeal Darío Castrillón preside atualmente, à Congregação para a Doutrina da Fé.

«Deste modo, torna-se claro que os problemas, que agora se devem tratar, são de natureza essencialmente doutrinal e dizem respeito sobretudo à aceitação do Concílio Vaticano II e do magistério pós-conciliar dos Papas», explica Bento XVI.
Esta Comissão, que o Papa João Paulo II criou um dia depois de consumar-se o cisma, em 2 de julho de 1988, com o Motu proprio «Ecclesia Dei», teve como objetivo, desde sua criação, convidar as comunidades afetadas pela excomunhão de Dom Lefebvre a voltar à comunhão com a Igreja.

Através da Congregação, será solicitada a participação dos bispos de todo o mundo, através «dos organismos colegiais com os quais a Congregação estuda as questões que são apresentadas», e que garantirá «o envolvimento de várias Congregações romanas e dos representantes do Episcopado mundial nas decisões que são tomadas», afirma o Papa.

«Não se pode congelar a autoridade magisterial da Igreja ao ano 1963 – isto deve ficar muito claro com a Fraternidade», acrescenta.

Reflexão sobre o Concílio

Em sua carta, o Papa se remete a uma das questões-chave, e é o modo em que o Concílio deve ser entendido.
Ainda que brevemente, Bento XVI se remete assim ao conteúdo do Motu Proprio «Ecclesia Dei» de João Paulo II, que tratava amplamente desta questão.

«Para alguns daqueles que se destacam como grandes defensores do Concílio, deve também ser lembrado que o Vaticano II traz consigo toda a história doutrinal da Igreja. Quem quiser ser obediente ao Concílio, deve aceitar a fé professada no decurso dos séculos e não pode cortar as raízes de que vive a árvore.»

Precisamente, esta questão era chave no Motu Proprio de João Paulo II, no qual, por um lado, advertia os cismáticos sobre a «contradição» de sua postura, ao manter «uma noção de Tradição que se opõe ao Magistério universal da Igreja, o que corresponde ao Bispo de Roma e ao Colégio dos Bispos».

«Ninguém pode permanecer fiel à Tradição se rompe os laços e vínculos com aquele a quem o próprio Cristo, na pessoa do Apóstolo Pedro, confiou o ministério da unidade em sua Igreja», esclarecia o texto.

Contudo, o Motu Proprio também fazia um convite aos fiéis a «uma reflexão sincera e profunda sobre sua fidelidade à Tradição da Igreja, proposta autenticamente pelo Magistério eclesiástico, ordinário ou extraordinário, especialmente nos Concílios Ecumênicos desde Nicéia ao Vaticano II.

«Desta meditação todos devemos tirar um novo e eficaz convencimento da necessidade de ampliar e aumentar essa fidelidade, rejeitando totalmente interpretações errôneas e aplicações arbitrárias e abusivas em matéria doutrinal, litúrgica e disciplinar», acrescenta o texto.

Especialmente, João Paulo II pedia aos teólogos e especialistas «um novo empenho de aprofundamento, no qual se esclarece plenamente a continuidade do Concílio com a Tradição, sobretudo nos pontos doutrinais que, talvez por sua novidade, ainda não foram bem compreendidos por alguns setores da Igreja».
Esta decisão de Bento XVI de remeter a questão à Congregação para a Doutrina da Fé supõe portanto um novo esclarecimento, para toda a Igreja, sobre o Concílio Vaticano II e sua continuidade com a Tradição da Igreja, que envolverá teólogos e bispos do mundo inteiro.

Bispos do mundo inteiro analisam Facebook e redes sociais

Convocados em Roma pelo Conselho Pontifício para as Comunicações Sociais

O Conselho Pontifício para as Comunicações Sociais convocou em Roma cerca de 75 bispos e vários sacerdotes em representação de 82 países para analisar os desafios e possibilidades propostos à evangelização pelos novos meios de comunicação digitais.
O dicastério da Santa Sé, presidido pelo arcebispo Claudio Maria Celli, propôs começar este encontro, que será concluído em 13 de março, com uma visão da evolução que a internet experimentou nos últimos anos: das páginas web e dos blogs às redes sociais (Facebook, Youtube, Flikr, Twitter etc.).
Navegando na internet junto à professora Nicoletta Vittadini, do Departamento de Ciências da Comunicação da Universidade Católica de Milão, bispos de todos os continentes descobriram ou redescobriram na manhã desta segunda-feira estes lugares de encontro, especialmente para jovens e adolescentes.
Posteriormente, o professor Francesco Casetti, diretor do Departamento de Comunicação da Universidade Católica, refletiu junto aos prelados sobre as implicações antropológicas destas novas realidades.
O congresso, que conta também com a orientação de professores da Universidade Pontifícia Salesiana e da Universidade Pontifícia da Santa Cruz, está analisando de maneira inédita a mensagem que Bento XVI escreveu para a Jornada Mundial das Comunicações Sociais de 2009 sobre o tema «Novas tecnologias, novas relações. Promover uma cultura de respeito, de diálogo, de amizade».

