quarta-feira, 31 de março de 2010

Pedofilia, um complô contra o Papa.

D. Henrique Soares da Costa
Bispo auxiliar de Aracaju, SE

Caro Internuta, leia este texto da cronista italiana Benedetta Sangirardi. Não gosto de insistir sobre certos assuntos sensacionalistas, mas aqui, penso é preciso deixar as coisas o mais claro possível! O texto é muito bom e deve ser lido. Vejamos que escândalos vão ainda tirar do baú contra o Papa e contra a Igreja. Uma coisa é certa: Bento XVI vai aparecendo cada vez mais como um gigante homem de fé de moral admirável! Que Papa, que grande Pastor, o Senhor os concedeu!

O que está acontecendo? Há um complô contra a Igreja?
Os casos de pedofilia se sucedem nas páginas dos jornais. Quase um por dia.
O que há de verdadeiro e de falso nesta questão? E por que estão aparecendo agora todos os casos (gravíssimos) de pedofilia dentro da Igreja?
Alguém está querendo colocar para fora Bento XVI? Segundo quanto parece a Affaritaliani.it colhido de fontes críveis vizinhas ao Vaticano, a vontade é exatamente de jogar na lama a Igreja. trata-se, em suma, de uma verdadeira e própria campanha midiática contra o Papa.

Um complô, uma trama anticatólica vinda de certa cultura presente no Ocidente. A voz da Igreja, aos olhos desta cultura, sendo livre e não manipulável, cria não poucos problemas (basta pensar na constante defesa da vida e da dignidade da pessoa contra os interesses de alguns). Não é por acaso que muitos desses “episódios” e acusações de pedofilia venham do Exterior. E não é por acaso que a palavra “lobby” tenha sido cunhada exatamente nos países nos quais é mais presente esta matriz cultural. Mas, vamos por ordem.

Estamos assistindo a um verdadeiro e próprio ataque que objetiva desacreditar a Igreja e o Pontífice através das armas principalmente midiáticas. Basta tomar os casos que estão enchendo as páginas dos jornais.

Têm todas as características de ser episódios do passado, já encerrados e conhecidos, em grande parte já tratados antes pela mídia. E agora são colocados a público um a um, com certa cadência , para produzir o máximo de efeito.

Desde o início a manobra foi clara: chegar ao Pontífice. Partiu-se da tentativa de envolver o irmão do Papa, noticiando os dois casos de abuso sexual no coro de Ratisbona, que na realidade aconteceram anos antes do trabalho de Georg Ratzinger e, sobretudo, eram já conhecidos e encerrados juridicamente. Mas, o nome “Ratzinger” permaneceu lá, nos títulos dos jornais. Depois, trouxeram à luz outro caso já conhecido e encerrado, o do assim chamado “padre H”, na Arquidiocese de Munique, nos inícios dos anos 80.
Também este um caso já tratado a seu tempo, no qual era já havia sido constatada - até pelo tribunal que julgou o acusado - a total falta de ligação com o então Arcebispo Ratzinger.

O último caso aparecido no New York Times é mais uma tentativa: também aqui os documentos dizem que a Congregação para a Doutrina d a Fé, consultada 20 anos depois dos fatos (os abusos tinham ocorrido nos anos 70), convidou a conservar o sacerdote em questão, mas distante das atividades pastorais, mesmo tendo se passado tantos anos sem evidência de outros crimes e apesar de a justiça civil já ter arquivado o caso.

Os números – Ao estalar dos casos singulares (sempre os mesmos de décadas tirados agora do baú) une-se o inchaço das cifras para dar a idéia se um fenômeno extenso e incontrolável. Um exemplo iluminante é a cifra de 4000 casos de abuso nos Estados Unidos que continuamente é repetida. O que se omite dizer é que das 4000 acusações (não sentenças), as que diziam respeito a pedofilia eram 950, que resultaram em 54 condenações, em um período de quarenta anos. Os sacerdotes nos Estados Unidos são 109.000.

