sábado, 29 de outubro de 2011

APADEM Apadem desenvolve projeto de inclusão em escolas e igrejas da cidade

APADEMCom seus 12 anos de existência comemorados no último dia 19, a Apadem (Associação de Pais de Autistas e Deficientes Mentais) está desenvolvendo desde o ano passado dois projetos direcionados a escolas e igrejas da região: os projetos Autismo Inclusão nas Escolas e Autismo Inclusão nas Igrejas. A entidade de Volta Redonda tem por finalidade colaborar na assistência e formação das pessoas com Transtorno do Espectro Autista, apoiando suas famílias e promovendo a integração entre o poder público, a comunidade e a escola.

De acordo com Cláudia Moraes, presidente da entidade, a proposta desses dois projetos é demonstrar o que é o autismo e como é possível incluir o autista na escola e na sociedade.

- Por enquanto o projeto está sendo divulgado pelo do site da Apadem (http://www.apadem.blogspot.com/), pelos pais dos alunos e através dos grupos de famílias. Graças a essas ações as escolas nos procuram e nos convidam a mostrar a ideia do projeto. Participamos de reuniões com professores, diretores, coordenadores e toda a parte pedagógica da instituição de ensino, onde explicamos o que é o autismo, suas características, causas e como pode ser feita a inclusão e a necessidade de que ela aconteça – explicou.
Ela acrescentou que, no caso de a escola demonstrar algum interesse, é marcada uma segunda reunião só com os pais de alunos ou mesmo com os professores. Foi o que aconteceu há duas semanas na Escola Municipal Domingas, em Pinheiral, quando também compareceram representantes de outras escolas e da Secretaria Municipal de Educação de Pinheiral. Em Volta Redonda já foram incluídas no projeto seis escolas da rede pública e particular, e a secretária municipal de Educação, Therezinha Gonçalves, já demonstrou interesse no projeto, que passa atualmente pelo processo de análise.

Segundo a presidente da Apadem, o número de alunos autistas nas escolas da rede pública e particular de Volta Redonda está crescendo a cada dia e, graças ao trabalho desenvolvido pela Apadem junto a essas instituições, a visão que os profissionais tinham da disfunção está mudando.

A maior dificuldade enfrentada pelo aluno autista na escola é o desconhecimento sobre a síndrome no meio educacional e na sociedade. Apesar de a escola ter conhecimento que possui alunos com a disfunção sendo incluídos, muitas vezes a direção da escola não sabe como lidar com a questão.
- As pessoas possuem uma visão equivocada sobre o autismo, pensando que o autista não vai se socializar nunca. Só o fato de mostrar aos profissionais da educação o que é a síndrome já é um caminho – acredita.

Escolas para autistas

De acordo com Cláudia, atualmente existem duas escolas para autistas em Volta Redonda: a Deise Mansur – direcionadas para alunos na faixa etária entre 4 e 16 anos – e o Sítio Escola Semeia, para alunos acima de 16 anos. Devido à questão da idade, apenas os alunos da escola Deise Mansur recebem suporte para terem condições de serem incluídos em uma escola regular ou, se for necessário, frequentarem as duas escolas para adaptação.

A inclusão nas igrejas

A Apadem também desenvolve o mesmo projeto de inclusão do autista nas igrejas do município através de palestras onde os pais, familiares e os membros ou representantes da igreja aprendem que o autista possui toda a capacidade de participar dos eventos religiosos.
- Muitos pais conheceram o trabalho da Apadem através dos projetos desenvolvidos nas escolas e igrejas, e então passaram a frequentar os grupos de famílias. Depois do trabalho desenvolvido através do projeto os familiares ficam mais à vontade para levar seus filhos portadores de autismo aos cultos ou missas – comemorou.

Quando o autismo não é uma barreira para o estudo

Para a dona de casa Carla Marina Lorencine da Costa o autismo de seu filho João Gabriel, de cinco anos, nunca foi um obstáculo para colocá-lo em uma escola regular: ele estuda desde os dois anos no Centro Educacional Tiradentes, localizada no bairro Jardim Tiradentes. – Sempre desconfiei que havia algo de diferente com o meu filho, mas, apesar do atraso na fala e na maneira diferente de brincar, só resolvi levá-lo a um especialista depois que fui alertada pelos professores e pela pedagoga da escola quando ele estava no maternal. Depois que descobri o autismo em meu filho conheci a Apadem por indicação da fonoaudióloga que descobriu o problema. Na associação conheci outras mães com filhos na mesma situação e que me ajudaram a ter outra visão do autismo. Hoje participo de palestras, grupos da família e oficinas pedagógicas, e o meu marido participa do grupo de pais – contou.
Na opinião da Carla, a escola é a segunda casa do João Gabriel; a única diferença para os outros alunos é que ele tem uma auxiliar terapêutica para acompanhá-lo durante as aulas.
- Eu acredito, hoje, que é possível a inclusão do autista na escola e, no caso do meu filho, a parceria e o apoio da instituição de ensino foi muito importante para a inclusão dele. Tive a sorte de encontrar a ajuda dos professores, pedagogos e da direção da escola – agradeceu.

Fonte: http://diariodovale.uol.com.br/noticias/

Estamos de olho no descaso dos serviços publico prestado.