Ao começar o congresso, Dom Celli explicou aos jornalistas:

«Nós nos perguntaremos qual é a posição da Igreja, que o que a Igreja tem de fazer, porque é inegável, vê-se cada vez mais, e se pode ver na mensagem do Papa, que as novas tecnologias não são somente instrumentos, mas que estes instrumentos criam uma nova cultura digital».

«O grande problema do nosso congresso será ver como a Igreja está presente nesta nova cultura, oferecendo sua própria contribuição. É um tema sumamente delicado.»

Por este motivo, explica o arcebispo italiano, este congresso quer oferecer dicas para a pastoral da Igreja no mundo, que deverão concretizar-se em um novo documento vaticano.

«O documento que fundamenta nossa ação é Inter mirifica, do Concílio Vaticano II.
Depois, o Conselho Pontifício para as Comunicações Sociais publicou um documento muito importante, Aetatis Nova, de 1992. Pensamos que desde então passou muito tempo e que as novas tecnologias propõem novas perguntas, novos interesses, novas emergências pastorais

«A ideia deste congresso consiste em ver, junto aos bispos, quais são as orientações de uma nova pastoral da Igreja no campo dos meios de comunicação social.
Depois, o Conselho, junto a cardeais, bispos e consultores, se empenhará na redação de um novo documento

No diálogo com os bispos, Dom Celli reconheceu que o grande desafio para eles é o fato de não terem nascido na era digital, o que implica que, diferentemente dos jovens, ela tem de ser aprendida.
Um jovem bispo, procedente da Nigéria, comentou que, neste sentido, os bispos têm a tarefa de aprender dos jovens, algo ao qual não estão acostumados.
Dom Celli insistiu no exemplo que Bento XVI deu ao decidir estar presente com um canal oficial no Youtube (www.youtube.com/vatican).
O prelado revelou que um jornalista lhe perguntou como é possível que um Papa se «rebaixe» para estar presente em uma realidade como essa, na qual aparece todo tipo de vídeos.
O presidente do dicastério vaticano explicou que Cristo também se «rebaixou» para assumir a natureza humana, e explicou que a intenção de Bento XVI é estar «onde as pessoas se encontram».
Vários cardeais já estão presentes no Facebook, pelo que o cardeal Celli propôs a pergunta sobre se o Papa também estará nessa comunidade virtual.
A resposta de Dom Celli foi prudente: não se está pensando nisso, ao menos de maneira imediata.

