quarta-feira, 17 de março de 2010

Dom Filipe Santoro se manifesta contra o PNDH do Governo.

Programa de direitos humanos é “cartilha de estiloradical-socialista”.

Pessoa é “engrenagem do estado e totalmente dependente de sua ideologia”, diz bispo.

O bispo de Petrópolis (sudeste do Brasil), Dom Filippo Santoro, considera que o PNDH-3 (Programa Nacional de Direitos Humanos) do governo brasileiro traz “uma visão reduzida da pessoa humana”. O programa, recentemente lançado pelo governo, “suscita graves preocupações não apenas pela questão do aborto, do casamento de homossexuais, das adoções de crianças por casais do mesmo sexo, pela proibição de símbolos religiosos nos lugares públicos, pela transformaçãodo ensino religioso a história das religiões, pelo controle da imprensa, a lei da anistia, etc, mas, sobretudo por uma visão reduzida da pessoa humana”.

A questão em jogo – afirma o bispo em artigo divulgado nessa terça-feira–, “é sobretudo antropológica: que tipo de pessoa e de sociedade são propostos para o nosso País”.

No programa se apresenta uma antropologia reduzida que sufoca o horizonte da vida humana limitando-o ao puro campo social”, afirma. (parece pregação de uma tal teologia condenada pelo magistério da Igreja).

Segundo Dom Filippo Santoro, dimensões “essenciais são negadas ou ignoradas: como a dignidade transcendente da pessoa humana e a sualiberdade; o valor da vida, da família e o significado pleno da educação eda convivência”.

“A pessoa e os grupos sociais são vistos como uma engrenagem do estado e totalmente dependentes de sua ideologia”, sublinha.

Dom Filippo considera que os aspectos positivos, “que também existem, eque constituíram as grandes batalhas da CNBB ao longo destes anos, sãoenglobados dentro de um sistema ideológico habilmente plantado por umaminoria que não respeita a visão da vida da grande maioria do povobrasileiro”.

Na 3º edição do PNDH, “estamos diante de uma cartilha de estiloradical-socialista, que está sendo implantada na Venezuela, Equador e Bolívia e que tem em Cuba o seu ponto de referência. Trata-se de um projeto reduzido de humanidade destinado a mudar profundamente a nossa sociedade”.

Vida, família, educação, liberdade de consciência, de religião e de culto não podem ser definidos pelo poder do Estado ou de uma minoria. O Estado reconhece e estrutura estes valores que dizem respeito à dignidade últimada pessoa humana que é relação com o infinito e que nunca pode ser usada como meio, mas é um fim em si mesma. A fonte dos direitos humanos é a pessoa e não o Estado e os poderes públicos”, explica o bispo.

O programa do Governo “é um claro ato de autoritarismo que enquadra os direitos humanos num projeto ideológico, intolerante, que fez retroceder o País aos tempos de ditadura”, considera.

Segundo o bispo de Petrópolis, “somos todos interpelados diante desteprojeto que tenta desmontar a estrutura da sociedade destruindo o valor dapessoa, da vida, da família e das livres agregações sociais”.

Fonte: Zenit

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