segunda-feira, 22 de junho de 2009

Ordenações lefebvrianas ainda são ilegítimas, esclarece Santa Sé

Confirma a mudança de estatuto da Comissão Pontifícia “Ecclesia Dei”

A Santa Sé esclareceu que os bispos e sacerdotes seguidores do arcebispo Marcel Lefebvre não exercerão ministérios legítimos até que a Fraternidade Sacerdotal São Pio X conte com estatuto canônico reconhecido pela Igreja.
O esclarecimento, emitido através de um comunicado da Sala de Imprensa vaticana hoje, fez-se necessário para responder aos vários pedidos de informação sobre as ordenações sacerdotais programadas pela Fraternidade para o fim do mês.
O comunicado remete à carta que Bento XVI dirigiu aos bispos da Igreja no dia 10 de março para explicar as razões da remissão da excomunhão dos bispos ordenados ilegitimamente em 1988 por Dom Lefebvre.
Nessa carta, o Papa indica que até que a Fraternidade não tenha uma posição canônica na Igreja, seus ministros não exercem ministérios legítimos na Igreja.
A carta acrescenta “enquanto as questões relativas à doutrina não forem esclarecidas, a Fraternidade não possui qualquer estado canónico na Igreja, e os seus ministros – embora tenham sido libertos da punição eclesiástica – não exercem de modo legítimo qualquer ministério na Igreja”.
Por outro lado, o comunicado confirma a intenção do Papa de dar um novo status à Comissão Pontifícia “Ecclesia Dei”, “associando-a à Congregação para a Doutrina da Fé”.
Esta Comissão é a instituição vaticana competente desde 1988 para essas comunidades e pessoas que, vindas da Fraternidade São Pio X ou de grupos similares, querem regressar à plena comunhão com o Papa.
Com este gesto, o Papa tenta esclarecer que “os problemas que devem ser tratados agora são de natureza essencialmente doutrinal e se referem sobretudo à aceitação do Concílio Vaticano II e do magistério pós-conciliar dos papas”.

“Há razões para pensar que falta pouco para esse novo status –indica o comunicado. Este fato constitui a premissa para o início do diálogo com os responsáveis da Fraternidade São Pio X de face ao desejado esclarecimento das questões doutrinais e, portanto, também disciplinares, que ainda seguem abertas”.

Em uma matéria publicada nessa terça-feira em Zenit, o bispo Bernard Fellay, líder da Fraternidade, referia-se às ordenações de três sacerdotes e três diáconos no seminário lefebvriano Zaitzkofen, na Baviera (Alemanha), programadas pelo bispo da Fraternidade Alfonso de Galaretta para o dia 27 de junho.
O superior-geral da Fraternidade opinava que o Vaticano agora “não tem problemas fundamentais” com as próximas ordenações sacerdotais, ainda que reconhecia que novas excomunhões poderiam “pôr em perigo tudo” e fazer fracassar os diálogos da Fraternidade com a Congregação para a Doutrina da Fé.
Sobre as ordenações previstas pela Fraternidade, o bispo Gerard Muller, de Ratisbona, também explicou recentemente à Fraternidade que enquanto a questão da condição canônica não estiver resolvida, as ordenações não estão autorizadas e, portanto, mereceriam ações disciplinares.

Obs : Peçamos a Deus que se resolva essa situação. Uma Fraternidade não pode ser maior que a IGREJA que a acolhe. Para que sejamos um , devemos respeitar e ser obediente aquele que esta a frente da IGREJA , o PAPA BENTO XVI.
Que esse Ano Sacerdotal (www.annussacerdotalis.org) possa nos unir em oração e obediência a Sã Doutrina da Santa IGREJA Una , Apostolica e Catolica.
Sem mais , Leandro Costa.

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