Documento vaticano orientará pastoral da comunicação na Igreja

Um seminário de bispos em representação de 82 países encerrou nesta sexta-feira no Vaticano, dando início ao processo de redação de um documento da Santa Sé que atualizará a pastoral da Igreja no campo da comunicação.
Foi a conclusão mais importante do seminário convocado nesta semana pelo Conselho Pontifício para as Comunicações Sociais, com o lema: “Novas perspectivas para a comunicação eclesial”.
A iniciativa, que recebeu o apoio do cardeal Tarcisio Bertone, secretário de Estado, em sua intervenção de encerramento, tem lugar no dia seguinte de que Bento XVI, na carta que escreveu para explicar os motivos da remissão da excomunhão de quatro bispos lefebvristas, reconhecesse que a Santa Sé deve compreender a nova importância que a internet assumiu.
Referindo-se ao escândalo provocado pelo bispo Richard Williamson, que negou o Holocausto, o Papa escreve:
Disseram-me que o acompanhar com atenção as notícias ao nosso alcance na internet teria permitido chegar tempestivamente ao conhecimento do problema. Fica-me a lição de que, para o futuro, na Santa Sé deveremos prestar mais atenção a esta fonte de notícias”.
O cardeal Bertone reconheceu diante dos bispos que um novo documento de orientação pastoral para o compromisso comunicativo da Igreja é necessário, pois o último texto destas características, "Aetatis novae" , foi publicado pelo Conselho Pontifício para as Comunicações Sociais no dia 22 de fevereiro de 1992.
“Os 17 anos anos transcorridos – disse – representam um longo parênteses para os ritmos de desenvolvimento e de crescimento dos meios de comunicação; é o período em que amadureceu uma série de pequenas e grandes revoluções que, como uma corrente contínua, transformaram radicalmente o panorama preexistente”.
O purpurado recordou que na mensagem final do Sínodo dos Bispos sobre a Palavra de Deus, celebrado em outubro passado no Vaticano, se sublinha que “a voz da Palavra divina tem de ressoar também através do rádio, das artérias informáticas da internet, dos canais de difusão virtual em linha, os CD’s, os DVD’s, os podcasts, etc.; deve aparecer nas telas da televisão e do cinema, na imprensa, nos acontecimentos culturais e sociais”.
Na última sessão do seminário, os grupos de trabalho dos bispos apresentaram propostas para a redação do esboço do futuro documento.
O arcebispo Claudio Maria Celli, presidente do Conselho Pontifício para as Comunicações Sociais, revelou aos bispos que o Conselho começará agora a redação destas propostas para apresentar um primeiro texto provisório na segunda metade de outubro aos membros (cardeais e bispos) e consultores desse dicastério vativano, reunidos em plenária.
Dom Paul Tighe, secretário do Conselho, revelou que será um “documento vivo, adaptado ao hoje, mas com o olhar no futuro”.
Inclusive em sua redação, diante da distância entre os bispos participantes do processo, pensa-se na utilização das novas tecnologias, para que haja colaboração.
Tanto os bispos como os representantes do Conselho consideram que este documento deve contar com a contribuição dos jovens, osnativos digitais”.
Por isso, neste seminário de bispos participaram jovens que estão realizando seu doutorado em comunicação em universidades pontifícias de Roma.

sábado, 14 de março de 2009

Papa Bento XVI : Biografia.

Papa Bento XVI (em latim Benedictus PP. XVI, em italiano Benedetto XVI), nascido Joseph Alois Ratzinger, (Marktl am Inn, Baviera, 16 de abril de 1927) é o Papa desde o dia 19 de Abril de 2005.
Foi eleito como o 266º Papa com a idade de 78 anos e três dias , sendo o actual Sumo Pontífice da Igreja Católica. Foi eleito para suceder ao Papa João Paulo II no conclave de 2005 que terminou no dia 19 de Abril.
Domina pelo menos seis idiomas (alemão, italiano, francês, latim, inglês e castelhano), ademais lê o grego antigo e o hebraico.
É membro de várias academias científicas da Europa como a francesa Académie des sciences morales et politiques e recebeu oito doutorados honoríficos de diferentes universidades, entre elas da Universidade de Navarra, é também cidadão honorário das comunidades de Pentling (1987), Marktl (1997), Traunstein (2006) e Ratisbona (2006).
É pianista e tem preferências por Mozart e Bach .
É o sexto e talvez o sétimo (segundo a procedência de Estêvão VIII, de quem não se sabe se nasceu em Roma ou na Alemanha) papa alemão desde Vítor II e, nos seus 80 anos, tem a idade máxima para ser cardeal eleitor.
Em abril de 2005 foi incluído pela revista Time como sendo uma das 100 pessoas mais influentes do mundo.
O último papa com este nome foi Bento XV, que esteve no cargo de 1914 a 1922, foi o Papa durante a Primeira Guerra Mundial.
Ratzinger é o primeiro decano do Colégio Cardinalício eleito Papa desde Paulo IV em 1555 e o primeiro cardeal-bispo eleito Papa desde Pio VIII em 1829.