Os documentos – Um outro elemento é a citação imprópria dos documentos como se existissem redigidos secretamente para encobrir os crimes dos pedófilos. A realidade é que nos dois documentos mais importantes, (públicos e consultáveis também online) o “Crimen sollicitationis”, de 1922 reeditado em 1962 por João XXIII e o “De delictis gravioribus”, de 2001 assinado pelo então Prefeito da Congregação para a Doutrina da Fé, o Cardeal Ratzinger, está escrito em alto e bom tom que os crimes devem ser pontualmente denunciados e julgados canonicamente. O problema é que os documentos são redigidos em latim e algumas péssimas traduções, unidas à má fé, levaram a confundir frases dando-lhes o sentido contrário. Mas, também aqui, nos títulos dos jornais, ficou a impressão de que as altas esferas mandavam ocultar os casos.

A Igreja e, de modo particular, um papa, não podem e não devem ficar preocupados em aparecer de modo belo diante da imprensa mundial e muito menos buscar os seus aplausos, ainda que, atualmente, poucas realidades do nosso mundo globalizado sobretudo midiaticamente tenham um poder ao menos próximo daquele dos meios de comunicação.

E, no entanto, não deixa de ser porco, realmente nojento – a expressão é esta e não há outra – a campanha desses meios de comunicação contra a Igreja e, de modo específico, contra o Papa Bento XVI. Todos aqueles que são bem informados sabem que esses meios nunca gostaram do Cardeal Ratzinger. Recordam as manchetes quando da sua eleição? Lembram do rosto do Papa dentro dum bloco de gelo, para dizer que a Igreja agora estava congelada? Foi a capa da Veja. Há jornais que são particularmente desonestos e maquiavélicos quando se trata de Bento XVI: penso no The New York Times, um jornal patologicamente anticatólico; penso no italiano La Reppubblica, que é a voz de tudo quanto na Itália possa causar dano à Igreja, penso no Le Monde francês e no El Pais espanhol.

Por que esta minha conversa? Por causa desse assunto já saturado da pedofilia de alguns sacerdotes. Esses órgãos de comunicação fazem o possível para incriminar o Papa de algum modo! Até agora fracassaram e fracassarão sempre, mas como desgastam! Primeiro, inspirados pela BBC (hoje controlada pelo lobby gay), tentaram acusar o então Cardeal Ratzinger de orquestrar todo um programa de acobertamento dos casos de pedofilia.

A TV Record – nunca se esqueça a quem ela pertence e como foi comprada! – fez questão de apresentar esse programa no Brasil, mesmo quando as acusações já tinham sido refutadas e desmascaradas na Europa. Agora, com os casos que vieram à baila, tentaram insinuar que o irmão do Papa era pedófilo. Ficou provado que era mentira. Que o irmão do Papa maltratava crianças. Também ficou assentado que não era verdade: ele era rígido e castigava corporalmente as crianças, como qualquer mestre na Alemanha e nas nossas escolas há quarenta, cinqüenta anos atrás.

Na Alemanha, certa imprensa marrom tentou afirmar que Ratzinger, quando era Arcebispo de Munique, protegeu um padre pedófilo. Foi provado que a acusação era falsa: o então Arcebispo havia deixado que o referido sacerdote ficasse hospedado na casa paroquial enquanto se submetia a tratamento psicológico, somente como hóspede e sem atividade pastoral alguma.

Agora, o The New York Times, por pura maldade e desonestidade, acusou o Papa, quando Cardeal, de encobrir a caso de um padre que teria abusado de 200 crianças. Também é mentira. Aliás, foi Bento XVI quem, assim que assumiu o trono de Pedro, mandou reabrir o caso do Pe. Marcial Maciel e o suspendeu de modo definitivo. A linha de Bento XVI nesses casos sempre foi clara, simples e reta: tolerância zero. O que nos desilude profundamente é perceber de modo claro a desonestidade desses meios midiáticos, que não buscam a verdade, mas usam a informação como puro jogo de poder e de interesses. Mundo cão, o nosso! Mundo marcado profundamente pelo pecado, pela mentira, passando por cima da boa fama dos outros e da retidão de caráter de homens como o Santo Padre! Veremos o que ainda haverão de inventar contra esse homem manso e reto, esse homem de consciência moral elevadíssima, que é Bento XVI. Que Deus o proteja e o livre das mãos de seus tremendos, desonestos e ímpios inimigos.

http://costa_hs.blog.uol.com.br/arch2010-03-21_2010-03-27.html

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