Está ocorrendo um descaso do SAAE com os bairros de periferia no abastecimento de água. Só no meu bairro é corrente a minha reclamação, moro no bairro Belo Horizonte. Outro dia, depois de três tentativas, o Sr Paulo me atendeu e quando me atendia, tinha outra reclamação sendo feita da Rua Salvador do bairro Água Limpa. A justificativa do mesmo é que o reservatório que nos abastece está com 49 cm de água, e daí? Porque é que está assim? Qual seria a solução? Na minha reclamação eu tive que ouvir a seguinte frase: "daqui a umas duas horas você me liga de volta, depois de eu ver o jogo do Flamengo, né". Eu tinha que abrir o ponto na CSN às 23:15.

Temos uma associação inerte, que nada faz. Até em relação à coleta de lixo está um absurdo, há tempos temos um bueiro jorrando esgoto no trevo Mariana Torres/Belo Horizonte e ninguém faz nada. Gente, pelo amor de Deus! São serviços que pagamos por eles. E o que me deixa mais indignado é saber que existem duas leis que regulamentam a interrupção do fornecimento de serviços públicos que era para evitar os desmandos das concessionárias.

A Lei 3.243 de autoria do ex-deputado, atual governador, Sérgio Cabral diz: as concessionárias de serviços públicos - água, luz, energia e gás - do Estado do Rio de Janeiro SÃO PROIBIDAS DE INTERROMPER o fornecimento, por qualquer motivo, sem aviso prévio. E o aviso prévio deve ser enviado ao consumidor por escrito com, no mínimo, CINCO DIAS DE ANTECEDÊNCIA.

Já a Lei 5.649, de autoria da Cidinha Campos, exige que este aviso deva se dar também através de contato telefônico, e-mail, tele-mensagem e outros meio de que disponha o consumidor. E nada é feito!!! Quem vai cobrar os Mil ou as DEZ mil Ufir's deles? Eu? E as contas já chegaram, essas não atrasam. Lamentável!!!

Leandro Costa - O Kerigmático de Plantão
www.leandro-rodrigues.blogspot.com
"Cobrem de mim e devem sempre cobrar: a primazia do amor, da doação e do serviço ao povo de Deus.” Dom Biasin

Resposta de Leandro Costa a declaração do bispo da "ICAB".

Não querendo polemizar, mas já entrando na polêmica, começo dizendo que só existe uma Igreja Católica Apostólica e é a que é fiel ao Papa Bento 16. Não vejo alarde nas declarações do bispo emérito Dom João Maria Messi para tanta polêmica, ao contrário da resposta do bispo da ICAB que seguramente copia e apropria-se de elementos do verdadeiro catolicismo.

E não é só a ICAB. Pesquisando a respeito dessa instituição dissidente vejo que as idéias são parecidas com a de Martin Lutero, Teologia da Libertação e desses teólogos (ou teimólogos) liberais. O senhor bispo da ICAB começa chamando os leitores de burros, porque segundo ele, Dom João "valeu da ignorância cultural das pessoas". Depois faz relação ao catolicismo romano para o catolicismo universal (onde não vejo diferença nenhuma) até porque a palavra CATÓLICA / CATOLICISMO significa UNIVERSAL (alguém conhece alguma igreja com este nome?) e a expressão ROMANA é pelo simples fato da sede da Igreja Una, Santa, Católica e Apostólica ser em Roma, onde está a tal ignorância cultural mencionada pelo bispo da ICAB? E a um besteirol da parte de muita gente em tirar a missão apostólica da Igreja Católica associando-a como Igreja Católica Romana num tom de crítica, demonizando tal expressão. Fico até feliz, porque com isso sabemos que incomodamos com a nossa identidade de fé.

Podem falar o que quiserem, mas quem vive na essência da fé católica não troca por placa liberal nenhuma, mesmo com todo pecado dos filhos da Igreja. Sendo tolerantes ou não com os tais pecados, porque todos pecam. Até os santos pecaram e por recorrer à graça misericordiosa de Deus em Cristo tiveram seu grau de santidade atestada no Espírito Santo e confirmada pela única Igreja Católica Apostólica. E ao que o bispo mencionou na questão de quem copia de quem, alegando que a Igreja Católica Apostólica Romana que copiou é mentira. Dom Carlos Duarte Costa quando tomou atitudes de celebrar missas em versus dei ele era bispo da Igreja Católica Apostólica Romana. Na época o entendimento era de desaprovação, mas crendo que quem assiste a Igreja Católica Apostólica é o Espírito Santo ouve o entendimento favorável depois.

E diante da declaração final do senhor bispo da ICAB ao relacionar que os líderes católicos tem birra por 80% dos frequentadores que lá estão serem da Igreja Católica Apostólica Romana, colocando em cheque a realidade de fé professado nos altares e que na prática a vivência é diferente, venho dizer a ele que a fé é individual e cada um prestará conta dos seus atos. Sou católico não por padre A ou B, sou católico por Jesus Cristo. Enquanto eu ficar olhando para os pecados dos outros deixo de chegar à santidade em Deus. Não posso justificar o "sucesso" da minha fé alegando a fraqueza do outro porque isso é narcisismo, é o que os fariseus faziam. Se julgavam santos por cumprirem a Lei e pesavam fardos nos outros. É bom falar mal da Igreja Católica (a verdadeira) porque dá ibope. A Igreja Católica (a verdadeira) é como uma árvore frondosa que dá frutos, mas sempre terá um jogando pedra nela. É fato! É lamentável!