Infância e juventude

Joseph Ratzinger nasceu em Marktl am Inn, uma pequena vila na Baviera, às margens do rio Inn, na Alemanha, filho de Joseph, um comissário de polícia (Gendarmeriekommissar) do Reich, um oficial da polícia rural oriundo da Baixa Baviera e adepto de uma corrente bávaro-austríaca de orientação católica.
Seu pai, era de religiosidade profunda e um decidido adversário do regime nacional-socialista, as suas idéias políticas firmes chegaram a trazer sérios perigos para a própria família.
Em 1941, um dos primos de Ratzinger, um menino de catorze anos de idade com Síndrome de Down, foi morto pelo regime Nazi em sua campanha eugênica.
A sra. Ratzinger, Maria, falecida em 1963, era de procedência tiroleza, do sul da Alemanha, era tida por boa cozinheira e havia trabalhado em pequenos hotéis. O casamento ocorreu em 1920, os filhos Maria e Georg nasceram em 1921 e 1924, Joseph nascera num Sábado de Aleluia e fora batizado no dia seguinte, domingo da Páscoa. A família não era pobre no sentido literal do termo, mas os pais tiveram de fazer muitas renúncias para que os filhos pudessem estudar.
Em 1928 a família mudou-se para Tittmoning, na época um lugarejo de cinco mil habitantes, às margens do rio Salzach na fronteira austríaca.
Em 1932 a família mudara-se novamente, agora para Aschau, de novo às margens do Inn, um povoado próspero -já que em Tittmoning Ratzinger-pai havia se mostrado demasiado contrário aos nazistas.
Aqueles assumiram o poder em 30 de janeiro de 1933 quando Hindenburg nomeou Hitler chanceler, nos quatro anos em que a família Ratzinger passou em Aschau o novo regime limitou-se a espionar e a ter sob controle os sacerdotes que se lhe mostravam hostis, Ratzinger-pai não só não colaborou com o regime como ajudou e protegeu os sacerdotes que sabia estarem em perigo.
Já em 1931 os bispos da Baviera haviam publicado uma instrução dirigida ao clero em que manifestavam a sua oposição às idéias nazistas.
A oposição entre a Igreja e o Reich estendia-se ao âmbito escolar: os bispos empreenderam uma dura luta em defesa da escola confessional católica e pela observância da Concordata.

Vocação

Em Aschau começam os primeiros vislumbres da vocação sacerdotal, o jovem Ratzinger se deixa tocar pelos atos litúgicos do povado os quais frequenta com piedade, entrementes o avanço do novo sistema político e, com ele, a oposição da Igreja. Em fevereiro de 1937 tem lugar a Kristallnacht em que as juventudes hitleristas apredejam as vitrines das lojas dos judeus. Pouco tempo depois Pio XI promulga a Encíclica Mit brennender Sorge, em que condena as teorias nacional-socialistas. Neste ano seu pai, então sexagenário, aposentou-se e a família mudou-se para Traunstein.
Nos anos de ginásio em Traunstein aprendera o latim que ainda era ensinado com rigor, o que muito lhe valeu como teólogo, pode ler as fontes em latim e grego e, em Roma, durante o Concílio, comenta, foi-lhe possível adaptar-se com rapidez ao latim dos teólogos que lá se falava, embora nunca tivesse ouvido palestras nessa língua. A formação cultural com base na antiguidade greco-latina propiciada naquele ambiente "criava uma atitude espiritual que se opunha às seduções da ideologia totalitária"
Com o Anschluss e a fronteira da Áustria aberta a família pode ir com mais frequência a Salzburgo e em peregrinação a Maria Plain, ali puderam assistir a diversas apresentações musicais: "Foi ali que Mozart entrou até o fundo da minha alma. Não é um simples divertimento: a música de Mozart encerra todo o drama do ser humano", afirma.
Pela Páscoa de 1939 ingressa no seminário-menor em Traunstein, por indicação do pároco, para que pudesse iniciar de forma sistemática na vida eclesiástica.

A Guerra

Com a guerra o seminário é requisitado como hospital militar e o diretor o transfere para uns alojamentos vazios das Damas Inglesas de Sparz. A incorporação na Juventude Hitlerista das crianças alemãs tornou-se oficialmente obrigatória a partir de 1938 até o fim do Terceiro Reich em 1945.
Até 1939 nenhum seminarista havia entrado na organização, mas o regime exigiu que a partir de março a afiliação fosse obrigatória.
Até outubro a direção do seminário em que estava se negou a inscrever os seus alunos mas logo não pode mais impedir a sua inscrição na organização.
Assim sucedeu também com Jospeh Ratzinger, aos 14 anos.
Uma testemunha relata (segundo o Frankfurter Allgemeine Zeitung) que os seminaristas eram uma "provocação para os nazitas: lhes consideravam suspeitos de estar contra o regime."
Em um documento do Ministério da Educação se lê que a incorporação compulsória às Juventudes Hitleristas "não garantia que os seminaristas realmente se haviam incorporado à comunidade nacional-socialista".
Casa onde Joseph Ratzinger nasceu em 1927, Marktl am Inn no sudeste da Baviera: Mauthaus.
Quando fez catorze anos em 1941, portanto, Joseph teve de se incorporar à Juventude Hitlerista e, de acordo com o seu biógrafo John Allen, não era um membro entusiasta.
Recebeu gratuidade escolar por pertencer a esse grupo, mesmo não participando de seus encontros, graças à amizade com um professor de matemática , filiado ao partido Nacional Socialista, que lhe lecionou no seminário.
Por causa da mobilização provocada pela guerra os irmãos Ratzinger deixaram o seminário naquele ano de 1941 e retornaram à casa paterna.

