sexta-feira, 24 de abril de 2009

OGMs SÃO ALTERNATIVA? NOVO DEBATE NO VATICANO

O Vaticano voltará a discutir o tema dos Organismos Geneticamente Modificados (OGM) e analisar a necessidade de mudar a opinião negativa que a política e a sociedade em geral têm sobre eles.
A ocasião para o novo debate será a semana de estudo promovida pela Pontifícia Academia das Ciências sobre "Plantas transgênicas para a segurança alimentar no contexto do desenvolvimento", de 15 a 19 de maio próximo.
O encontro será dirigido pelo biólogo e membro dessa academia, Prof. Ingo Potrykus, inventor do "arroz dourado", variedade geneticamente manipulada para conter um suplemento de vitamina A.
Na apresentação de sua palestra, intitulada "As restrições à introdução da biotecnologia para reduzir a pobreza", o Prof. Potrykus escreve que "a biotecnologia das plantas tem um grande potencial para melhorar a vida dos mais pobres".

"Em muitos países, o uso dos OGMs é submetido a controles excessivamente severos e eles sofrem forte pressão por parte da opinião pública.
O cientista defende que tais precauções − que ele considera extremas − são burocráticas e carecem de fundamentos científicos.
O encontro no Vaticano "não será apenas um congresso científico, mas uma ocasião para ilustrar o potencial da engenharia genética das plantas e sensibilizar sobre a necessidade de mudar as atitudes e a mentalidade da sociedade e dos legisladores" – afirma o cientista.

Todavia, o ceticismo em relação aos OGMs é forte também dentro da Igreja, e provém, sobretudo, dos países onde a sua introdução é propagada como a solução aos problemas da subalimentação e do desenvolvimento.
Uma prova disso é o documento preparatório à próxima Assembleia Especial para a África, do Sínodo dos Bispos, marcada para outubro, no Vaticano.

"A técnica dos OGMs – diz o documento oficial, apresentado por Bento XVI aos africanos em sua recente viagem à África – ameaça os pequenos agricultores, suprimindo seus cultivos tradicionais e tornando-os dependentes de empresas produtoras de OGMs."

A essa crítica soma-se a condenação às multinacionais que "continuam a invadir gradualmente o continente, para se apropriar dos recursos naturais, adquirindo milhares de hectares e expropriando as populações locais, danificando o meio ambiente e a Criação".
O Instrumentum Laboris da assembleia sinodal recorda aos padres sinodais os verdadeiros problemas dos agricultores: a falta de terras cultiváveis, de água e eletricidade, de mercados locais, de crédito, formação e infraestruturas; e se conclui com a pergunta: "Podemos ficar indiferentes diante disso?"

terça-feira, 21 de abril de 2009

Papa Bento 16 celebra seus 4 anos de pontificado.


O Papa Bento XVI rezou, esta manhã, ao meio-dia, a oração mariana do "Regina Coeli", (oração que substitui o Ângelus durante o tempo pascal), com os numerosos fiéis, peregrinos e turistas, presentes no pátio interno da Residência de Verão, em Castel Gandolfo, perto de Roma.
Na alocução que precedeu a oração, Bento XVI renovou suas felicitações pascais.
E acrescentou:
"No clima de alegria, que provém da fé em Cristo ressuscitado, desejo expressar meu muito obrigado cordial a todos aqueles – e são realmente tantos – que, nestes dias, quiseram manifestar um sinal de carinho e de solidariedade espiritual, seja pela passagem da Páscoa, seja pelo meu aniversário, como também pelo quarto ano da minha eleição à Cátedra de Pedro, que ocorre precisamente hoje. Agradeço ao Senhor por tanto afeto!".
Nestes dias , disse o Papa, pude experimentar a comunhão que me circunda e me sustenta: uma solidariedade espiritual , nutrida essencialmente de oração. Nós católicos formamos e devemos sentir-nos uma verdadeira família, animados pelos mesmos sentimentos da primeira comunidade cristã que "tinham um só coração e uma só alma".
E o papa explicou:
"A comunhão dos primeiros cristãos tinha um verdadeiro centro e fundamento: Cristo ressuscitado !
Ele doou aos seus discípulos uma nova unidade, mais forte que antes, invencível , fundada na misericórdia divina.
Logo é o amor misericordioso de Deu que une a Igreja e torna a humanidade uma só família".
Por isso, Bento XVI recordou seu amado predecessor , João Paulo II, que quis dedicar o segundo domingo da Páscoa à Misericórdia Divina , apresentando a todos Cristo Ressuscitado, como fonte de confiança e esperança , ao acolher a mensagem de Santa Faustina Kowalska: "Jesus, eu confio em vós!".
Por fim, o Santo Padre pediu aos fiéis para que invoquem a proteção de Nossa Senhora pelo serviço que presta à Igreja !
O Santo Padre se despediu dos fiéis , presentes no pátio interno da Residência Apostólica, em Castel Gandolfo , concedendo a todos a sua Bênção Apostólica.
Ao término da oração mariana , o Papa recebeu o Cardeal Javier Lozano Barragan , Presidente emérito do Pontifício Conselho da Pastoral para os Agentes de Saúde.
Ontem, Bento XVI aceitou a renúncia de Dom Barragán , por limite de idade , nomeando como seu substituto Dom Zygmunt Zimowski , até agora bispo de Randon , na Polônia , elevando-o à dignidade de arcebispo.
Bento XVI se encontra em Castel Gandolfo, desde domingo passado, para uma semana de descanso, depois das atividades pascais.
O Pontífice deixará sua Residência, na tarde de hoje, às 18h local, e regressará de helicóptero ao Vaticano.
Igrejas Orientais
Bento XVI recordou, hoje, os irmãos e irmãs das Igrejas Orientais que celebram, segundo o calendário Juliano, a Santa Páscoa.
O Papa pediu para que Cristo ressuscitado renove em todos a luz da fé e a abundância de dons, de alegria e de paz !
Conferência das Nações Unidades
O Papa recordou ainda a Conferência das Nações Unidades, para o exame da Declaração de Durban de 2001, contra o racismo, a discriminação racial, a xenofobia e a sua relativa intolerância. A reunião se inicia amanhã em Genebra.

sábado, 18 de abril de 2009

SACERDOTES LIDERAM VENDAS DE CDs E DVDs NO BRASIL, EM 2008

O padre Fábio de Mello e o padre Marcelo Rossi lideraram as vendas de CDs no Brasil, em 2008, superando, entre outros, Roberto Carlos e Caetano Veloso, e Michael Jackson, informou ontem a Associação Brasileira de Produtores de Discos.
Com seu trabalho “Vida”, Pe. Fábio superou Pe. Marcelo, conquistado o primeiro lugar, que este último havia ocupado em 2007.
Pe. Marcelo Rossi ficou no segundo lugar do ranking, com a primeira edição de “Paz sim, violência não”, e no sexto, com a segunda edição da gravação do evento sediado em São Paulo.

A liderança dos sacerdotes foi tanto na venda de CDs quanto de DVDs.

A indústria fonográfica no Brasil teve um crescimento de 6,5% em 2008 para chegar aos 359,9 milhões de reais (cerca de 126,5 milhões de euros).

Esse resultado foi alcançado depois de três anos seguidos de perdas, apontou o informe.