Leandro Costa - O Kerigmático de Plantão
www.leandro-rodrigues.blogspot.com
"Cobrem de mim e devem sempre cobrar: a primazia do amor, da doação e do serviço ao povo de Deus.” Dom Biasin

Rapinas do falso evangelho

“Como uma gaiola cheia de pássaros, assim as suas casas estão cheias de rapinas. Por isso tornaram-se grandes e ricos, gordos e reluzentes. Ultrapassaram, até mesmo, os limites do mal” (Jr 5, 27.28).

O problema mais premente que o líder da Igreja Universal do Reino de Deus “bispo” Edir Macedo enfrenta é a denúncia feita pelo Ministério Público Federal à Justiça que detalha como a igreja utiliza o dinheiro arrecadado de seus fiéis. O “bispo” é qualificado como “organizador das atividades criminosas” e acusado de estelionato, evasão de divisas, lavagem de dinheiro e falsidade ideológica. “Os pregadores valem-se da fé, do desespero ou da ambição dos fiéis para lhes vender a idéia de que Deus apenas olha pelos que contribuem financeiramente com a igreja”, escreveu o procurador Dr. Silvio Luís de Oliveira.

O dinheiro arrecadado com fiéis, de maneira agora questionada pela Justiça, é a maior fonte de financiamento da Rede Record. A cada ano, esse valor vem aumentando. No ano passado, a Universal repassou 430 milhões de reais à emissora com a justificativa de compra de horário para seus programas religiosos. Com esses recursos passou a produzir novelas e reforçou seu elenco de artistas e jornalistas. A intenção era alcançar a audiência da Rede Globo até 2010. Mas, depois de conseguir a média diária de 8,3 pontos na Grande São Paulo em 2008, o seu ibope caiu no ano seguinte e mantem-se estagnado na casa dos 7 pontos (1).

Disse o missionário R.R.Soares: “Medição de audiência é coisa do capeta”. Seu programa na TV Bandeirante registra traço de pouca audiência (2).

Se gasta milhões de reais para pagar programas religiosos com retornos insignificantes. Pouca gente assiste e pouca gente se converte de fato e de verdade ao Senhor Jesus Cristo. O pequeno grupo que assiste só que saber de curas, milagres, bênção, libertação e de prosperidade. O interesse de receber coisas materiais é muito maior do que ser fiel audiência do programa e ser um cristão verdadeiro. A onda dessa gente é espetáculo, show e superficialidade. “A moda é ser crente virtual de uma igreja internética e mediática”. Tudo pelo multishow do evangelho gospel. Tais líderes são pop star do culto a personalidade. São falsos artistas de uma encenação péssima e de uma espetacularização pra lá de ridícula.

São rapinas de um falso evangelho do reino capitalista. Esnobam-se pela fortuna arrancada do povo pobre e se orgulham pela impunidade de um Estado que é conivente com seus crimes.

“Daquele que acredita que o dinheiro pode fazer tudo, pode-se suspeitar com fundamento que será capaz de fazer tudo por dinheiro”, afirma com categoria o cientista americano Benjamin Franklin.

O “Apóstolo” Valdemiro Santiago, da Igreja Mundial do Poder de Deus, tornou-se o líder religioso que mais investe na compra de horários na televisão brasileira. Esta gastando 18 milhões de reais por mês para manter programas na Rede TV, CNT, no Canal 21 e, a partir de outubro, também na Band. Ou seja, em um ano desembolsará 216 milhões de reais para bancar sua telepregação. É quase a metade do valor despejado em 2010 pela rival Universal na Record (3).
“... enquanto um passa fome, o outro fica embriagado” (1 Cor 11,21).

Quanta gente passando necessidade, sem moradia própria e sem futuro, e esses religiosos se embriagando com a idolatria do dinheiro, na autopromoção e no autossensacionalimo denominacional. Usa o argumento de arrecadar dinheiro para pregar o evangelho, no entanto, a real intenção é promover o culto de si mesmo e o prazer da luxúria.
Nosso Senhor Jesus Cristo nos exorta de forma magistral contra esses pregadores: “Nem todo aquele que me diz: ‘Senhor, Senhor’ entrara no Reino dos Céus, mas sim aquele que pratica a vontade de meu Pai que está nos céus. Muito me dirão naquele dia: Senhor, Senhor não foi em teu nome que expulsamos demônios e em teu nome que fizemos muitos milagres? Então eu lhes declarei: Nunca vos conheci. Apartai-vos de mim, vos que praticais a iniquidade” (Mt 7, 21-23).

Toda mentira, engano, heresias e corrupção dos falsos pregadores do evangelho não demora por muito tempo, logo parece seus escândalos e suas quedas.

São Paulo Apóstolo sabia dessas coisas e nós sabemos, temos o mesmo Espírito Santo (Ler 2 Tm 3,8.9).
O verdadeiro cristão fiel a sua Igreja: Una, Santa, Católica e Apostólica, fica longe e livre dessas rapinas e tem a missão de denunciar esses falsos mestres e pregar o Santo Evangelho da renúncia e do martírio. Pregar a mensagem de Cristo é proclamar a centralidade do seu ensino: “SALVAÇÃO DAS ALMAS”, TÃO SOMENTE POR MEIO DA FÉ E DA GRAÇA DO BOM DEUS.

