segunda-feira, 2 de novembro de 2009

A Doutrina do Purgatório.

Do Livro ´O que são as Indulgências´ do prof. Felipe Aquino

Desde os primórdios a Igreja, assistida pelo Espírito Santo (cf. Mt 28,20; Jo 14,15.25; 16,12.13), acredita na purificação das almas após a morte, e chama este estado, não lugar, de Purgatório.
Ao nos ensinar sobre esta matéria, diz o nosso Catecismo: “Aqueles que morrem na graça e na amizade de Deus, mas imperfeitamente purificados, estão certos da sua salvação eterna, todavia sofrem uma purificação após a morte, afim de obter a santidade necessária para entrar na alegria do céu.” (CIC, §1030)
Logo, as almas do Purgatório “estão certas da sua salvação eterna” e isto lhes dá grande paz e alegria. Falando sobre isso, disse o Papa João Paulo II: “Mesmo que a alma tenha de sujeitar´se, naquela passagem para o Céu, à purificação das últimas escórias, mediante o Purgatório, ela já está cheia de luz , de certeza, de alegria, porque sabe que pertence para sempre ao seu Deus.”( Alocução de 03 de julho de 1991; LR n. 27 de 07/7/91).

O Catecismo ensina que: “A Igreja chama de purgatório esta purificação final dos eleitos, purificação esta que é totalmente diversa da punição dos condenados. A Igreja formulou a doutrina da fé relativa ao Purgatório principalmente nos Concílios de Florença (1438´1445) e de Trento (1545´1563)”. (§ 1031) Portanto, o sofrimento purificador do purgatório é diferente daquele do inferno. “Este ensinamento baseia-se também sobre a prática da oração pelos defundos de que já fala a Escritura Sagrada: ‘Eis porque Judas Macabeus mandou oferecer este sacrifício expiatório em prol dos mortos, a fim de que fossem purificados de seu pecado’ (2 Mac 12,46).

Desde os primeiros tempos a Igreja honrou a memória dos defuntos e ofereceu sufrágios em favor dos mesmos, particularmente o sacrifício eucarístico, a fim de que, purificados, possam chegar à visão beatífica de Deus. A Igreja recomenda também as esmolas, as indulgências e as obras de penitência em favor dos defuntos”(§1032).

Devemos notar que o ensinamento sobre o Purgatório tem raízes já na crença dos próprios judeus, cerca de 200 anos antes de Cristo, quando ocorreu o episódio de Judas Macabeus. Narra-se aí que alguns soldados judeus foram encontrados mortos num campo de batalha, tendo debaixo de suas roupas alguns objetos consagrados aos ídolos, o que era proibido pela Lei de Moisés. Então Judas Macabeus mandou fazer uma coleta para que fosse oferecido em Jerusalém um sacrifício pelos pecados desses soldados. O autor sagrado, inspirado pelo Espírito Santo, louva a ação de Judas: “Se ele não esperasse que os mortos que haviam sucumbido iriam ressuscitar, seria supérfluo e tolo rezar pelos mortos. Mas, se considerasse que uma belíssima recompensa está reservada para os que adormeceram piedosamente, então era santo e piedoso o seu modo de pensar. Eis porque ele mandou oferecer esse sacrifício expiatório pelos que haviam morrido, afim de que fossem absolvidos do seu pecado”. (2 Mac 12,44s)
Neste caso, vemos pessoas que morreram na amizade de Deus, mas com uma incoerência, que não foi a negação da fé, já que estavam combatendo no exército do povo de Deus contra os inimigos da fé. Todo homem foi criado para participar da felicidade plena de Deus (cf. CIC, §1), e gozar de sua visão face´a´face. Mas, como Deus é “Três vezes Santo”, como disse o Papa Paulo VI, e como viu o profeta Isaías (Is 6,8), não pode entrar em comunhão perfeita com Ele quem ainda tem resquícios de pecado na alma. A Carta aos Hebreus diz que: “sem a santidade ninguém pode ver a Deus” (Hb 12, 14). Então, a misericórdia de Deus dá-nos a oportunidade de purificação mesmo após a morte. Entenda, então, que o Purgatório, longe de ser castigo de Deus, é graça da sua misericórdia paterna. O ser humano carrega consigo uma certa desordem interior, que deveria extirpar nesta vida; mas quando não consegue, isto leva-o a cair novamente nas mesmas faltas. Ao confessar recebemos o perdão dos pecados; mas, infelizmente, para a maioria, a contrição ainda encontra resistência em seu íntimo, de modo que a desordem, a verdadeira raíz do pecado, não é totalmente extirpada. No purgatório essa desordem interior é totalmente destruída, e a alma chega à santidade perfeita, podendo entrar na comunhão plena com Deus, pois, com amor intenso a Ele, rejeita todo pecado.