O destaque foi para o crescimento de 79,1% dos formatos alternativos, como os downloads pagos, de música para a Internet ou para o celular.
A música brasileira teve uma participação de 74,5% entre os discos vendidos, enquanto a internacional chegou a 23,1%, e a clássica 2,4%.

Nota : A direção desse blog louva a Deus pela vida , ministerio e sacerdocio desses 2 padres que com a sua disposição e coragem mudaram uma visão da IGREJA tão pejorativa na imprensa e em opiniões de livres pensadores que fazem a opinião de muito cristãos desavisados.
Essa imagem casta e bela que os dois levam tão seriamente como um proposito , como parte de sua vocação.
Só temos que louvar a Deus !!!
Shalon.

segunda-feira, 13 de abril de 2009

Bento XVI aos sacerdotes: « já não pertenceis a vós mesmos ».

Bento XVI dedicou a homilia da Missa Crismal, celebrada na manhã desta Quinta-Feira Santa na Basílica de São Pedro com os cardeais, bispos e sacerdotes presentes em Roma, a falar do significado da consagração sacerdotal, fazendo confidências sobre a maneira como ele a viveu no dia de sua ordenação.

Em uma longa homilia, Bento XVI explicou o que significa ser «consagrado», ou « separado do mundo para entregar-se a Deus»: « Consagrar algo ou alguém significa, portanto, dar essa coisa ou pessoa em propriedade a Deus, tirá-la do âmbito do que é nosso e colocá-la em sua atmosfera, de modo que já não pertença mais a nossas coisas, mas que seja totalmente de Deus ».

Daí que o sacerdócio, para a fé católica, consista em « uma mudança de propriedade, um ser tirado do mundo e entregue a Deus », mas não como «uma segregação»: « o sacerdote vem separado das conexões mundanas e entregue a Deus, e precisamente assim, a partir de Deus, está disponível para os demais, para todos », explicou.

« Consagro-me – sacrifico-me: esta palavra abismal, que nos permite ver a intimidade do coração de Jesus, deveria sempre ser objeto de nossa reflexão. Nela está contido todo o mistério de nossa redenção. E ali está contida também a origem do sacerdócio na Igreja

Em sua oração antes da paixão, que aparece no evangelho de João lido hoje, explica o Papa, Jesus pede ao Pai « que Deus mesmo atraia os discípulos para si, dentro de sua santidade. Pede que Ele os separe para Ele mesmo e os tome como sua propriedade, para que, a partir d’Ele, eles possam levar a cabo o serviço sacerdotal para o mundo ».

Importância da Escritura

Nesta oração, recorda o Papa, Jesus acrescenta: «Tua palavra é a verdade». « Os discípulos são, portanto, levados ao íntimo de Deus mediante a imersão na palavra de Deus.»

Neste sentido, reafirmou a importância do contato constante de um sacerdote com a Sagrada Escritura. Neste sentido, interpelou os presentes: « Estamos verdadeiramente invadidos pela palavra de Deus? É verdade que ela é o alimento do qual vivemos, mais do que o são o pão e as coisas deste mundo? Nós a conhecemos de verdade? Nós a amamos? Nós nos ocupamos interiormente desta palavra até o ponto de que ela imprima realmente um selo à nossa vida e forma ao nosso pensamento? », inquiriu.

« Nós sabemos aprender de Cristo a reta humildade, que corresponde à verdade de nosso ser, e essa obediência que se submete à verdade, à vontade de Deus? », acrescentou, exortando os presentes a serem « discípulos dessa verdade que se descobre na palavra de Deus ».
O unir-se a Cristo, acrescentou « supõe a renúncia. Implica que não queiramos impor nosso caminho ou nossa vontade; que não desejemos ser isso ou aquilo, mas nos abandonamos n’Ele, da forma como Ele quiser servir-se de nós ».
Neste sentido, explicou, adquire tanta importância o « sim » a Cristo pronunciado no dia da ordenação sacerdotal, « como os pequenos ‘sins’ e as pequenas renúncias ».
« Este ‘sim’ dos pequenos passos, que unidos constituem o grande ‘sim’, poderá realizar-se sem amargura e sem autocompaixão só se Cristo for verdadeiramente o centro da nossa vida, se entramos em familiaridade com Ele. Então, de fato, experimentaremos em meio às renúncias que em um primeiro momento podem causar dor, a alegria crescente da amizade com Ele, todos os pequenos e às vezes grandes sinais de seu amor, que Ele nos dá continuamente.»

O amor e a verdade de Cristo, acrescentou o Papa, são exigentes: « significam para nós também aceitar o caráter exigente da verdade; contrapor-se à mentira tanto nas coisas grandes como nas pequenas, que de modo tão diverso está presente no mundo; aceitar a fadiga da verdade, porque sua alegria mais profunda está presente em nós ».

« O amor verdadeiro não está rebaixado, pode ser também muito exigente. Opõe resistência ao mal, para levar o homem ao verdadeiro bem. Se nos convertemos em uma só coisa com Cristo, aprendemos a reconhecê-lo nos que sofrem, nos pobres, nos pequenos deste mundo », acrescentou.

Confidências

O Papa concluiu a homilia com uma lembrança pessoal do dia de sua ordenação.
«Na véspera da minha ordenação sacerdotal, há 58 anos, abri a Sagrada Escritura, porque queria receber ainda uma palavra do Senhor, para esse dia e para meu futuro caminho de sacerdote».

« Meu olhar se deteve nesta passagem: ‘Consagra-os na verdade; tua palavra é a verdade’. Então eu soube: o Senhor está falando de mim e está falando a mim. Precisamente o mesmo me acontecerá amanhã », relatou.

Se Deus existe, o não-crente perdeu tudo

Pregação do Pe. Cantalamessa na celebração da Paixão do Senhor

Para muitos não-crentes, a fé em Deus é um obstáculo para a felicidade.
Na Sexta-Feira Santa, dia no qual a Igreja revive a morte de Cristo, o pregador da Casa Pontifícia mostrou no Vaticano como o crente, ao ter Deus, tem tudo, sobretudo a felicidade.
O Pe. Raniero Cantalamessa, ofm. Cap., na homilia que pronunciou na celebração da Paixão do Senhor, presidida por Bento XVI na Basílica de São Pedro, respondeu ao slogan que circula nos ônibus de algumas cidades da Europa:
«Provavelmente Deus não existe. Deixe de preocupar-se e aproveite a vida».
Constata o pregador que :
«A mensagem subliminar é que a fé em Deus impede de desfrutar a vida, é inimiga da alegria. Sem essa, existiria mais felicidade no mundo !»
E respondeu à provocação propondo a pergunta que cedo ou tarde toda pessoa se faz, crente ou não-crente: qual é a origem e o sentido do sofrimento?
O pregador do Papa respondeu como o apóstolo São Paulo:

O pecado é «a principal causa da infelicidade dos homens, ou seja, a rejeição de Deus, não Deus!». O pecado, declarou, «prende a criatura humana na ‘mentira’ e na ‘injustiça’ (Rm 1, 18ss; 3, 23), condena o próprio cosmos material à ‘vaidade’ e à ‘corrupção’ (Rm 8, 19ss) e é a causa última também dos males sociais que afligem a humanidade».
Na cruz, explicou o Pe. Cantalamessa citando São Paulo, «Cristo derrubou o muro de separação, reconciliou os homens com Deus e entre si, destruindo a inimizade».