Pe. Inácio José do Vale
Professor de História da Igreja
Pregador de Retiros Espirituais
Especialista em Ciência Social da Religião
E-mail: pe.inaciojose.osbm@hotmail.com
Notas:
(1) Veja, 21/09/2011, p. 71.
(2) Época, 22/09/2011, p. 41.
(3) Veja. 21/09/2011, p.53.

quinta-feira, 27 de outubro de 2011

O amor de Deus supera o insuperável, desejável é o amor de Deus. Mais uma inspiração de Deus!

Essa letra saiu no Grupo de Oração Deus Conosco com a pregação da Daniele Cesário de Almeida. O amor de Deus supera o insuperável, desejável é o amor de Deus. Aleluia!!!

Amor que reconstrói

Aquele que não lança condenação
Aquele que não lança julgo pesado
É o Deus que vivo, Ele me ama...
Um amor que me constrói e reconstrói
Porque Ele me ama...
Seu amor supera o insuperável
Desejável é o seu amor Senhor
Ele sabe do que necessito
Ele sabe do que preciso
Ele me toca por amor
Pelo amor me leva a essa realidade
Que me mostra a real vivencia
Vivencia que me leva a experiencia
De ser amado ao extremo no seu amor

O seu amor reconstrói a minha história
Me faz vivo, ressuscitado, feliz
Ele me ama...
O seu amor reconstrói a minha história
Me faz confiante, ousado, em paz
Ele me ama...

"Seu amor supera o insuperável
Desejável é o seu amor Senhor."

terça-feira, 25 de outubro de 2011

Inspirações do Projeto Católico. O show da Celina Borges fica na memoria.

Muito obrigado pela santa noite querida. Eu que tenho que agradecer a você pela demonstração de superação. E pensando nisso eu vim no ônibus pensando como transformar isso em letra, e saiu assim:

Superação

Resisti toda barreira / Superei toda adversidade / Venci e sobrevivi / Pois em Cristo me estabeleci / Na sua força me fortaleci. / Toda duvida resisti / Todo fracasso superei / Na aliança estabelecida no madeiro do Calvário / Realidade que esqueci de recordar / Milagres experienciados / Delicias do Céu / Tenho uma história pra contar / Limitações para superar / Muito de Deus a realizar / Tenho certeza...

Lanço fora todo medo / Lanço fora toda angustia
Me revisto da Verdade / E da certeza de quem sou
Em Cristo sou mais / Em Cristo posso mais
Ir além...

Que está singela letra possa retribuir a santa noite proporcionada a nos. Deus seja louvado pela sua vida e seu ministério. Diante de tudo, podemos ir além... Siga, siga, siga... pois Deus é contigo, contigo, contigo...

Paz e bem!

segunda-feira, 24 de outubro de 2011

Entrevista exclusiva com a cantora Adriana

Na última sexta, Belém, mais uma vez, se animou e compareceu em peso e de coração aberto à 13ª noite do Círio Musical, para acompanhar o show da cantora Adriana. Em cerca de duas horas, muita emoção e louvor tomaram conta do público que gritava e, também, cantava todos os sucessos deste grande nome da música católica, além de conhecerem ‘Minha Graça Te Basta’, lançamento do próximo disco ‘Coisas Que Vivi’, que já está disponível em pré-venda.

Após um belíssimo show, repleto de grandes sucessos, como ‘A Chave do Coração’, ‘Tocar Em Tuas Vestes’ e ‘Abraço de Pai’, a cantora paulista concedeu uma entrevista ao nosso coordenador Antonio Anderson, no camarim.








Existe ainda um certo nervosismo, antes ou após o show, mesmo após tanto tempo de carreira?

Acho que nervosismo, não, pois cada missão tem um diferencial. Quando a gente vai a uma mesma cidade, sempre há aquela expectativa de reencontrar... Enfim, acho que a palavra não seria essa “nervosismo” e, sim uma expectativa. Aquele friozinho na barriga? É, pode ser.

Já que você disse que cada missão tem um diferencial, tem algum show ou evento que foi mais marcante na sua vida?

É difícil falar de um show que é mais marcante, a gente viaja a muitos lugares. Aqui no Brasil, a gente já tem uma expectativa muito boa, mas quando a gente vai pra fora do Brasil, é outra realidade; mas, cada uma tem sua particularidade, é difícil, impossível, falar de um.

E qual sua música favorita?

Ah, a mesma coisa (risos). É igual mãe falar de filho... É difícil falar de uma música, mas tem algumas músicas que são imprescindíveis, eu tenho que cantar, preciso cantar: ‘Qual é a Chave?’, ‘Abraço de Pai’, ‘Lindo Céu’... Essas músicas especiais pra mim, mas eu nunca gravei música para “encher lingüiça” – como a gente fala no interior de São Paulo -, mas eu gravo as músicas que eu gostei, me identifiquei...

Vários cantores, de diversos gêneros, católicos ou não, começaram cantando ou tocando na Igreja. Quando você decidiu cantar para Deus?

Sempre! Eu sempre cantei na Igreja e o que eu vivo hoje é uma conseqüência de ter começado a cantar na Igreja. Então, eu não decidi “Eu vou ser cantora, hoje”, eu comecei servindo à Paróquia e, hoje, eu vivo uma conseqüência de muitos anos cantando na Paróquia.