Serviço militar

Em 1943, com 16 anos, foi incorporado no Exército Nazista Alemão, numa divisão da Wehrmacht encarregada da bateria de defesa anti-aérea da fábrica da BMW nos arredores de Munique. Mais tarde, estará em Unterförhrin e Gilching, ao norte do lago Ammer. É dispensado em 10 de setembro de 1944 do serviço na bateria antiaérea de Gilching e poucos dias depois é enviado a um campo de trabalho em Burgenland , na fronteira da Áustria com a Hungria e a Checoslováquia para realizar trabalhos forçados, daí é destinado ao quartel de infantaria em Traustein, de onde desertará pouco tempo depois.
Com a rendição alemã em 8 de maio de 1945 Ratzinger é recolhido preso no campo aliado de concentração de prisioneiros em Bad Aibling, com mais de quarenta mil prisioneiros. É libertado em 19 de junho, apenas dois meses depois de ter completado os dezoito anos, chegou em casa em Traustein na noite da sexta-feita do Sagrado Coração.

Vida religiosa e acadêmica

Com o irmão, Georg Ratzinger, Joseph entrou num seminário católico.
Em 29 de Junho de 1951, foram ambos ordenados sacerdotes pelo Cardeal Faulhaber, Arcebispo de Munique.

Ratzinger cardeal

A partir de 1952 iniciou a sua atividade de professor na Escola Superior de Filosofia e Teologia de Freising lecionando teologia dogmática e fundamental. Em 1953, obteve o doutoramento em teologia com a tese "Povo e Casa de Deus na doutrina da Igreja de Santo Agostinho".
Sob a orientação do professor de teologia fundamental Gottlieb Söhngen, obteve a habilitação para a docência apresentando para isto dissertação com título de "A teologia da história em São Boaventura"
Lecionou ainda em Bonn (1959 - 1963); em Münster (1963 - 1966) e em Tubinga (1966 - 1969) onde foi colega de Hans Küng e confirmou uma certa visão tradicionalista como oposição às tendências marxistas dos movimentos estudantis dos anos 60.
A partir de 1969, passou a ser catedrático de dogmática e história do dogma na Universidade de Ratisbona, onde chegou a ser Vice-Reitor.
No Segundo Concílio do Vaticano (19621965), Ratzinger assistiu como peritus (especialista em teologia) do Cardeal Joseph Frings de Colónia. Foi também quem apresentou a proposta da realização da missa em língua local em vez do latim.
Fundou em 1972, junto com os teólogos Hans Urs von Balthasar (1905-1988) e Henri De Lubac (1896-1992), a revista Communio, para dar uma resposta positiva à crise teológica e cultural que despontou após o Segundo Concílio do Vaticano. [19]
Recebeu o título de doutor honoris causa das seguintes instituições: College of St. Thomas em St. Paul (Minnesota, Estados Unidos), em 1984; Universidade Católica de Eichstätt, em 1987; Universidade Católica de Lima, em 1986; Universidade Católica de Lublin, em 1988; Universidade de Navarra (Pamplona, Espanha), em 1998; Livre Universidade Maria Santíssima Assunta (LUMSA, Roma), em 1999 e da Faculdade de Teologia da Universidade de Wroclaw (Polônia) no ano 2000 e era ainda Membro honorário da Pontifícia Academia das Ciências.