«A partir daí, a antiga tradição desenvolverá o tema da cruz como árvore cósmica que, com o braço vertical, une céu e terra e, com o braço horizontal, reconcilia entre si os diversos povos do mundo
Trata-se, declarou o sacerdote capuchinho, de um «evento cósmico e ao mesmo tempo personalíssimo: ‘Ele me amou e se entregou por mim’» (Gál 2, 20).
Neste sentido, cada homem, acrescentou o pregador, é «aquele por quem Cristo morreu» (Rm 14, 15).
«Com sua morte, Cristo não somente venceu o pecado, mas também deu um sentido novo ao sofrimento, também àquele que não depende do pecado de ninguém», acrescentou o Pe. Cantalamessa.
Jesus, insistiu, fez do sofrimento «um instrumento de salvação, um caminho à ressurreição e à vida. Seu sacrifício exercita seus efeitos não através da morte, mas sim graças à superação da morte, isto é, à ressurreição. Cristo não veio, portanto, para aumentar o sofrimento humano ou a pregar a resignação dessa; veio para dar-lhe um sentido e anunciar o fim e a superação», assegurou.

O Pe. Cantalamessa constatou que lêem esse slogan nos ônibus de Londres e de outras cidades também os pais com um filho doente, as pessoas sozinhas ou que ficaram sem trabalho, os exilados que fogem dos horrores da guerra, quem sofreu graves injustiças na vida.
«Eu procuro imaginar sua reação ao ler as palavras:
‘Provavelmente Deus não existe: aproveite, portanto, a vida!’ E com quê?», perguntou.
Mas, continuou reconhecendo, «não é a única incongruência dessa ideia publicitária».
«Deus provavelmente não existe’: portanto, poderá existir, não se pode excluir totalmente que exista. Mas, querido irmão não-crente, se Deus não existe, eu não perdi nada; se, ao contrário, Ele existe, você terá perdido tudo !», disse.

«Devemos quase agradecer aos que lançaram aquela campanha publicitária; ela tem servido à causa de Deus mais do que muitos dos nossos argumentos apologéticos. Mostrou a pobreza de suas razões e contribuiu para despertar muitas consciências adormecidas», assegurou diante do Papa e dos milhares de fiéis que lotavam a basílica.

O Pe. Cantalamessa concluiu citando uma oração da celebração da cruz que diz que os homens só podem encontrar a paz se encontram Deus, pois no coração há uma profunda nostalgia d’Ele.
Implorando ao Senhor, disse: «Fazei que, superando cada obstáculo, reconheçamos os sinais da vossa bondade e, estimulados pelo testemunho da nossa vida, tenhamos a alegria de crer em vós, um verdadeiro Deus e Pai de todos os homens».

A pregação do Pe. Cantalamessa pode ser lida no site da Zenit (www.zenit.org).

sábado, 11 de abril de 2009

Por que se confessar com um padre?

Cada pecado é um ato de orgulho e desobediência

ACUSAÇÃO: “Quem pode perdoar os pecados senão Deus? ” (Mc 2,7).

RESPOSTA : Quem negava a Jesus o poder de perdoar os pecados e até O tachava de blasfemador eram os orgulhosos escribas. Jesus, porém, lhes respondeu: “Para que saibais que o Filho do homem tem na terra o poder de perdoar os pecados […]” (Mc 2,10) e curou o paralítico, que foi perdoado à vista deles.
Esse poder de perdoar os pecados, o Senhor o confiou aos homens pecadores, aos Apóstolos e a seus legítimos sucessores, no dia mais solene: na Ressurreição quando lhes apareceu e disse: “Assim como o pai me enviou, também eu vos envio a vós. Tendo dito estas palavras, soprou sobre eles e disse-lhes: “Recebei o Espírito Santo. Àquele a quem perdoardes os pecados, ser-lhes-ão perdoados, e àqueles a quem os retiverdes, ser-lhes-ão retidos” (Jo 20,21-23).

Não resta dúvida de que o sopro de Cristo ressuscitado e as palavras: “Recebei (o dom do) Espírito Santo […]” expressam claramente que os Apóstolos não obtiveram o poder de perdoar os pecados em virtude de sua santidade ou impecabilidade, mas como um dom especial, merecido por Cristo e a eles conferido em favor das almas, remidas pelo sangue derramado na cruz.

Daí dizer: “ Eu não me confesso com os padres, porque eles também são pecadores” demonstra igual insensatez ao se afirmar: “Eu não vou, com minha doença, procurar conselho e remédio dos médicos, porque eles também ficam doentes ”.
Por isso, os católicos, mesmo que sejam, cardeais e reis, dobram humildemente suas cabeças diante de tão claras palavras de Jesus e confessam seus pecados diante dum simples sacerdote, para receber o perdão de Deus.

Os outros crentes, porém, preferem ignorar essas palavras de Cristo e desprezar o grande dom do Senhor no sacramento da penitência.

Para motivar esse procedimento, procuram na Bíblia vários textos no sentido: “Convertei-vos… fazei penitência… arrependei-vos, para que vossos pecados sejam perdoados , para que sejais salvos”.

Ninguém duvida de que o sincero arrependimento dos pecados, com firme propósito de não pecar mais, e a satisfação feita a Deus e aos prejudicados, eram no Antigo Testamento condições necessárias e suficientes para obter perdão do Altíssimo.
O mesmo vale ainda hoje para todos os que desconhecem a Jesus e o Evangelho, para os que não têm nenhuma ocasião de se confessar; são ainda condições necessárias para obter perdão na boa confissão.
Mas quem no seu orgulho não acredita na veracidade e obrigatoriedade das palavras de Cristo Ressuscitado, com as quais Ele instituiu o sacramento da penitência, e por isso não quer se confessar, dificilmente receberá perdão!

Cada pecado é um ato de orgulho e de desobediência contra Deus.

Por isso “ Cristo se humilhou e tornou-se obediente até a morte na cruz ” (Fl 2,8) para expiar o orgulho e a desobediência dos nossos pecados e nos merecer o perdão.

Por essa razão, Ele exige de nós confissão sacramental, na qual confessamos os nossos pecados diante do Seu representante, legitimamente ordenado. Conforme a Sua promessa: “Pois todo o que se exaltar será humilhado, e quem se humilhar será exaltado” (Lc 18,14).

Alguns “crentes” aliciam os católicos para sua crença, com a promessa de que, depois do batismo (pela imersão), estes estarão livres de qualquer pecado e nem poderão mais pecar! (Conseqüentemente, não precisarão mais de nenhuma confissão). Apóiam essa afirmação nas palavras bíblicas de I Jo 3, 6 e 9 “Quem permanece n'Ele não peca; quem peca não O viu, nem O conheceu” e “Todo aquele que é gerado por Deus, não comete pecado, porque nele permanece o germe divino” (a graça santificante).

Em resposta, lembro o princípio bíblico de que entre as verdades bíblicas, reveladas por Deus, não pode haver contradições. Por isso, as palavras menos claras devem ser esclarecidas por palavras mais claras ou pela autoridade estabelecida por Deus (Magistério da Igreja).

Ora, o próprio apóstolo escreve em (I Jo 1,8-10): “ Se dizemos que não temos pecado algum, enganamo-nos a nós mesmos, e a verdade não está em nós. Se reconhecemos os nossos pecados, (Deus aí está) fiel e justo para nos perdoar os pecados e para nos purificar de toda a iniquidade. Se pensamos não ter pecado, nós O declaramos mentiroso e a sua palavra não está em nós ”.