Este ano, a Jake, o Pe. Antônio Maria e alguns outros acompanharam todo o Círio, então, quando vai ser sua vez de acompanhar todo ele conosco: Transladação, Círio...?

Uai, é só a gente ser convidado (risos) e, também, a gente ter a oportunidade de vir, abrir um pouco mais a agenda, para que a gente possa vir pra cá, dispor de mais tempo para ficar uns dias a mais. A gente ta com uma vida muito corrida, a mil! Mas, eu não tenho dúvida que vai chegar o momento que eu vou poder vir, com certeza.

E qual a emoção de estar novamente, em Belém, no Círio de Nazaré?

Pra mim, é sempre muito especial, eu já disse isso em outra entrevista, é sempre muito especial estar no Círio, poder cantar pra esse povo de Belém do Pará, que eu amo, e a experiência de poder cantar a intimidade que eu tenho com Nossa Senhora porque eu venho aqui e celebro a minha intimidade com Deus.

Bate e volta!

Deus: É tudo.

Família: Minha base.

Amor: O maior dom que Deus deu.

Perseverança: Uai, é você buscar aquilo que é vontade de Deus pra você.

Música: A tradução do meu coração.

Uma palavra ou frase: “Deus não muda uma história senão para deixá-la melhor”.

Vida: Vida é vida! É que to fazendo aqui.

Adriana por Adriana: Adriana por Adriana... É um coração desejoso de poder, cada vez mais, servir a quem Deus confiar.

Fonte: Grupo PCV - http://grupopcv.blogspot.com/2011/10/entrevista-exclusiva-com-cantora.html


Novas regras para concessões não agradam rádios comunitárias

Uma portaria publicada nessa semana pelo Ministério das Comunicações estabelece novas regras e novos critérios para a seleção das entidades interessadas em prestar o serviço de rádios comunitárias do país. De acordo com ogoverno, as mudanças procuram atender a uma das principais reclamações das rádios comunitárias, que é a burocracia no processo de novas concessões.

Além de aumentar o prazo para a inscrição das entidades interessadas em operar o serviço de 45 para 60 dias, a norma prevê a elaboração periódica de planos nacionais de outorgas, que devem estabelecer um calendário antecipando os avisos de habilitação que serão lançados.

Isso permite que as entidades interessadas possam se preparar para participar do processo. Os avisos de habilitação deverão priorizar a universalização do serviço e o atendimento da demanda reprimida.

Portaria define o que pode ser veiculado como apoio cultural

A portaria também deixa mais claros os critérios para renovação das outorgas e define o que pode ou não ser veiculado como apoio cultural, que é o único tipo de publicidade que as rádios comunitárias podem ter.

"O objetivo é tornar o processo de outorga mais célere e mais qualificado, no sentido de tentar valorizar alguns aspectos das entidades que de fato contribuem para a execução do serviço de radiodifusão comunitária", explica o coordenador-geral de Radiodifusão Comunitária do Ministério das Comunicações, Octavio Pieranti.

Para o coordenador executivo da Associação Brasileira de Radiodifusão Comunitária (Abraço), José Sóter, a divulgação antecipada dos avisos de habilitação é um avanço, mas o ideal seria um processo de aviso permanente, que permitisse que as entidades interessadas pudessem pedir a autorização a qualquer momento. Mas, segundo Pieranti, o sistema atual, com prazos pré-determinados para a habilitação, permite que a análise do ministério seja mais rápida, além de tornar o processo mais justo.

"Um aviso permanente significa que tem mais chances de serem contempladas aquelas que se apresentarem primeiro, e não necessariamente esse é um bom critério, muito pelo contrário."

Anatel irá fiscalizar conteúdo das emissoras

Outra queixa comum das emissoras comunitárias é em relação à fiscalização sobre os aspectos técnicos e sobre o conteúdo veiculado nessas rádios. O representante da Abraço critica a rigidez da fiscalização que, segundo ele, acaba prejudicando a sobrevivência das emissoras.

"A Anatel (Agência Nacional de Telecomunicações) é um carrasco para as rádios comunitárias e um capataz das rádios comerciais", classifica.

A fiscalização das questões técnicas relacionadas às rádios comunitárias sempre ficou a cargo da Anatel, mas só a partir deste ano é que a agência ficou responsável por verificar também aspectos do conteúdo das emissoras, como o respeito à proibição de propagandas comerciais e o limite máximo de veiculação de apoio cultural.

Segundo Pieranti, a mudança tem o intuito de aproveitar melhor a estrutura da Anatel, que está presente em todos os estados e tem os equipamentos e a mão de obra necessários para o serviço.

"Conteúdo seria com Ministério da Cultura e não com rádios comerciais

"Mas as rádios comunitárias não gostaram da alteração e pedem que o governo reveja sua posição.

"Nós refutamos essa transferência, se tivesse que passar para algum órgão fiscalizar o conteúdo seria o Ministério da Cultura e não os capangas das rádios comerciais", afirma Sóter.

A reportagem entrou em contato com a Anatel para obter uma resposta em relação às críticas, mas não obteve retorno sobre o pedido de entrevista.Se a fiscalização do governo é considerada extremamente rígida pelas rádios comunitárias, para as emissoras comerciais ela é "praticamente inexistente".

O diretor de Assuntos Legais da Associação Brasileira de Emissoras de Rádio e Televisão (Abert), Rodolfo Moura, diz que existem muitas rádios travestidas de comunitárias, que veiculam comerciais e têm grade de programação fixa.