Ascensão a bispo e cardeal

Ratzinger foi nomeado Arcebispo de Munique e Freising em 25 de março de 1977, pelo Papa Paulo VI, e elevado a Cardeal no consistório de 27 de junho de 1977 com o título presbiteral de "Santa Maria da Consolação no Tiburtino".
Em 1981, foi apontado como prefeito da Congregação para a Doutrina da Fé pelo Papa João Paulo II, cargo que manteve até ao falecimento do seu antecessor.
Foi designado cardeal-bispo da Sé Episcopal de Velletri-Segni em 1993, e tornou-se Decano do Colégio Cardinalício em 2002, tornando-se o bispo titular de Ostia.
Participou do Conclave de agosto de 1978 que elegeu o Papa João Paulo I e do Conclave de outubro deste mesmo ano que resultou na eleição de João Paulo II.
Era um velho amigo de João Paulo II, compartilhava das posições ortodoxas do Papa e foi um dos mais influentes integrantes da Cúria Romana.
A sua posição como prefeito da Congregação para a Doutrina da Fé, cargo que exerceu durante vinte e três anos, o colocava como um dos mais importantes defensores da ortodoxia católica. O ex-frade Leonardo Boff, brasileiro, um dos expoentes da Teologia da Libertação, teve voto de silêncio imposto por Ratzinger em 1985 devido às suas posições políticas marxistas.

Eleição

Aos 78 anos, o Cardeal Joseph Ratzinger é eleito papa pelo colégio de cardeais. O conclave findo em 19 de abril de 2005 foi um dos mais rápidos da história, tendo apenas quatro votações e duração de apenas 22 horas. No dia 24 de abril do mesmo ano tomou posse em cerimônia na Basílica de São Pedro em Roma.
A fumaça branca saiu da chaminé da Capela Sistina às 17h50 daquele 19 de Abril (hora do Vaticano). O nome do cardeal alemão foi anunciado cerca das 18h40 locais, da varanda da Basílica de São Pedro, onde o novo Papa surgiu minutos depois usando o solidéu branco, aclamado por milhares de pessoas que preenchiam a Praça de São Pedro, o coração do Vaticano.

O anúncio (Habemus Papam)

Annuntio vobis gaudio magno; habemus Papam:
Anuncio-vos com grande alegria; já temos o Papa:
Eminentissimum ac Reverendissimum Dominum,
O Eminentíssimo e Reverendíssimo Senhor
Dominum Josephum
D. José
Sanctæ Romanæ Ecclesiæ Cardinalem Ratzinger
Cardeal da Santa Igreja Romana, Ratzinger
qui sibi nomen imposuit Benedicti Decimi Sexti.
Que adotou o nome de Bento XVI.

Primeira declaração

Em resposta a esse anúncio, sua primeira declaração ao público, depois de eleito Papa, segue:

"Queridos irmãos e irmãs:
Depois do grande Papa João Paulo II, os senhores cardeais elegeram a mim, um simples humilde trabalhador na vinha do Senhor.
Consola-me o facto de que o Senhor sabe trabalhar e actuar com instrumentos insuficientes e, sobretudo, confio nas vossas orações.
Na alegria do Senhor ressuscitado, confiados em sua ajuda permanente, sigamos adiante.
O Senhor nos ajudará. Maria, sua santíssima Mãe, está do nosso lado. Obrigado."

O nome "Bento"

Primeira bênção de Natal de Bento XVI, 25 de dezembro de 2005
A escolha do nome Bento é uma provável homenagem ao último papa que adoptou o nome Bento, que foi o italiano Giacomo della Chiesa, entre 1914 e 1922. Conhecido como o "Papa da paz", Bento XV tentou, sem sucesso, negociar a paz durante a Primeira Guerra Mundial.
O seu pontificado foi marcado por uma reforma administrativa da igreja, possuindo um caráter de abertura e de diálogo.
Além disso, Bento XVI sempre foi muito ligado espiritualmente ao mosteiro da beneditino de Schotten, perto de Ratisbona, na Baviera.
Alguns analistas, como dom Antônio Celso de Queirós, vice-presidente da Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB), relacionaram a adoção do nome Bento com a atuação de São Bento de Núrsia (480-547), fundador da Ordem Beneditina e padroeiro da Europa, o que o próprio papa confirmou após a publicação das explicações sobre seu brasão.
Após as invasões bárbaras, os mosteiros de São Bento foram responsáveis pela manutenção da cultura latina e grega e pela evangelização da Europa.
A escolha do nome deste Santo representaria, portanto, que uma das prioridades do papado de Bento XVI será a "recristianização da Europa".