Por isso, a Tradição Apostólica interpreta as palavras de I Jo 3,9: “ Todo aquele que é gerado por Deus não peca” no sentido de “ não deve pecar gravemente ”, já que possuindo a graça de Deus, tem suficiente força para vencer as tentações. Enquanto as claras palavras em I Jo 1,8-10 falam dos pecados leves veniais; sendo somente Maria Imaculada livre de qualquer mancha do pecado original e pessoal, em previsão dos méritos antecipados de Jesus Cristo que a escolheu por sua Mãe.
Portanto, todos os homens adultos necessitam de Misericórdia Divina; e os sinceros seguidores da Bíblia receberam-na, agradecidos, no sacramento da confissão.


Pe. Anderson Marçal
http://blog.cancaonova.com/padreanderson

sábado, 4 de abril de 2009

Pastores protestantes passam para a Igreja Católica

Um fenômeno muito interessante tem acontecido nos Estados Unidos ,uma grande quantidade de pastores protestantes têm se convertido ao catolicismo depois de perceberem que a Igreja Católica é a Verdadeira Igreja de Jesus Cristo, fundada sobre Pedro e os Apóstolos.
Isto é fruto do estudo profundo da doutrina católica, especialmente dos Padres da Igreja.
Em sua coluna semanal, publicada no jornal da paróquia “Ascension Catholic Church” (Melbourne-FL) no dia 13.08.06, o padre Tobin abordou o tema com o artigo: “Leigos católicos deixando a Igreja, ministros protestantes se juntando à Igreja. O que está acontecendo?”
Ex-pastores estão tendo muita influência nessa conversão de outros ao catolicismo.
Há muitos livros, dvd´s e cd´s de testemunhos e palestras desses convertidos; o “Surprised by Truth” – “Surpreso pela Verdade”, com mais de 300.000 cópias vendidas, trás histórias das conversões de 11 ex-ministros protestantes, escritas por eles mesmos; além de programas em tvs e rádios católicas. Alguns dos convertidos à Igreja Católica são:

- Dr. Scott Hahn ex-pastor presbiteriano, hoje é professor na Franciscan University of Steubenville – Ohio. Tornou-se um dos maiores pregadores católicos dos EUA. Ele foi um ferrenho aliciador de jovens católicos para o protestantismo, tendo distribuído inúmeras cópias do livro Roman Catholicism, de Loraine Boettner , conhecido como a bíblia do anti-catolicismo, mais de 450 páginas contendo todo o tipo de distorções e mentiras sobre a Igreja Católica. O cd do seu testemunho de conversão atingiu o maior número de cópias distribuídas em todos os tempos. O seu testemunho pode ser acessado pelo site www.chnetwork.org/scotthconv.htm.

- Marcus Grodi – ex-pastor presbiteriano, tem um programa às segundas-feiras, às 20h, na televisão EWTN (católica) com uma ótima audiência, no qual sempre entrevista um ex-protestante convertido. Muitos ligam durante o programa para perguntar algo e terminam dizendo que já estão se convertendo.

É importante dizer que eles cresceram e receberam formação no meio protestante, odiando mesmo a Igreja Católica, num ambiente onde ela é denominada “prostituta da Babilônia” e, de repente, sentem que foram enganados nos seus ensinamentos, principalmente quando falam da fundação da Igreja (Mt 16:18-19) e na transformação do pão e do vinho em Corpo e Sangue de Jesus (Mt 26:26-28).

O pe. Tobin considera isso um fenômeno interessante porque: “nos últimos 20 anos enquanto alguns membros católicos se vão, um número crescente de ex-ministros liderados pelo Espírito Santo, se convertem ao catolicismo. Também um grande número de leigos protestantes está se juntando a nós”.

Isso é fantástico, porque:
Quase todos os ministros protestantes, agora católicos, cresceram numa atmosfera anti-católica; foram muito bem educados nas crenças de suas religiões; juntando-se à Igreja Católica, significava perderem os seus trabalhos, as suas regalias; muitos deixaram comunidades de fé vibrante para se juntarem a uma paróquia que poderia não ser muito viva espiritualmente; agora, perguntemo-nos: por que, então, esses ministros vieram para a nossa Igreja? Porque eles sentiram insipiência na sua doutrina.

Nos seus testemunhos, percebemos que coisas pequenas é que começaram a suscitar dúvidas em seus corações. E nos seus questionamentos, como não obtinham resposta lá, procuravam-na no catolicismo e assim adentravam nas raízes do cristianismo, só encontradas na Igreja Católica, a Igreja fundada por Jesus Cristo.
O padre Tobin diz ainda que “esse processo de conversão não era breve e fácil. Levava muito tempo, anos, de estudos profundos e comparações entre as doutrinas (a nossa igreja não ensina isso assim e aí, percebiam a verdade). Também significava uma mudança radical nas suas vidas.”

Essa conversão de muitos pastores ao catolicismo mostra o quanto a doutrina é importante para a fé; nós católicos temos a obrigação de conhecer a fundo a nossa doutrina. “Hoje esses ex-pastores falam da nossa fé com orgulho, com conhecimento profundo, buscando inspiração e citações nos nossos santos que desprezavam”, disse o padre Tobin.

A revista norte-americana “Sursum Corda! Special edition 1996”, há dez anos também trouxe uma notícia de que nos últimos dez anos cinqüenta pastores protestantes se converteram ao Catolicismo, sendo que outros mais estão a caminho da Igreja Católica. Cita vários casos, e mostra os motivos que levaram tais cristãos à conversão. As três razões mais freqüentemente apontadas são as seguintes:

1) subjetivismo que reina nas denominações protestantes em conseqüência do princípio do “livre exame da Bíblia”, cada cristão é tido como apto a interpretar a Palavra de Deus segundo lhe pareça;

2) o retorno à literatura Patrística ou dos oito primeiros séculos da Igreja, evidenciando o modo de entender a fé professado pelos antigos cristãos;

3) a definição do cânon da Bíblia, que não é deduzida da própria Bíblia, mas sim da Tradição oral, que é anterior à Bíblia e a identifica ou abona, indicando o respectivo catálogo. O artigo é de autoria de Elizabeth Althau, tem por título “Protestant Pastors on the Road to Rome” (pp. 2-13).

Fonte: Cleofas

sexta-feira, 3 de abril de 2009

África, AIDS e família: a proposta construtiva de Bento XVI

Trechos dos pronunciamentos de Bento XVI durante sua viagem a Camarões e Angola (17 a 23 de março de 2009)

A imprensa internacional reduziu a proposta de enfrentamento da AIDS, levado a cabo pela Igreja na África e defendido pelo Papa em sua viagem à África, à questão do uso ou não de preservativos. Na verdade, porém, se trata de uma proposta muito mais ampla, baseada na construção da pessoa humana, na valorização e na solidariedade às famílias e à mulher, no apoio aos que sofrem. Trazemos a seguir trechos de seus discursos que explicam essa posição. Veja também o depoimento de Rose Busingye, que trabalha num das maiores obras de atendimentos a mulheres aidéticas da África e um artigo sobre as ações mais bem-sucedidas de combate à AIDS na África.

