sábado, 19 de setembro de 2009

A importância das Novas Comunidades na Igreja.

A fim de apresentar e discutir as ações dos movimentos eclesiais na Igreja, a Canção Nova realiza, de 18 a 20 de setembro, o Encontro das Novas Comunidades.
Mas, afinal, você sabe qual é a importância dessas obras de evangelização?
Confira neste artigo do professor Felipe Aquino qual é a função delas no Catolicismo.
O Papa João Paulo II pediu à Igreja uma Nova Evangelização, com novo ardor, novos métodos e nova expressão. Certamente, o Sumo Pontífice sentiu no coração essa inspiração de Deus em face dos grandes desafios da Igreja no século XXI: um laicismo agressivo contra a Igreja Católica, a presença das seitas que retiram os filhos de Deus dessa instituição; a aprovação e propaganda de muitas práticas ofensivas a Deus: aborto, eutanásia, manipulação de embriões humanos, prática homossexual, entre outros, que o nosso querido Papa Bento XVI chama de "ditadura do relativismo", que quer nos fazer crer que a verdade não existe e que cada um faz a sua.
Creio que essa Nova Evangelização está acontecendo com as Novas Comunidades. Nota-se aí a 'nova expressão' de vida cristã pedida pelo Santo Padre. Aí está um 'novo ardor' no fogo do Espírito Santo; e 'novos métodos' de evangelizar, sobretudo, pelos meios de comunicação.
A Igreja já não está mais andando de carroça no asfalto. O Espírito Santo, que é alma da Igreja, sempre a socorre especialmente nos momentos mais difíceis de sua história. Nos tempos modernos, Ele suscitou a partir do Concilio Vaticano II uma 'Primavera na Igreja', como declarou João Paulo II. As flores e os frutos dessa Primavera podem ser vistos sobretudo nos Novos Movimentos e nas Novas Comunidades de Vida e de Aliança, envolvendo especialmente os jovens, que deixam tudo, os prazeres do mundo, a família, para servir a Deus unicamente.
Assim, é notório e inegável, que uma das grandes obras que o Espírito Santo tem feito na Igreja, nos últimos quarenta anos, como um fruto, sobretudo da Renovação Carismática, são as Novas Comunidades de leigos e consagrados, que se multiplicam a cada dia. Só no Brasil já são centenas dessas comunidades; algumas de vida; outras de aliança; e muitas com as duas opções.
Elas são como que 'um rosto novo da Igreja' que surge; fiel às suas origens. Sou testemunha de que elas resgatam a vivência do Cristianismo puro, observando toda a riqueza da nossa fé católica. A reza do Rosário foi resgatada – prática antes tão abandonada – e é para as Comunidades alimento espiritual diário indispensável. Maria é venerada com todas as honras que tem direito como Mãe de Deus. O povo voltou a rezar o Terço, a Ladainha Lauretana, o Ofício da Imaculada, a visita aos Santuários marianos. Nelas, Jesus é amado, servido e adorado verdadeiramente como Senhor e Salvador. O que importa é que o Seu Reino seja implantado na Terra pela evangelização; missão primeira dessas Comunidades. Os jovens são evangelizados com ardor e parresia, a castidade lhes é apresentada como uma fonte de vida; os casais são chamados a viver a fidelidade a Deus e ao cônjuge, os Sacramentos são vividos com toda a intensidade e plenitude; sobretudo, a Confissão e a Eucaristia são amadas e desejadas. A bênção do Santíssimo Sacramento – tão abandonada antes – agora é celebrada com alegria, fé e profundidade. A adoração do Santíssimo, como tem pedido o Papa, já há muito é realizada nas Novas Comunidades, especialmente pela realização do “Cerco de Jericó”, por meio do qual o Senhor Eucarístico é adorado por sete dias e sete noites ininterruptas.
Os carismas de serviço são os mais variados em cada uma delas: algumas se dedicam a recuperar jovens drogados e viciados no álcool; outras se dedicam aos mendigos e abandonados; outras se dedicam à evangelização pelos meios de comunicação, e muitas coisas mais. Nas Comunidades Novas a hierarquia da Igreja é amada; a sua necessidade é entendida; e trabalha-se em comunhão com ela. E isso é fundamental, pois assim evita-se o perigo de ser formar “igrejas paralelas” ou independentes da única Igreja que Cristo instituiu.
Assim como na unidade dos membros de uma Comunidade está a força desta, assim também na unidade das Novas Comunidades entre si estará a força da Igreja. Cada Comunidade tem que se sentir irmã das demais e responsável por cada uma delas. Não pode haver rivalidade e competição entre elas; ao contrário, é preciso haver amor e auxílio mútuo. O carisma e o serviço próprio de cada uma deve estar sempre à disposição das outras para que todas se edifiquem e juntas construam o Reino do Senhor na Terra. Não pode haver a menor concorrência entre uma Comunidade e outra, pois isso seria a negação da caridade e do serviço ao Reino.
Para se enfrentar o secularismo avassalador de nossos dias, as Comunidades são imprescindíveis, mas para isso precisam ser fortes; e essa força depende muito da comunhão entre elas. Os seus líderes e coordenadores precisam se conhecer de perto, partilhar seus problemas, ajudarem-se reciprocamente: tudo para a edificação do Reino de Deus.
Praticamente não há hoje uma diocese no Brasil e no mundo que não se beneficie do bom trabalho dessas Comunidades de Vida e de Aliança, que a serviço da evangelização estão aí presentes. Com isso, multiplicam-se as rádios católicas, jornais, revistas, retiros, acampamentos, shows, aprofundamentos, trazendo o povo de Deus de volta para a Igreja. As Comunidades e os movimentos eclesiais estão ajudando a Igreja a devolver Deus para aqueles que estavam perdidos".

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