Brasão e lema

"O escudo adoptado pelo Papa Bento XVI tem uma composição muito simples: tem a forma de cálice, que é a mais usada na heráldica eclesiástica (outra forma é a cabeça de cavalo, que foi adotada por Paulo VI). No seu interior, variando a composição em relação ao escudo cardinalício, o escudo do Papa Bento XVI tornou-se: vermelho, com ornamentos dourados. De fato, o campo principal, que é vermelho, tem dois relevos laterais nos ângulos superiores em forma de "capa", que são de ouro. A "capa" é um símbolo de religião. Ela indica um ideal inspirado na espiritualidade monástica, e mais tipicamente na beneditina." (Da explicação do brasão pela Santa Sé).

Expectativas como Papa

O grande mote de Joseph Cardeal Ratzinger, nos dias que antecederam o conclave, foi a questão do secularismo e do relativismo.
Acreditava-se que o papa Bento XVI seria um grande defensor dos valores absolutos, da doutrina e do dogma da Igreja.

"A pequena barca com o pensamento dos cristãos sofreu, não pouco, pela agitação das ondas, arrastada de um extremo ao outro: do marxismo ao liberalismo até a libertinagem, do coletivismo ao individualismo mais radical, do ateísmo a um vago misticismo, do agnosticismo ao sincretismo", afirmou durante a missa de abertura do conclave que viria elegê-lo.

Acreditava-se também, devido ao nome escolhido (São Bento é padroeiro da Europa), que Bento XVI voltar-se-ia para esse continente que, segundo ele, vem caindo no secularismo (abandono dos valores religiosos e redução de tudo ao espectro político de direita e esquerda).
Para Daniel Johnson , poder-se-ia esperar uma cruzada rigorosa contra a eugenia e a eutanásia.

Pensamento teológico

Considerando toda a sua obra literária, as suas atitudes como sacerdote e bispo ao longo da sua vida religiosa, e ainda do que se verifica dos anos passados à frente da Sagrada Congregação para a Doutrina da Fé, Ratzinger possui um pensamento católico ortodoxo que, para muitos de seus críticos, é tido como sendo conservador.
Bento XVI tem adotado, no seu Pontificado, propostas semelhantes às do seu antecessor relativos à moral e ao dogma católico.
Na década de 1990 o Cardeal Ratzinger participou da elaboração de documento sobre a concepção humana como sendo o momento da animação.
A partir da união do óvulo com o espermatozóide temos uma vida humana perante Deus. Assim, é impossível que a Santa Sé mude sua posição diante das pesquisas com células estaminais (células tronco) embrionárias ou diante do aborto.
Na verdade esperava-se que o Papa reafirmasse o Magistério constante da Igreja sobre estes e outros temas da atualidade relacionados com a Moral, a Ética e a Doutrina Social da Igreja, o que de fato ocorreu.

O Pontificado de Bento XVI

Principais criticas

Uma crítica feita pelos meios de comunicação à escolha de Joseph Ratzinger foi que o papado continua na Europa e mais uma vez a América Latina (região do mundo com mais católicos) continua sem ter tido nenhum Papa.
Outra foi sobre a postura pouco clara em relação aos crimes de pedofilia nos EUA e a sua firme negação do casamento civil entre pessoas do mesmo sexo em todo o mundo.
Outra crítica foi que Bento XVI rejeita a política de marxista da Teologia da Libertação no terceiro mundo e o uso de métodos contraceptivos artificiais, sendo assim perfeitamente coerente com a doutrina católica.

Bento XVI, como seus antecessores, é contrário à ordenação de mulheres e defende a necessidade de moralidade sexual, estando perfeitamente de acordo com a tradição católica.
Para ele, "a única forma clinicamente segura de prevenir a SIDA (AIDS) é se comportar de acordo com a lei de Deus", com quem concordam todos os movimentos da igreja, como a Renovação Carismática, os Focolares, e a Comunhão e Libertação, por exemplo.

Em setembro de 2006, Bento XVI provocou protestos no mundo muçulmano, devido a uma citação que fez na Universidade de Ratisbona (onde lecionou antes de ser nomeado cardeal) durante visita à Alemanha, em que fez referência à posição do imperador bizantino Manuel II Paleólogo sobre Maomé.

Em agosto-setembro de 2007, em documento da Congregação para a Doutrina da Fé, reafirmou que a Igreja Católica é a "única verdadeira" e a "única que salva", o que provocou muitas críticas de igrejas protestantes.