As estratégias de luta contra a AIDS
Penso que a realidade mais eficiente, mais presente na frente da luta contra a AIDS é precisamente a Igreja católica , com os seus movimentos, com as suas diversas realidades.
Penso na Comunidade de Santo Egídio que faz tanto, visível e também invisivelmente , pela luta contra a AIDS , nos Camilianos , em todas as outras realidades e em todas as Irmãs que estão à disposição dos doentes.
Diria que não se pode superar este problema da AIDS só com dinheiro, mesmo se necessário, mas se não há alma , se os africanos não ajudam (assumindo a responsabilidade pessoal) , não se pode resolver o flagelo com a distribuição de preservativos: ao contrário, aumentam o problema.

A solução só pode ser dúplice:
A primeira, uma humanização da sexualidade, isto é, uma renovação espiritual e humana que tenha em si um novo modo de se comportar uns com os outros;
A segunda, uma verdadeira amizade também e sobretudo pelas pessoas que sofrem, a disponibilidade, até com sacrifícios, com renúncias pessoais, a estar com os sofredores.
E estes são os fatores que ajudam e proporcionam progressos visíveis.

Portanto, diria esta nossa dúplice força de renovar o homem interiormente, de dar força espiritual e humana para um comportamento justo em relação ao próprio corpo e ao do outro, e esta capacidade de sofrer com os que sofrem, de permanecer presente nas situações de prova. Parece-me que esta é a resposta justa, e a Igreja faz isto e oferece deste modo uma grandíssima e importante contribuição [Entrevista concedida aos jornalistas durante a viagem para a África, 17 de Março de 2009].

As dificuldades da família no momento atual
No vosso país e no resto da África, tal como noutros continentes, a família conhece efetivamente um período difícil que a sua fidelidade a Deus ajudará a superar.
Alguns valores da vida tradicional foram perturbados.
As relações entre as gerações alteraram-se de tal maneira que já não favorecem como antes a transmissão dos conhecimentos antigos e da sabedoria herdade dos antepassados.
Muitas vezes, assiste-se a um êxodo rural comparável ao que viveram numerosos períodos humanos. A qualidade dos vínculos familiares resulta profundamente afetada. Desenraizados e fragilizados, os membros das gerações jovens, muitas vezes sem um verdadeiro trabalho, procuram remédio para a sua vida infeliz refugiando-se em paraísos efêmeros e artificiais importados, que, como se sabe, nunca chegam a assegurar ao homem uma felicidade profunda e duradoura. Às vezes o homem africano é constrangido a fugir para fora de si mesmo e a abandonar tudo o que constituía a sua riqueza interior. Confrontado com o fenômeno duma urbanização galopante, ele abandona a sua terra, física e moralmente [...] Trata-se de uma fatalidade, de uma evolução inevitável? Certamente não ! Mais do que nunca, devemos «esperar contra toda a esperança» (Rm 4, 18).
Quero aqui prestar homenagem, com admiração e reconhecimento, ao notável trabalho realizado por inúmeras associações que encorajam a vida de fé e a prática da caridade. Deus as cumule de graças! [Celebração Eucarística no Estádio Amadou Ahidjo, Camarões, 19 de Março de 2009].

Fortalecer a família
Entre os numerosos desafios que encontrais na vossa responsabilidade de Pastores, preocupa-vos de modo particular a situação da família.
As dificuldades devidas especialmente ao impacto da modernidade e da secularização com a sociedade tradicional induzem-vos a preservar com determinação os valores fundamentais da família africana, fazendo da sua evangelização em profundidade uma das prioridades principais.
Na promoção da pastoral familiar, tendes a peito favorecer uma melhor compreensão da natureza, dignidade e função do matrimônio que supõe um amor indissolúvel e estável
[Encontro com os bispos dos Camarões, 18 de Março de 2009].
Uma destas realidades humanas, hoje sujeita a múltiplas dificuldades e ameaças, é a família que tem particular necessidade de ser evangelizada e concretamente sustentada, porque, à fragilidade e instabilidade interna de muitas uniões conjugais, se vem juntar a tendência generalizada na sociedade e na cultura de contestar o caráter único e a missão própria da família fundada sobre o matrimônio.
Na vossa solicitude de Pastores por cada ser humano, continuai a erguer a voz em defesa da sacralidade da vida humana e do valor do instituto matrimonial e para a promoção do papel da família na Igreja e na sociedade, pedindo medidas econômicas e legislativas que a sustentem na geração e educação dos filhos estável.
[Encontro com os bispos de Angola e São Tomé, 20 de Março de 2009].

A construção da família
Caríssimas famílias, certamente já vos destes conta de que nenhum casal humano pode sozinho, unicamente com as suas próprias forças, oferecer adequadamente aos filhos o amor e o sentido da vida.
De fato, para poder dizer a alguém: «A tua vida é boa, embora eu não conheça o teu futuro», são precisas uma autoridade e credibilidade superiores àquilo que os pais por si sós podem dar.
Os cristãos sabem que esta autoridade superior está conferida àquela família mais ampla que Deus, através do seu Filho Jesus Cristo e do dom do Espírito Santo, criou na história dos homens, isto é, à Igreja.
Vemos aqui ao trabalho aquele Amor eterno e indestrutível que assegura à vida de cada um de nós um sentido permanente, apesar de não conhecermos o futuro.
Por este motivo, a edificação de cada família cristã situa-se no contexto da família maior que é a Igreja, que a apóia e abraça no seu seio garantindo-lhe que sobre ela pousa, agora e no futuro, o «sim» do Criador.
[Encontro com os Movimentos Católicos Para a Promoção da Mulher, 22 de Março de 2009].

Aos pais de família
E vós, queridos pais e mães de família que me ouvis, tendes confiança em Deus que faz de vós os pais e as mães dos Seus filhos de adoção ? Aceitais que Ele conte convosco para transmitir aos vossos filhos os valores humanos e espirituais que recebestes e que hão de fazê-los viver no amor e no respeito do seu santo Nome ? Neste nosso tempo, em que tantas pessoas sem escrúpulos procuram impor o reino do dinheiro desprezando os mais indigentes , deveis estar muito atentos [...] Queria ainda dirigir uma exortação particular aos pais de família, uma vez que São José é o seu modelo. Este santo revela o mistério da paternidade de Deus sobre Cristo e sobre cada um de nós. São José pode ensinar-lhes o segredo da sua própria paternidade, ele que velou pelo Filho do Homem.
Também cada pai recebe de Deus os seus filhos, criados à semelhança e imagem d’Ele.
São José foi o esposo de Maria. Também cada pai de família se vê confiar-lhe o mistério da mulher através da própria esposa. Como São José, queridos pais de família, respeitai e amai a vossa esposa , e guiai os vossos filhos , com amor e a vossa vigilante presença , para Deus onde eles devem estar (cf. Lc 2, 49)
[Celebração Eucarística no Estádio Amadou Ahidjo, Camarões, 19 de Março de 2009].

A mulher e a família
Hoje, amados angolanos, já ninguém deveria nutrir dúvidas de que as mulheres têm, na base da sua igual dignidade com os homens, «pleno direito de se inserir ativamente em todos os âmbitos públicos, e o seu direito há de ser afirmado e protegido, inclusivamente através de instrumentos legais, onde estes se revelem necessários. O reconhecimento do papel público das mulheres não deve, contudo, diminuir a função insubstituível que têm no interior da família: aqui, a sua contribuição para o bem e o progresso social, apesar de pouco considerado, é de um valor realmente inestimável» (Mensagem para o Dia Mundial da Paz em 1995, n. 9).