"Essas emissoras acabam trazendo uma concorrência desleal com as emissoras comerciais, que têm uma série de encargos fiscais, tributários e trabalhistas, que as rádios comunitárias não têm", diz o representante da Abert.

Fonte: Agência Brasil.


sábado, 15 de outubro de 2011

Militante do PCdoB acusa Orlando Silva de montar esquema de corrupção.

Segundo o policial militar João Dias Ferreira, ministro do Esporte recebeu propina nas dependências do ministério
Rodrigo Rangel
As fraudes no programa Segundo Tempo são investigadas há mais de três anos, mas é a primeira vez que o ministro é apontado diretamente como mentor das irregularidades

NA MIRA
As fraudes no programa Segundo Tempo são investigadas há mais de três anos, mas é a primeira vez que o ministro é apontado diretamente como mentor das irregularidades

No ano passado, a polícia de Brasília prendeu cinco pessoas acusadas de desviar dinheiro de um programa criado pelo governo federal para incentivar crianças carentes a praticar atividades esportivas. O grupo era acusado de receber recursos do Ministério do Esporte através de organizações não governamentais (ONGs) e embolsar parte do dinheiro. Chamava atenção o fato de um dos principais envolvidos ser militante do Partido Comunista do Brasil (PCdoB), ex-candidato a deputado e amigo de pessoas influentes e muito próximas a Orlando Silva, o ministro do Esporte. Parecia um acontecimento isolado, uma coincidência. Desde então, casos semelhantes pipocaram em vários estados, quase sempre tendo figuras do PCdoB como protagonistas das irregularidades. Agora, surgem evidências mais sólidas daquilo que os investigadores sempre desconfiaram: funcionava dentro do Ministério do Esporte uma estrutura organizada pelo partido para desviar dinheiro público usando ONGs amigas como fachada. E o mais surpreendente: o ministro Orlando Silva é apontado como mentor e beneficiário do esquema.

Em entrevista a VEJA, o policial militar João Dias Ferreira, um dos militantes presos no ano passado, revela detalhes de como funciona a engrenagem que, calcula-se, pode ter desviado mais de 40 milhões de reais nos últimos oito anos. Dinheiro de impostos dos brasileiros que deveria ser usado para comprar material esportivo e alimentar crianças carentes, mas que acabou no bolso de alguns figurões e no caixa eleitoral do PCdoB. O relato do policial impressiona pela maneira rudimentar como o esquema funcionava. As ONGs, segundo ele, só recebiam os recursos mediante o pagamento de uma taxa previamente negociada que podia chegar a 20% do valor dos convênios. O partido indicava desde os fornecedores até pessoas encarregadas de arrumar notas fiscais frias para justificar despesas fictícias. O militar conta que Orlando Silva chegou a receber, pessoalmente, dentro da garagem do Ministério do Esporte, remessas de dinheiro vivo provenientes da quadrilha: “Por um dos operadores do esquema, eu soube na ocasião que o ministro recebia o dinheiro na garagem” (veja a entrevista na edição de VEJA desta semana). João Dias dá o nome da pessoa que fez a entrega. Parte desse dinheiro foi usada para pagar despesas da campanha presidencial de 2006.

O programa Segundo Tempo é repleto de boas intenções. Porém, há pelo menos três anos o Ministério Público, a Polícia Federal e a Controladoria-Geral da União desconfiam de que exista muita coisa além da ajuda às criancinhas. Uma das investigações mais completas sobre as fraudes se deu em Brasília. A capital, embora detentora de excelentes indicadores sociais, foi muito bem aquinhoada com recursos do Segundo Tempo, especialmente quando o responsável pelo programa era um político da cidade, o então ministro do Esporte Agnelo Queiroz, hoje governador do Distrito Federal. Coincidência? A investigação mostrou que não. A polícia descobriu que o dinheiro repassado para entidades de Brasília seguia para entidades amigas do próprio Agnelo, que por meio de notas fiscais frias apenas fingiam gastar a verba com crianças carentes. Agnelo, pessoalmente, foi acusado de receber dinheiro público desviado por uma ONG parceira. O soldado João Dias, amigo e aliado político de Agnelo, controlava duas delas, que receberam 3 milhões de reais, dos quais dois terços teriam desaparecido, de acordo com o inquérito. Na ocasião, integrantes confessos do esquema concordaram em falar à polícia. Contaram em detalhes como funcionava a engrenagem. O soldado João Dias, porém, manteve-se em silêncio sepulcral — até agora.

Na entrevista, o policial afirma que, na gestão de Agnelo Queiroz no ministério, o Segundo Tempo já funcionava como fonte do caixa dois do PCdoB — e que o gerente do esquema era o atual ministro Orlando Silva, então secretário executivo da pasta. Por nota, a assessoria do governador Agnelo disse que as relações entre ele e João Dias se limitaram à convivência partidária, que nem sequer existe mais. VEJA entrevistou também o homem que o policial aponta como o encarregado de entregar dinheiro ao ministro. Trata-se de Célio Soares Pereira, 30 anos, que era uma espécie de faz-tudo, de motorista a mensageiro, do grupo que controlava a arrecadação paralela entre as ONGs agraciadas com os convênios do Segundo Tempo. “Eu dirigia e, quase todo mês, visitava as entidades para fazer as cobranças”, contou. Casado, pai de seis filhos, curso superior de direito inconcluso, Célio trabalha atualmente como gerente de uma das unidades da rede de academias de ginástica que o soldado João Dias possui. Célio afirma que, além do episódio em que entregou dinheiro ao próprio Orlando Silva, esteve pelo menos outras quatro vezes na garagem do ministério para levar dinheiro. “Nessas vezes, o dinheiro foi entregue a outras pessoas. Uma delas era o motorista do ministro”, disse a VEJA. O relato mais impressionante é de uma cena do fim de 2008. “Eu recolhi o dinheiro com representantes de quatro entidades aqui do Distrito Federal que recebiam verba do Segundo Tempo e entreguei ao ministro, dentro da garagem, numa caixa de papelão. Eram maços de notas de 50 e 100 reais”, conta.