Por decreto de 21 de janeiro de 2009, o cardeal Giovanni Battista Re, Prefeito da Congregação para os Bispos, usando de faculdade concedida pelo Papa Bento XVI, removeu a censura de excomunhão latae sententiae declarada por esta Congregação no dia 1 de julho de 1988 contra quatro bispos ordenados em 1988 pelo falecido e tradicionalista arcebispo Marcel Lefebvre, com o rito da “bula de Pio X”, em desacordo com as regras estabelecidas pelo Concílio Vaticano II, ordenação considerada ilegítima pela Igreja Católica.
A Secretaria de Estado do Vaticano esclareceu que "os quatro bispos, apesar de terem sido liberados da pena de excomunhão, continuam sem um função canônica na Igreja e não exercem licitamente nela qualquer ministério." e que este "foi um ato com que o Santo Padre respondia benignamente às reiteradas petições do Superior Geral da Fraternidade São Pio X, na esperança de que os beneficiados manifestassem sua total adesão e obediência ao magistério e disciplina da Igreja."
Dentre os quatro reintegrados com o levantamento da excomunhão está o arcebispo Richard Williamson, religioso inglês, que dirige um seminário lefebvriano na Argentina e nega o Holocausto. O Vaticano tornou público que o bispo Williamson, para ser admitido nas funções espiscopais na Igreja, terá de retratar-se de modo absoluto, inequívoco e público de sua postura sobre a Shoah, desconhecidas pelo Santo Padre no momento da remissão da excomunhão.

Ordenações episcopais

O Cardeal Joseph Ratzinger foi o principal sagrante dos seguintes arcebispos e bispos:
Antes do pontificado

1984 - Alberto Cardeal Bovone (1922-1998)
2002 - Zygmunt Zimowski (1949-)
2004 - Josef Clemens (1947-)
2004 - Bruno Forte (1949-)

Durante o pontificado 2007

Arcebispo Mieczysław Mokrzycki , Arcebispo Francesco Giovanni Brugnaro , Arcebispo Gianfranco Ravasi , Arcebispo Tomaso Caputo , Bispo Sergio Pagano, B. e Bispo Vincenzo Di Mauro

Viagens
Ver artigo principal: Viagens apostólicas de Bento XVI
O Papa mantém um ritmo de viagens apostólicas surpreendente para a sua idade e, com isto, tem superado as expectativas do início de seu pontificado. Justamente por causa da sua idade e pelo seu estilo pessoal mais reservado e comedido quando comparado com seu antecessor João Paulo II os mass media consideravam que este seria um papa que ficaria mais restrito ao âmbito do Vaticano e da Cúria Romana o que acabou não se verificando.

Visita ao Brasil
Ver artigo principal: Visita de Bento XVI ao Brasil
A visita de Bento XVI ao Brasil começou em 9 de maio de 2007 e se encerrou no dia 13. Seu objetivo principal foi dar início à Quinta Conferência Geral do Episcopado Latino-americano e Caribenho que ocorreu de 13 a 31 de maio de 2007, no Santuário de Aparecida no Vale do Paraíba, estado de São Paulo.

Documentos pontifícios
Ver artigo principal: Documentos pontifícios de Bento XVI
Desde a sua posse como Papa, Bento XVI tem feito inúmeros pronunciamento. Entre os principais documentos escritos que tem publicado no exercício das funções de Sumo Pontífice estão as encíclicas Deus Caritas Est e Spe salvi.

Obras publicadas
Ver artigo principal: Publicações de Bento XVI
As publicações de Ratzinger alcançam os 600 títulos, alguns de seus estudos não foram publicados abertamente, mas dirigidos a certos públicos, comissões e documentos eclesiásticos, algumas de suas obras atingiram recordes de venda após a sua eleição como papa.[29] [30]

Curiosidade
O carro do papa, um golf, foi vendido à eBay por 188.938,88 euros.
Depois de João XXIII , Bento XVI foi o primeiro papa a voltar a usar o camauro.
O uso freqüente dos múleos pelo papa tem chamado a atenção da imprensa.
Segundo uma nota da Prefeitura da Casa Pontifícia, durante o ano de 2007 Bento XVI atendeu a 44 audiências gerais em Roma nas quais estiveram presentes um total de 624.100 pessoas.
Bento XVI é o primeiro papa a possuir um iPod.