Aliás, a nível pessoal, a mulher sente a própria dignidade não tanto como resultado da afirmação de direitos no plano jurídico, como sobretudo direta conseqüência da atenção concreta, material e espiritual, recebida no coração da família.
A presença materna no seio da família é tão importante para a estabilidade e o crescimento desta célula fundamental da sociedade que deveria ser reconhecida, louvada e apoiada de todos os modos possíveis. E, pelo mesmo motivo, a sociedade deve chamar os maridos e pais às próprias responsabilidades para com a família.
[Encontro com os Movimentos Católicos Para a Promoção da Mulher, 22 de Março de 2009].

A dignidade da mulher
A todos exorto a tomar efetiva consciência das condições desfavoráveis a que estiveram – e continuam a estar – sujeitas muitas mulheres, examinando em que medida a conduta e as atitudes dos homens, às vezes falhos de sensibilidade ou responsabilidade, possam ser a causa daquelas. Os desígnios de Deus são outros [...]
Como podia o homem sozinho ser imagem e semelhança de Deus que é uno e trino, de Deus que é comunhão? «Não é conveniente que o homem esteja só; vou dar-lhe uma auxiliar semelhante a ele» (Gn 2, 20) [...]
Como sabeis, irmãos e irmãs, esta ordem do amor pertence à vida íntima do próprio Deus, à vida trinitária, sendo o Espírito Santo a hipóstase pessoal do amor. Pois bem, «no fundamento do desígnio eterno de Deus – como dizia o saudoso Papa João Paulo II – a mulher é aquela na qual a ordem do amor no mundo criado das pessoas encontra um terreno para deitar a sua primeira raiz» (Carta apostólica Mulieris dignitatem, 29).
De fato, à vista do gracioso encanto que irradia da mulher pela íntima graça que Deus lhe deu, o coração do homem ilumina-se e revê-se nela: «Esta é, realmente, osso dos meus ossos e carne da minha carne» (Gn 2, 23).
A mulher é um outro «eu» na comum humanidade. Há que reconhecer, afirmar e defender a igual dignidade do homem e da mulher: ambos são pessoas, diversamente dos outros seres vivos do mundo que os rodeia. Ambos são chamados a viver em profunda comunhão, no recíproco reconhecimento e dom de si mesmos, trabalhando juntos para o bem comum com as características complementares do que é masculino e do que é feminino.
Quem não adverte, hoje, a necessidade de dar mais espaço às «razões do coração»?
Num mundo como o atual dominado pela técnica, sente-se necessidade desta complementaridade da mulher, para o ser humano poder viver nele sem se desumanizar de todo. Pense-se nas terras onde abunda a pobreza, nas zonas devastadas pela guerra, em tantas situações trágicas resultantes de emigrações forçadas ou não.
São quase sempre as mulheres que lá mantêm intacta a dignidade humana, defendem a família e tutelam os valores culturais e religiosos.
[Encontro com os Movimentos Católicos Para a Promoção da Mulher, 22 de Março de 2009]

Particularmente inquietante é o jugo opressivo da discriminação sobre mulheres e jovens meninas, para não falar daquela prática inqualificável que é a violência e exploração sexual que lhes causa tantas humilhações e traumas.
Devo ainda referir uma nova área de grave preocupação: as políticas de quantos, com a miragem de fazer avançar o «edifício social», estão ameaçando os seus próprios alicerces.
Que amarga é a ironia daqueles que promovem o aborto como um dos cuidados de saúde «materna»! Como é desconcertante a tese de quantos defendem a supressão da vida como uma questão de saúde reprodutiva.
[Encontro com as autoridades políticas e civis e com o corpo diplomático junto ao governo de Angola, 20 de Março de 2009].

Diante do sofrimento
Penso também em todos os doentes e de modo especial aqui, na África, naqueles que são vítimas de doenças como a AIDS, a malária e a tuberculose [...]
Perante o sofrimento, a doença e a morte, o homem é tentado a gritar sob o efeito da dor, como fez Jó, cujo nome significa «sofredor» (cf. Gregório Magno, Moralia in Jó, I, 1, 15).
O próprio Jesus gritou, pouco antes de morrer (cf. Mc 15, 37; Heb 5, 7).
Quando a nossa condição se degrada, aumenta a angústia; alguns são tentados a duvidar da presença de Deus na sua vida.
Jó, pelo contrário, é consciente da presença de Deus na sua vida; o seu grito não se faz revolta, mas, do mais fundo da sua desgraça, faz subir a expressão da sua confiança (cf. Jó 19; 42, 2-6). Os seus amigos – como faz cada um de nós diante do sofrimento de um ser querido – esforçam-se por consolá-lo, mas usam palavras vazias.
Na presença de sofrimentos atrozes, sentimo-nos inaptos e não encontramos as palavras justas. Diante de um irmão ou uma irmã imersos no mistério da Cruz, o silêncio respeitoso e compassivo, a nossa presença assistida pela oração, um gesto de ternura e conforto, um olhar, um sorriso, podem fazer melhor do que muitos discursos [...]
No âmago do desespero, da revolta, Cristo propõe-nos a sua presença amorosa, ainda que tenhamos dificuldade em compreender que Ele está ao nosso lado.
Só a vitória final do Senhor nos desvendará o sentido definitivo das nossas provas.
[Encontro com os doentes no Centro Cardeal Paul Emile Léger, Camarões, 19 de Março de 2009].

Padre Marcelo fala sobre violência, funk, TV e conta sobre sua doença.

Com problemas de coração, ele conta como se trata e mostra que continua ativo, crítico e mais polêmico que nunca.
Usando uma batina tradicional e com a serenidade de sempre, o Padre Marcelo Rossi recebeu a reportagem de tititi na terça, 24, na Cúria Metropolitana de Santo Amaro, em São Paulo, para contar como foi feito seu mais novo DVD, o quinto de sua carreira, que tem como tema a violência e a paz.
Nesta entrevista exclusiva, ele falou também de problemas sociais, de sua saúde, do padre cantor Fábio de Melo, de funk, aborto e do sensacionalismo na TV, entre outros assuntos polêmicos. Acompanhe!

Como o DVD foi gravado?
Padre Marcelo Rossi - Ele faz parte do projeto Paz Sim, Violência Não. Já é o segundo DVD do grande show que fizemos em 21 de abril de 2008 com 20 artistas e 3 milhões de pessoas no Autódromo de Interlagos. Aquele foi realmente um momento muito especial.

O que o senhor destaca de mais emocionante neste novo trabalho? Tem o Serjão (Sérgio Reis), que era vizinho da minha família e me pegou no colo quando eu era pequeno... Maurício Manieri me surpreendeu, cantando com uma entrega total. Acompanhar Agnaldo Rayol em Ave Maria e Alcione em Nossa Senhora também foi maravilhoso. E é incrível rever o público em silêncio total para ouvir o maestro João Carlos Martins, um grande exemplo de superação, um músico esplêndido, que, mesmo depois de sofrer uma paralisia na mão, estava ali tocando piano só com três dedos.

Foi um grande evento da música pela paz ?
Isso mesmo, a música é capaz de ajudar contra a violência. Desde que tenha um conteúdo sadio. Mas hoje há canções na mídia que levam para o pior.

