segunda-feira, 17 de novembro de 2008

Vaticano reafirma que gays não podem se tornar padres

Segundo o texto, a Santa Sé prevê o uso de psicólogos para avaliar eventuais patologias e "feridas" psíquicas dos candidatos ao sacerdócio.
Além disso, o seminário deve ser negado também aos que encontram dificuldade "em viver a castidade do sacerdócio".
O documento, intitulado "Orientações para a utilização das competências psicológicas na admissão e na formação dos candidatos ao sacerdócio", apresentado ontem pela Congregação para a Educação Católica, foi aprovado pelo papa Bento XVI no último dia 9 de junho.
O livreto sugere aos reitores dos seminários e aos bispos a utilização de psicólogos, naturalmente de fé católica, para avaliar eventuais problemas não resolvidos dos candidatos ao sacerdócio.
"A formação deverá ser interrompida caso o candidato, apesar de seu empenho, o apoio do psicólogo ou da psicoterapia, continue manifestando incapacidade de enfrentar realisticamente as próprias graves imaturidades (fortes dependências afetivas, notável falta de liberdade nas relações, excessiva rigidez de caráter, falta de lealdade, identidade sexual incerta, tendências homossexuais fortemente enraizadas)", adverte o texto.
"O mesmo deve valer também no caso em que resultar evidente a dificuldade de viver a castidade no celibato, vivido como uma obrigação tão pesada capaz de comprometer o equilíbrio afetivo e de relações", continua.
Além disso, em uma outra passagem, o documento adverte que "não basta assegurar a capacidade de se abster do exercício sexual, mas é necessário também avaliar a orientação sexual".
O documento apresentado ontem retoma e reforça as indicações já contidas em uma nota anterior de 2005, redigida pela Santa Sé após a profunda crise dos padres pedófilos nos Estados Unidos e os inúmeros casos de homossexualidade entre membros do clero.

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