Célio afirma que um dirigente do PCdoB, Fredo Ebling, era encarregado de indicar a quem, quando e onde entregar dinheiro. “Ele costumava ir junto nas entregas. No dia em que levei o dinheiro para o ministro, ele não pôde ir. Me ligou e disse que era para eu estar às 4 e meia da tarde no subsolo do ministério e que uma pessoa estaria lá esperando. O ministro estava sentado no banco de trás do carro oficial. Ele abriu o vidro e me cumprimentou. O motorista dele foi quem pegou a caixa com o dinheiro e colocou no porta-malas do carro”, afirma. Funcionário de carreira do Congresso Nacional, chefe de gabinete da liderança do partido na Câmara dos Deputados, Fredo Ebling é um quadro histórico entre os camaradas comunistas. Integrante da Secretaria de Relações Internacionais do PCdoB nacional, ele foi candidato a senador e a deputado por Brasília. Em 2006, conseguiu um lugar entre os primeiros suplentes e, no final da legislatura passada, chegou a assumir por vinte dias o cargo de deputado federal. João Dias diz que Fredo Ebling era um dos camaradas destacados por Orlando Silva para coordenar a arrecadação entre as entidades. O policial relata um encontro em que Ebling abriu o bagageiro de seu Renault Mégane e lhe mostrou várias pilhas de dinheiro. “Ele disse que ia levar para o ministro”, afirma. Ebling nega. “Eu não tinha esse papel”, diz. O ex-deputado diz que conhece João Dias, mas não se lembra de Célio.

A lua de mel do policial com o ministério e a cúpula comunista começou a acabar em 2008, quando passaram a surgir denúncias de irregularidades no Segundo Tempo. Ele afirma que o ministério, emparedado pelas suspeitas, o deixou ao léu. “Eu tinha servido aos interesses deles e de repente, quando se viram em situação complicada, resolveram me abandonar. Tinham me prometido que não ia ter nenhum problema com as prestações de contas.” O policial diz que chegou a ir fardado ao ministério, mais de uma vez, para cobrar uma solução, sob pena de contar tudo. No auge da confusão, ele se reuniu com o próprio Orlando Silva. “O Orlando me prometeu que ia dar um jeito de solucionar e que tudo ia ficar bem”, diz. O ministro, por meio de nota, confirma ter se encontrado com o policial. Diz que o recebeu em audiência, mas nega que soubesse dos desvios ou de cobrança de propina. “É uma imputação falsa, descabida e despropositada. Acionarei judicialmente os caluniadores”, afirmou o ministro, em nota.

Em paralelo às investigações oficiais, João Dias respondeu por desvio de conduta na corporação militar. A Polícia Militar de Brasília oficiou ao ministério em busca de informações sobre os convênios. A resposta não foi nada boa para o soldado: dizia que ele estava devendo 2 milhões aos cofres públicos por irregularidades nas prestações de contas. João Dias então subiu o tom das ameaças. Em abril de 2008, quando foi chamado à PM para dar satisfações e tomou conhecimento do ofício, ele procurou pessoalmente o então secretário nacional de Esporte Educacional, Júlio Cesar Filgueira, para tirar satisfação. O encontro foi na secretaria. O próprio João Dias conta o que aconteceu: “Eu fui lá armado e dei umas pancadas nele. Dei várias coronhadas e ainda virei a mesa em cima dele. Eles me traíram”. Júlio Filgueira, também filiado ao PCdoB de Orlando Silva, era responsável por tocar o programa. A pressão deu certo: o ministério expediu um novo ofício à Polícia Militar amenizando a situação de Dias. O documento pedia que fosse desconsiderado o relatório anterior. A agressão que João Dias diz ter cometido dentro da repartição pública passou em branco. “Eles não tiveram coragem de registrar queixa porque ia expor o esquema”, diz o soldado. Indagado por VEJA, o gabinete de Orlando Silva respondeu que “não há registro de qualquer agressão nas dependências do Ministério do Esporte envolvendo estas pessoas”. O ex-secretário Júlio Filgueira, que deixou o cargo pouco depois da confusão, confirma ter recebido o policial mas nega que tenha sido agredido. “Ele estava visivelmente irritado, mas essa parte da agressão não existiu”, diz. A polícia e o Ministério Público têm uma excelente oportunidade para esclarecer o que se passava no terceiro tempo no Ministério do Esporte. As testemunhas, como se viu, estão prontas para entrar em campo.

terça-feira, 11 de outubro de 2011

Trânsito ainda mata muito no país

O Globo - 09/10/2011

O Código de Trânsito Brasileiro dotou o país de uma legislação bem mais rigorosa para punir abusos dos motoristas. Por sua vez, a Lei Seca, com as blitzes para reprimir a mistura de álcool e direção, uma das maiores causas de tragédias nas vias brasileiras, melhorou visivelmente as estatísticas de acidentes. Um balanço do Ministérios da Saúde dava conta, ano passado, de que o cerco a irresponsáveis que dirigem sob efeito de bebidas alcoólicas resultou, desde a vigência da lei, em 2008, numa redução de 6,2% da taxa de óbitos em todo o território nacional (no Rio de Janeiro, o estado mais bem-sucedido nessa política, a queda dos índices de morte chegou a 32%).