O senhor está falando diretamente do funk? Não sou contra o funk, mas contra o que algumas letras propõem, inclusive em outros ritmos. Em uma música de uma banda inglesa, por exemplo, os cantores dizem "Se mate, se mate... Esse mundo não vale a pena". Em cada cidade em que eles faziam shows, aconteciam dois, três suicídios entre os jovens.
A música tem poder, pode salvar ou criar monstrinhos, trazer problemas muito complicados.

Na sua opinião, qual a maior causa da violência?
A falta de vida espiritual. Será que estamos criando nossas crianças à imagem e semelhança do Supremo? Os pais precisam ensinar seus filhos a procurar o caminho de Deus.

O senhor, que é corintiano, acredita que há como acabar com as guerras nos estádios?
Sim, há medidas a serem tomadas. E os próprios jogadores precisam começar um movimento de pacificação nos estádios. Alguns incitam o conflito entre os torcedores. Não podem chegar pra torcida do outro time e fazer sinal de silêncio. (o sinal é usado para debochar do adversário). Outra medida que pode ser muito benéfica é a Lei Seca nos estádios, com bafômetro. Na maioria das brigas e crimes, os infratores estão bêbados ou drogados.

O que tem a dizer aos jovens dependentes de álcool e drogas e a seus familiares?
Falo isto numa música: "Você, que se encontra na contra-mão, entre na mão, na mão de Deus e tenha certeza de que você vai crescer". Mantenham a fé e a esperança.

O senhor tem alguma crítica à televisão atual?
O que vale hoje é a audiência imediata. Com isso, as emissoras sacrificam o conteúdo. Não é porque sou parceiro da TV Globo, mas ela tem uma triagem, corta cenas mais pesadas. Outras pegam um ato de violência e exploram à exaustão. Foi assim no caso Isabella, no ano passado, e em outros.

O pai e a madrasta de Isabella deverão ser julgados em breve e, possivelmente, vão a júri popular. O que o senhor espera que aconteça?
Desejo que a justiça seja feita ! Leia na Bíblia, Mateus, capítulo 18: "Ai daqueles que mexerem com algum dos meus pequeninos. Melhor seria amarrar uma pedra de moinho e se jogar no mar."

O que mais o preocupa na sociedade atualmente? Peço aos pais e educadores: por favor, tomem cuidado com as nossas crianças. Fiquem atentos se o filho ou o aluno mudou o comportamento, se está calado demais. Conversem com ele, com carinho. Insistam, pois ele pode estar sendo vítima de molestadores.

O senhor concorda com a excomunhão da equipe médica de Recife (PE) que no início do mês fez o aborto numa menina de 9 anos, grávida de gêmeos, depois de ter sido estuprada pelo padrasto? O Código de Direito Canônico é muito claro , o aborto é crime passivo de excomunhão imediata. Não quero julgar, prefiro não comentar mais esse assunto. E orar por misericórdia para esse padrasto.

O senhor segue a Igreja mais tradicional. Nunca se arrependeu de ter escolhido ser padre? Nunca! Vou completar 15 anos de sacerdócio, dez de evangelização. E vivi três de sofrimento, porque não compreendiam minha missão. Sempre tive total apoio da Igreja, do papa, de meu bispo, dom Fernando Figueiredo, mas sofri com a imprensa, cheguei a ser rastreado, clonaram meus telefones.

Isso foi no início da sua carreira de cantor, não é ? Foi, sim. Mas nunca tive nada a temer. Em casa, enfrentei a oposição de meus pais, que não queriam que eu seguisse a vida religiosa. Eles me prometeram isso e aquilo, se eu desistisse. Mas fui firme, deixei uma namorada que poderia ser minha esposa hoje, larguei da carreira. Sou formado em educação física e ia abrir uma academia. Deixei tudo pela minha missão.

O senhor fez uma escolha ?
É, eu não vim para o sacerdócio para esquecer uma decepção, foi por opção. Saí de casa e fui estudar em um seminário em Lorena (SP). Lá, eu era o Marcelão e já tinha minha bandinha que se chamava QG, ou melhor Quebra-Galho, porque pegava um baterista aqui, um violonista ali... Era tudo meio improvisado, mas muito bom.

É verdade que o senhor está doente?
Há dois anos eu quase fui parar na UTI por causa do meu coração. Foi bravo ! Agora me cuido. Corro na esteira 10 quilômetros todos os dias, por recomendação médica. Estou proibido de viajar para o exterior e de dirigir.

Mas os médicos explicaram o que o senhor tem?
Sofro com o excesso de adrenalina, que é altíssima, bem acima do normal. A causa é a tensão. Não é fácil de controlar. Eu recebo muita gente, cada pessoa com um problema. E ajudo, me preocupo e acabo somatizando. O médico me mandou tomar calmantes, mas não aceito. Já vi muitas pessoas se tornarem dependentes.

Então, como se trata?
Tomo betabloqueador para controlar a adrenalina. Mas esse remédio traz efeitos colaterais. Às vezes, eu apago. Já caí no altar durante uma missa. Outro jeito mais natural de tratar o meu problema é a endorfina, que o corpo produz quando a gente faz ginástica e aeróbica.
Por isso eu corro.

Qual a sua opinião sobre o surgimento de outros padres cantores como o Fábio de Melo, que está fazendo tanto sucesso?
Gosto muito! A Igreja precisa dele e que venham outros mais ! O problema são os três primeiros anos. A vida dele, como a minha, será totalmente revirada. Mas ele vencerá, como venci.

A patrulha ocorre por causa do dinheiro arrecadado com a música, certo?
É por isso. Mas tenho uma postura firme desde o início. Nada sai do caixa sem que uma comissão chefiada por um consultor respeitado, Drauzio Barreto, tenha conhecimento. E todo dinheiro vai para a obra do nosso santuário em Interlagos, que acolherá 25 mil pessoas. O projeto é de Ruy Ohta-ke, lindo de arrepiar!

Padre, o senhor pode, por favor, enviar uma mensagem aos leitores de tititi?
Que Deus abençoe a todos que trabalham na revista, seja qual for o cargo, e também a vocês, leitores, que estão nos acompanhando. Que Deus, com a sua graça, faça com que dêem o melhor de si mesmos em suas obrigações e tarefas e deixem o resto, o impossível, com Ele!

Obs : Oremos pela vida e saude do Pe Marcelo Rossi. Salve Maria.
Leandro Costa - Direção o Bolg

quinta-feira, 2 de abril de 2009

Carta aberta á Dom José Cardoso Sobrinho

Prezado Dom José Cardoso Sobrinho
aorpe@ig.com.br

Louvada seja Aquela que nos trouxe o Autor da Vida !

Aqui em Roma, em meio aos estudos de Bioética, desejaria ter mais calma para escrever esta carta de elogio à sua brilhante atuação como pastor diante da Arquidiocese de Olinda e Recife. Temo, porém, pecar por omissão se deixar para depois algo que deveria escrever hoje em apoio à sua defesa da vida de três crianças.
Sim, três são as crianças que o senhor defendeu: uma menina de nove anos, violentada pelo padrasto, e duas crianças gêmeas geradas neste ato de violência.
Em meu trabalho pró-vida, várias vezes deparei-me com casos de adolescentes ou crianças vítimas de estupro.

Enquanto as feministas ofereciam aborto, nós, cristãos, oferecíamos acolhida, hospedagem, assistência espiritual e acompanhamento durante a gestação, parto e puerpério.
As crianças geradas em um estupro costumam ser alvo de um carinho especial de suas mães.