Com base nos ensinamentos de São Paulo, a Igreja entendeu também a realidade do Purgatório. Em 1Cor 3,10, ele fala de pessoas que construíram sobre o fundamento que é Jesus Cristo, utilizando uns, material precioso, resistente ao fogo (ouro, prata, pedras preciosas) e, outros, materiais que não resistem ao fogo ( palha, madeira). São todos fiéis a Cristo, mas uns com muito zelo e fervor, e outros com tibieza e relutância. E Paulo apresenta o juízo de Deus sob a imagem do fogo a provar as obras de cada um. Se a obra resistir, o seu autor “receberá uma recompensa”; mas, se não resistir, o seu autor “sofrerá detrimento”, isto é, uma pena; que não será a condenação; pois o texto diz explicitamente que o trabalhador “se salvará, mas como que através do fogo”, isto é, com sofrimentos. O fogo neste texto tem sentido metafórico e representa o juízo de Deus (cf. Sl 78, 5; 88, 47; 96,3).

O purgatório não é de fogo, já que a alma, sendo espiritual, não pode ser atingida pelo fogo terreno. No purgatório a alma vê com toda clareza a sua vida tíbia na terra, o seu amor insuficiente a Deus, e rejeita agora toda a incoerência a esse amor, vencendo assim as paixões que neste mundo se opuseram à vontade santa de Deus. Neste estado, a alma se arrepende até o extremo de suas negligências durante esta vida; e o amor a Deus extingue nela os afetos desregrados, de modo que ela se purifica. Desta forma, a alma sofre por ter sido negligente, e por atrasar assim, por culpa própria, o seu encontro definitivo com Deus. É um sofrimento nobre e espontâneo, inspirado pelo amor de Deus e horror ao pecado.

São Gregório Magno (540-604), Papa e Doutor da Igreja, já no século VI ensinava a possiblidade do perdão na outra vida: “No que concerne a certas faltas leves, deve´se crer que existe antes do juízo um fogo purificador, segundo afirma Aquele que é a Verdade, dizendo que se alguém tiver pronunciado uma blasfêmia contra o Espírito Santo, não lhe será perdoado nem no presente século nem no século futuro (Mt 12,31). Desta afirmação podemos deduzir que certas faltas podem ser perdoadas no século presente, ao passo que outras, no século futuro.” (CIC, § 1031)

O grande doutor da Igreja, São Francisco de Sales (1567´1655), tem um ensinamento maravilhoso sobre o purgatório. Ele ensinava, já na idade média, que é preciso tirar mais consolação do que temor do pensamento do Purgatório.
Eis o que ele nos diz:

1 - As almas alí vivem uma contínua união com Deus.

2 - Estão perfeitamente conformadas com a vontade de Deus. Só querem o que Deus quer. Se lhes fosse aberto o Paraíso, prefeririam precipitar´se no inferno a apresentar´se manchadas diante de Deus.

3 - Purificam´se voluntariamente, amorosamente, porque assim o quer Deus.

4 - Querem permanecer na forma que agradar a Deus e por todo o tempo que for da vontade Dele.