São números positivos, mas não o suficiente para que se dê por vencida a luta por um trânsito em que a quantidade de tragédias seja menos vergonhosa. Pelo contrário. Acidentes com veículos ainda matam muita gente nas nossas vias. O Brasil é o quinto país com mais mortes no trânsito, diz a Organização Mundial de Saúde, com um índice de óbitos três vezes maior do que o considerado aceitável pela OMS. São 18,3 mortes por cem mil habitantes a cada ano, contra médias inferiores a seis em países dentro do padrão do organismo.

Mais: levantamento da seguradora que administra o DPVAT, o seguro obrigatório para o licenciamento de veículos, registra que 160 pessoas morrem todo dia no trânsito brasileiro. É um número que impressiona - e que se torna apavorante se comparado ao total de civis mortos por dia no Iraque em 2006 (77 pessoas) e 2007 (68), o biênio de maior violência no país após a invasão americana, em 2003. O drama vivido pelas famílias diretamente envolvidas nessa carnificina é imensurável. Mas a fatura que fica espetada na conta da sociedade é concreta: se essa curva não for revertida, mesmo com a redução de danos obtida com o CTB e a Lei Seca, estima-se que o número de mortes no trânsito continue aumentando a uma taxa de 4% ao ano, com 150 mil óbitos e 500 mil feridos até 2014, um custo ao país de R$140 bilhões em resgate, tratamento de feridos e perda de produtividade das vítimas.


A constatação de que os índices de mortalidade no trânsito têm sido significativamente engordados pelas vítimas de acidentes com motos, como mostrou O GLOBO semana passada, apenas aumenta a gravidade do problema. No geral, as tragédias no trânsito têm causas bem identificadas - fiscalização falha que enfraquece a legislação, por mais dura que seja a lei; ruas e estradas mal pavimentadas e com sinalização deficiente, e, indiretamente, o aumento da frota de veículos (motos, inclusive) em circulação no país. Registre-se ainda um fator que, se não contribui diretamente com a morbidez estatística, dá bem a medida da insuficiente importância com que o tema é tratado institucionalmente pelo poder público: o trânsito não está representado no primeiro escalão federal. O Departamento Nacional de Trânsito (Denatran), órgão máximo do setor, ocupa o quinto escalão da hierarquia de Brasília.(Mas que não se invente um Ministério do Trânsito!)

Há, portanto, muito o que mudar em termos de política pública para o trânsito e de comportamento dos motoristas para reduzir as tragédias que a cada ano atingem milhares de famílias do país.

Cristo Redentor é homenageado em sessão solene na Câmara

Por iniciativa do deputado federal Hugo Leal (PSC/RJ), a Câmara dos Deputados realizou ontem (10/10) uma sessão solene pelos 80 anos do Cristo Redentor, considerado uma das novas Sete Maravilhas do mundo moderno. Estiveram presentes, além de deputados e autoridades, o arcebispo do Rio de Janeiro, Dom Orani Tempesta, o reitor do Santuário do Cristo Redentor, padre Omar Raposo, além do diretor-geral da Rádio Catedral, padre Leandro Cury, e o representante do governo do estado, Luiz Carlos Pugialli.

Durante a solenidade, Hugo Leal lembrou a importância da data. “Essa homenagem de hoje ao Cristo tem o desejo de nos fazer refletir sobre a grandeza espiritual de nossa nação e sobre a alma generosa de um povo que aspira a uma situação humanamente mais digna e de progressos sociais”, disse o deputado.

Leal lembrou ainda a vocação do povo brasileiro para a diversidade. “Somos, sim, um povo vocacionado para o reconhecimento do valor da diversidade, uma atitude adequada a um tempo de graves problemas de ordem moral e de valores. Mas, ao olharmos a imagem do Cristo Redentor em tempos de incerteza, que põem à prova a solidez das convicções e a força dos laços que unem a nossa sociedade, sempre encontramos ali uma mensagem de esperança, justiça e solidariedade”, completou Hugo.

Arcebispo do Rio de Janeiro, Dom Orani Tempesta também representou a Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB) na solenidade, em Brasília. “Agradeço as homenagens litúrgicas, sociais, esportivas, culturais e de governo que o Cristo Redentor vem recebendo. O monumento é, com certeza, um dos símbolos mais emblemáticos do Brasil, da América Latina e até do mundo. Aproveito a oportunidade para agradecer também a todos os que trabalharam na construção do monumento. A proteção do Redentor, para todos nós, é abençoada e acolhedora”, afirmou Dom Orani.

Durante toda a semana, até a próxima quarta-feira, dia 12/10, o Cristo Redentor será homenageado em ações sociais, eventos religiosos e shows.

foto: Fernando Chaves