Longe de perpetuar a lembrança da violência sofrida (como dizem alguns penalistas), o bebê serve de um doce remédio para o trauma do estupro.
Podendo doar o bebê após o parto, elas se assustam só de pensar em ficar longe dele.
Tremem ao se lembrar que um dia cogitaram em abortá-lo.
O aborto, além de ser uma monstruosidade maior que o estupro, causa um trauma adicional à mulher violentada.

A idéia do aborto como "alívio" para o estupro é uma falsidade que deveria ser banida dos livros de Direito Penal. A imprensa que acusa o senhor teve o cuidado de não revelar como o aborto foi feito. E com razão. Pois enquanto os defensores da vida mostram com alegria a linda criança concebida em um estupro, os abortistas não podem mostrar os restos mortais dos bebês que foram assassinados.
Em se tratando de dois bebês de quatro meses, é possível que os médicos tenham feito uma cesariana para extraí-los do ventre materno.
E depois? Depois, devem tê-los jogado no lixo, esperando que morressem.
Uma cena nada agradável, nem digna de quem professa a Medicina.
Os autores desse assassínio precisaram ter o sangue frio de um algoz para olhar nos olhos de suas duas vítimas abortadas. Mas é a pura realidade.

Outro argumento usado pelos abortistas é que a menina-mãe, por causa de sua tenra idade, não poderia levar até o fim a gravidez. Por isso, o aborto seria "necessário" para salvar a vida dela. Evidentemente, como o senhor sabe, tudo isso é mentira.
A menina não estava prestes a morrer nem o aborto se apresentava como a "solução".
Uma gravidez como a dela exigiria um acompanhamento adequado.
Médicos que honrassem o seu juramento fariam tudo para salvar os gêmeos, esperando que eles chegassem a uma idade gestacional em que poderiam sobreviver a uma operação cesariana. Afinal, para que servem as nossas UTIs neonatais?
Talvez os bebês morressem espontaneamente durante a gravidez.

Mas os médicos não carregariam a culpa por esse aborto espontâneo.

Aos que levianamente criticam o senhor, defendendo o aborto como meio para salvar a vida da mãe, eu proponho o seguinte caso.
Suponhamos que, de fato, o aborto pudesse "curar" alguém. Façamos de conta que, em alguma hipótese, o aborto seja "terapêutico". Estaríamos diante de um caso semelhante ao de uma mulher que, oprimida pela fome durante o cerco de Jerusalém (ano 70 d.C), matou e devorou o próprio filho recém-nascido. O episódio é narrado pelo historiador Flávio Josefo.
O raciocínio é o mesmo. Se a mulher não matasse seu filho, ambos morreriam de fome.
Ao matá-lo, pelo menos uma das vidas foi salva. Quem aplaude o aborto como meio para salvar a vida da mãe , deve , por coerência, aplaudir a atitude desse mulher que matou o filho para salvar a própria vida.
O senhor sabe muito bem - mas há muitos que não sabem e não querem saber - que nunca é lícito matar diretamente um inocente, nem sequer para salvar outro inocente. Por isso, o senhor está de parabéns por ter cumprido sua missão, que não é a de matar, mas a de dar a vida por suas ovelhas.
Permita-me agora referir-me a uma das mentiras que estão sendo apregoadas :

A grande imprensa vem apregoando que, no caso da pobre menina de nove anos, o aborto foi legal. Ora, isso é absurdo.
Não há aborto "legal" no Brasil , assim como não há furto "legal".
Nossa Constituição , que protege o direito à propriedade (por isso, não há furto "legal") , também reconhece a inviolabilidade do direito à vida (por isso não há aborto "legal").
O que os médicos fizeram, aos olhos da lei penal, foi um crime.
Ocorre que, nem sempre a pena é aplicada ao criminoso.
Há hipóteses, chamadas de "escusas absolutórias", em que a pena não se aplica , embora subsista o crime.
Um exemplo típico é o do furto praticado em prejuízo de ascendente , descendente ou cônjuge (art. 181, CP).
Quem pratica tal furto (por exemplo, o filho que furta do pai) comete crime.
No entanto, por razões de política criminal (como a preservação da intimidade da família) em tal caso o furto não se pune.
Analogamente o aborto, que é sempre crime, tem dois casos em que a pena não se aplica:

I - se não há outro meio (que não o aborto) para salvar a vida da gestante;
II - se a gravidez resulta de estupro e o aborto é precedido do consentimento da gestante ou, quando incapaz, de seu representante legal (art. 128, CP).

O médico que pratica aborto em ambas as hipóteses comete crime.
A lei não autoriza a praticar o crime, mas pode deixar de aplicar a pena após o crime consumado.
Como, porém, houve crime, faz-se necessário um inquérito policial.
A polícia, indiciando os médicos e outras pessoas envolvidas, verificará se de fato foram preenchidos os requisitos para a não-aplicação da pena.

Em outras palavras: verificará se a atitude dos médicos, além de ilegal e criminosa, é também passível de sanção penal.Pode ser que o delegado de polícia chegue, por exemplo, à conclusão - nada improvável - de que o consentimento da mãe da menina foi obtido mediante fraude ou coação.

Nesse caso, uma vez comprovada a invalidade do consentimento, a conduta dos médicos se enquadrará no artigo 125 do Código Penal (aborto provocado sem o consentimento da gestante), cuja pena é reclusão de três a dez anos.
Se os genitores da menina gestante foram vítimas de fraude ou coação, será possível ainda acionar judicialmente os médicos requerendo uma reparação civil de danos.
Claro que nada repara a perda de duas vidas, nem o trauma sofrido pela menina de nove anos submetida ao aborto, mas uma indenização serviria como meio de advertência para os profissionais da morte.
Escrevo tudo isso para dizer que o senhor está do lado, não apenas da lei de Deus, mas também da lei dos homens.
O senhor é digno de aplausos pela Igreja Católica e pelo direito positivo brasileiro.
Peço que o senhor não desanime. Estamos do seu lado. E, mais ainda, o Senhor da Vida está do seu lado !

Os ataques que o senhor sofre por todos os lados , até mesmo por pessoas de dentro da Igreja , fazem-me lembrar o que predisse Jesus: "Não penseis que vim trazer paz à terra. Não vim trazer paz, mas espada. Com efeito, vim contrapor o homem ao seu pai, a filha à sua mãe e a nora à sua sogra. Em suma: os inimigos do homem serão os seus próprios familiares" (Mt 10,34-36).

As injúrias, as perseguições, as calúnias, tudo isso que o senhor está fazendo deve ser para nós, não só motivo de dor, mas motivo de grande alegria.
Com efeito, assim se pronunciou Jesus na última das bem-aventuranças:

"Bem-aventurados sois vós, quando vos injuriarem e perseguirem e, mentindo, disserem todo o mal contra vós por causa de mim. Alegrai-vos e regozijai-vos, porque será grande a vossa recompensa nos céus, pois foi assim que perseguiram os profetas, que vieram antes de vós" (Mt 5,11-12).

Parabéns, Dom José Cardoso Sobrinho ! Subscreve o seu admirador, pedindo-lhe a bênção.

O escravo de Jesus em Maria
Pe. Luiz Carlos Lodi da Cruz - Presidente do Pró-Vida de Anápolis
Telefax: 55 62 3321-0900
Caixa Postal 45675024-970 - Anápolis GO
http://www.providaanapolis.org.br

"Coração Imaculado de Maria, livrai-nos da maldição do aborto"