5 - São invencíveis na prova e não podem ter um movimento sequer de impaciência, nem cometer qualquer imperfeição.

6 - Amam mais a Deus do que a si próprias, com amor simples, puro e desinteressado. 7 - São consoladas pelos anjos.

8 - Estão certas da sua salvação, com uma esperança inigualável.

9 - As suas amarguras são aliviadas por uma paz profunda.

10 - Se é infernal a dor que sofrem, a caridade derrama´lhes no coração inefável ternura, a caridade que é mais forte do que a morte e mais poderosa que o inferno.

11 - O Purgatório é um feliz estado, mais desejável que temível, porque as chamas que lá existem são chamas de amor.” (Extraído do livro O Breviário da Confiança, de Mons. Ascânio Brandão, 4a. ed. Editora Rosário, Curitiba, 1981.)

AS ORAÇÕES PELOS MORTOSO:
Papa João Paulo II, no dia de finados de 1997, na Alocução mariana, disse:

“A tradição da Igreja exortou sempre a rezar pelos mortos. O fundamento da oração de sufrágio encontra´se na comunhão do Corpo Místico. Por conseguinte, recomenda a visita aos cemitérios, o adorno dos sepulcros e o sufrágio, como testemunho de esperança confiante, apesar dos sofrimentos pela separação dos entes queridos.” (LR, n. 45, de 10/11/91)

O Catecismo ensina que: “Reconhecendo cabalmente esta comunhão de todo o corpo místico de Jesus Cristo, a Igreja terrestre, desde os tempos primevos da religião cristã, venerou com grande piedade a memória dos defuntos...”(CIC, § 958)

São João Crisóstomo (349-407), que foi patriarca de Constantinopla, doutor da Igreja, ensina a necessidade de rezar pelos mortos:
“Levemos-lhes socorro e celebremos a sua memória. Se os filhos de Jó foram purificados pelo sacrifício de seu pai (Jó 1,5), porque duvidar que as nossas oferendas em favor dos mortos lhes leva alguma consolação? Não hesitemos em socorrer aos que partiram e em oferecer as nossas orações por eles” (CIC, §1032; In I Cor 41,5 PG 61,361).
O mesmo São João Crisóstomo afirma que “os Apóstolos instituíram a oração pelos mortos e que esta lhes presta grande auxílio e real utilidade” ( In Philipp. III 4, PG 62, 204, citado na Revista Pergunte e Responderemos n. 264, 1982, pp. 50´51).

É interessante notar que S. Paulo pede “que o Senhor conceda a Onesíforo encontrar misericórdia da parte do Senhor naquele dia!”( 2 Tm 1, 18). É uma oração por um defunto.

No início do século III, encontramos as Atas de Santa Perpétua de Cartago, na África, onde a mártir aparece orando por seu irmão Dinócrate, o qual morrera jovem: pedia que ele fosse transferido do lugar de padecimento em que se achava, para um “lugar de refrigério, de saciedade e de alegria”.
Finalmente, viu Dinócrate, de coração puro, revestido de bela túnica, a gozar de refrigério, saciedade e alegria, como uma criancinha que sai da água e se dispõe a brincar. ( Passio, S. Perpétua VIIs; PR, idem)

Nesta mesma época, Tertuliano (†202), de Cartago, atesta o uso de sufrágios na liturgia oficial de Cartago, que era um dos principais centros do cristianismo no século III. Diz, por exemplo, que “durante a morte e o sepultamento de um fiel, fora beneficiado com a oração do sacerdote da Igreja”. ( De anima 51; PR, ibidem)

São Cipriano (†258), bispo de Cartago, refere´se à oferta do sacrifício eucarístico em sufrágio dos defuntos como costume recebido da herança dos bispos seus antecessores ( cf. epist. 1,2). Nas suas epístolas é comum encontrar a expressão: “ oferecer o sacrifício por alguém ou por ocasião dos funerais de alguém”. ( Revista PR, 264, 1982, pag. 50 e 51; PR ibidem)

Falando da vida de Cartago, no século III, afirma Vacandart:
“Podemos de certo modo conceber o que terá sido a vida religiosa de Cartago em meados do século III. Aí vemos o clero e os fiéis a cercar o altar... ouvimos os nomes dos defuntos lidos pelo diácono e o pedido de que o bispo ore por esses fiéis falecidos; vemos os cristãos... voltar para casa reconfortados pela mensagem de que o irmão falecido repousa na unidade da Igreja e na paz do Cristo.” (Revue de Clergé Français 1907 t. Lil 151; PR, ibidem)

Acreditando na Comunhão dos Santos, a Igreja desde sempre rezou pelos mortos.
A Didascalia, ou “doutrina” atribuída aos Doze Apóstolos, do início do século III, usado pelos cristãos da Síria, dizia: “Ao fazerdes as vossas comemorações, reuni-vos, lede as Sagradas Escrituras... tanto em vossas assembléias quanto nos cemitérios. O pão duro que o pão tiver purificado e que a invocação tiver santificado, oferecei´o orando pelos mortos”.
Os chamados “Cânones de Hipólito” , que se referem à Liturgia do século III, contém uma rubrica sobre os mortos... “caso se faça memória em favor daqueles que faleceram...” (Canones Hippoliti, em Monumenta Ecclesiae Liturgica; PR, 264,1982)

Na primeira metade do século IV, o bispo Serapião de Thmuis, no Egito, compôs uma coletânea litúrgica, onde se pode ver a intercessão pelos irmãos falecidos: Por todos os defuntos dos quais fazemos comemoração, assim oramos:

"Santifica essas almas, pois Tu as conheces todas; santifica todas aquelas que dormem no Senhor; coloca´as em meio às santas Potestades (anjos); dá´lhes lugar e permanência em teu reino’” (Journal of Theological Studies t. 1, p. 106; PR , 264,1982)

“Nós te suplicamos pelo repouso da alma de teu servo( ou de tua serva) N. ; dá paz a seu espírito em lugar verdejante e aprazível, e ressuscita o seu corpo no dia que determinaste”. (PR, 264,1982)

Ainda podemos encontrar nas Constituições Apostólicas, do fim do século IV, redigidas com base em documentos bem mais antigos, no livro VIII da coleção, o seguinte: “Oremos pelo repouso de N. , afim de que o Deus bom, recebendo a sua alma, lhe perdoe todas as faltas voluntárias e , por sua misericórdia, lhe dê o consórcio das almas santas.”

No século III, Tertuliano (†220), já dava este testemunho:
“A esposa roga pela alma do seu esposo e pede para ele refrigério, e que volte a reunir´se com ele na ressurreição; oferece sufrágios todos os dias aniversários de sua morte”( De Monogamia, 10). Em todas as missas, em qualquer das formas da Oração Eucarística, a Igreja ora pelas almas:

1 - “Lembrai-vos também dos que morreram na paz do vosso Cristo e de todos os mortos dos quais só vós conheceis a fé”( Oração Euc. IV)

2 - “Lembrai-vos também dos nossos irmãos e irmãs que morreram na esperança da ressurreição e de todos os que partiram desta vida: acolhei´os junto a vós na luz da vossa face.”(Or. Euc. II)

3 - “Lembrai´vos dos nossos irmãos e irmãs ... que adormeceram na paz do vosso Cristo, e de todos os falecidos, cuja fé só vos conhecestes: acolhei´os na luz da vossa face e concedei´lhes, no dia da ressurreição, a plenitude da vida.” (Or. Euc. VI´A)

4 - “Ó Pai, sabemos que sempre vos lembrais de todos. Por isso, pedimos por aqueles que nós amamos... e por todos os que morreram em vossa paz.”(Or. Euc. IX´ crianças 1)

5 - “A todos os que chamastes para a outra vida na vossa amizade, e aos marcados com o sinal da fé, abrindo os vossos braços, acolhei´os. Que vivam para sempre bem felizes no reino que para todos preparastes.”(Or. Euc. V)

Nas Catequeses Mistagógicas, de S. Cirilo de Jerusalém (†386), assim ele diz:
“Enfim, também rezamos pelos santos padres e bispos e defuntos e por todos em geral que entre nós viveram; crendo que este será o maior auxílio para aquelas almas, por quem se reza, enquanto jaz diante de nós a santa e tremenda vítima”(Cat. Mist. 5, 9, 10, Ed. Vozes, 1977, pg. 38)

“Da mesma forma, rezando nós a Deus pelos defuntos, ainda que pecadores, não lhe tecemos uma coroa, mas apresentamos Cristo morto pelos nossos pecados, procurando merecer e alcançar propiação junto a Deus clemente, tanto por eles como por nós mesmos.”
Desde os seus primórdios a Igreja acredita e ensina a eficácia da oração de uns pelos outros, membros do mesmo corpo de Cristo.

Santo Ambrósio ( 340´397), bispo e doutor da Igreja de Milão, que batizou S.Agostinho, no século IV já dava este testemunho: “... assim como é redimido do pecado e purificado no homem interior, por algumas obras de todo o povo, aquele que é lavado pelas lágrimas do povo. Pois concedeu Cristo à sua Igreja, que por todos resgatasse um, ela que mereceu o advento do Senhor, para que por um só, todos fossem remidos” ( DI, ref. 29). Não só a Igreja ora pelos mortos, como também ensina que eles intercedem por nós.

O nosso Catecismo afirma que: “A nossa oração por eles [no Purgatório] pode não somente ajudá´los, mas também torna eficaz a sua intercessão por nós”. (CIC, § 958) Os santos, especialmente os místicos, invocavam as almas do purgatório. Que elas “nos obtenham a graça de voltar à amizade do Coração de Jesus...”.

Escreve Santa Margarida Maria Alacoque (Carta 480); e ainda:
“E a estas [almas] rogareis... que empreguem seu poder para nos conseguir a graça de viver e morrer no amor e fidelidade ao Sagrado Coração de Nosso Senhor Jesus Cristo...”(desafio, 58).

Muitos teólogos, como o próprio São Roberto Belarmino ( lib. 2 de Purgat. c. 4), de renome na Igreja, afirmam que a invocação das almas do purgatório é utilíssima.
Em 1700, o Papa Clemente XI erigiu uma Confraria “Sub invocatione animarum purgatorii” (Sob a invocação das almas do purgatório).

Também o Papa João Paulo II confirma com o seu ensinamento esta verdade: “... Igreja do Céu, Igreja da Terra e Igreja do Purgatório estão misteriosamente unidas nesta cooperação com Cristo para reconciliar o mundo com Deus.”(Reconciliatio et poenitentia, 12).

Falando da Confissão o Papa diz: “... é inegável a dimensão social deste sacramento, no qual é toda a Igreja militante (na terra), a padecente (no Purgatório), e a triunfante ( no Céu) ´ que intervém em auxílio do penitente e o acollhe de novo em seu seio, tanto mais que toda a Igreja fora ofendida e ferida pelo seu pecado”. (RP, 31, IV).

Em outra ocasião o Papa ensinou que: “Numa misteriosa troca de dons, eles [no purgatório] intercedem por nós e nós oferecemos por eles a nossa oração de sufrágio “ ( LR de 08/11/92, p. 11).

E reafirmou em 02/11/94, que: “... os vínculos de amor que unem pais e filhos, esposas e esposos, irmãos e irmãs, assim como os ligames de verdadeira amizade entre as pessoas, não se perdem nem terminam com o indiscutível evento da morte. Os nossos defuntos continuam a viver entre nós, não só porque os seus restos mortais repousam no cemitério e a sua recordação faz parte da nossa existência, mas sobretudo porque as suas almas intercedem por nós junto de Deus”.

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