domingo, 31 de agosto de 2008

Clodovis Boff abandona Teologia da Libertação

Irmão de Leonardo Boff rompe com Teologia da Libertação, pelo menos na sua forma atual Síntese:
Quer-se mostrar aqui que a Teologia da Libertação partiu bem, mas, devido à sua ambigüidade epistemológica, acabou se desencaminhando: colocou os pobres em lugar de Cristo. Dessa inversão de fundo resultou um segundo equívoco: instrumentalização da fé "para" a libertação. Erros fatais, por comprometerem os bons frutos desta oportuna teologia. Numa segunda parte, expõe-se a lógica da Conferência de Aparecida, que ajuda aquela teologia a "voltar ao fundamento": arrancar de Cristo e, a partir daí, resgatar os pobres.Queremos aqui, numa primeira parte, fazer um questionamento de fundo da Teologia da Libertação (=TdL). A intenção não é desqualificar a TdL, mas, antes, defini-la de modo mais claro e refundá-la sobre bases originárias. Só assim se podem garantir seus ganhos inegáveis e seu futuro.Apresentaremos, num segundo momento, a lógica que o Documento de Aparecida pôs em operação. Entendemos mostrar por aí como a TdL pode ser reconduzida aos seus fundamentos, ser incorporada num horizonte mais amplo e, assim, assegurar o que ela tem de melhor.
Reconhecemos que a análise que faremos da TdL é um tanto trabalhosa e sinuosa, enquanto a de Aparecida é mais fluente e linear. De todos os modos, andaremos aqui a grandes passadas, sem podermos explicar tudo e nem nos determos em detalhes.
Adiante, escreve Clodovis, professor na Pontifícia Universidade Católica do Paraná, sobre o que chamo substituição do dogma da cruz pelo dogma da luta de classes:
Que acontece então na prática teórica da TdL? Acontece uma "inversão" de primado epistemológico. Não é mais Deus, mas o pobre, o primeiro princípio operativo da teologia. Mas, uma inversão dessas é um erro de prioridade; por outras, é um erro de princípio e, por isso, de perspectiva. E isso é grave, para não dizer fatal.Que o pobre seja um princípio da teologia ou uma perspectiva (ótica ou enfoque), é possível, legítimo e mesmo oportuno. Mas apenas como princípio segundo, como prioridade relativa. Se assim é, a teologia que arranca daí, como é a TdL, só pode ser um "discurso de segunda ordem", que supõe em sua base uma "teologia primeira".Contudo, não parece que a TdL tenha essa consciência, pois se pensa, para todos os efeitos, como uma teologia inteira à parte, substituindo ou dispensando a "teologia primeira" e fundindo ou, melhor, confundindo o nível "transcendental" com o "categorial". Em sua prática teórica, continua a pôr o "pobre" como seu princípio, centro e fim. E ainda que não o faça com plena consciência e consentimento epistemológico, o resultado, na prática, é o mesmo, e isso, como dissemos, por causa da ambigüidade com que esta questão essencial é aí tratada.
http://veja.abril.com.br/blogs/reinaldo

terça-feira, 26 de agosto de 2008

Lei das Rádios Comunitárias em 1998 (Lei Nº 9.612)

Mesmo com a aprovação da Lei das Rádios Comunitárias em 1998 (Lei Nº 9.612), nestes dez anos ainda existem muitas rádios comunitárias no ar sem outorga, porque o Ministério das Comunicações utiliza este meio para submeter rádios na manutenção de sua política, pois existe muita burocracia para as rádios comunitárias verdadeiras terem esta liberação. Por isso colocamos a rádio no ar, sem a concessão e corremos este risco pelo benefício que a rádio comunitária traz para a comunidade, para a sociedade e para a organização popular, porque ela dá mais força às nossas reivindicações (sem falar da própria necessidade de ter um meio de comunicação que de fato nos represente, que nos informe e que abra espaço para os verdadeiros artistas).É um instrumento de luta e de conquista de direitos, dando vez e voz às pessoas da comunidade que querem ser reconhecidas como sujeitos políticos e de transformação.

Nos últimos 10 anos foram mais de 20 mil rádios fechadas, mais de 5 mil companheiros e companheiras processadas e 130 milhões de reais em equipamentos apreendidos.

Queremos a outorga, mas esta não é a nossa luta principal, porque sabemos, infelizmente, que só sai por vontade política e o que menos se tem no capitalismo é vontade. Pelo menos a vontade de ter rádios comunitárias que cumpram sua função, pois representa um perigo para os interesses da burguesia nacional e internacional.
As concessões saem para quem tem influência política. Muitas rádios estão de posse de familiares de parlamentares (chamados laranjas).
O nosso papel é fazer comunicação de qualidade, que contribua com o desenvolvimento crítico para libertação do povo e por uma nova sociedade. Este ato mostrou - e foi uma oportunidade para muitos - que unidos somos mais fortes e há necessidade de organização popular. Portanto assumimos um compromisso de que este foi apenas um ponto inicial e que, a partir de agora, vamos para as ruas todas as vezes que for preciso, pois criminoso é o capitalismo e a mídia burguesa, que esconde os fatos pelo qual o povo é explorado.
Viva a luta das rádios comunitárias!

http://www.orkut.com.br/Profile.aspx?uid=13503455999190299715

sábado, 23 de agosto de 2008

Revelações do arquivo secreto vaticano: templários não foram hereges

Ainda que tenham se corrompido, o processo foi manipulado pelo rei da França.
Sexta-feira, 22 de agosto de 2008 (ZENIT.org).
Os documentos originais do processo contra os templários, encontrados no Arquivo Secreto do Vaticano, demonstra que foram infundadas as acusações de heresia, ainda que constatem que eles viveram um processo de degradação, revelou «L’Osservatore Romano».
O jornal da Santa Sé publicou em 21 de agosto um artigo de Bárbara Frale, pesquisadora da Biblioteca Vaticana e autora de vários livros sobre o tema, no qual enfoca a ordem militar mais poderosa da Idade Média.
Em sua origem, os templários eram um grupo de voluntários que vivia no Santo Sepulcro, em Jerusalém, oferecendo suas capacidades como guerreiros para defender os peregrinos que viajavam para a Terra Santa.
Graças à mediação de São Bernardo de Claraval, o Papa Honório II aprovou a fundação da Ordem Templária no Concílio de Troyes de 1129.
«Em 50 anos, o Templo se converteu em uma espécie de rica multinacional ao serviço da cruzada», explica a autora.
Apresentando a falsa acusação de heresia, o rei da França, Felipe o Belo, a ponto de falir, buscou apropriar-se dos bens da ordem.
Para conseguir seu objetivo, o rei da França, em 1307, apoiou-se na Inquisição da França.
«A acusação era de heresia», segundo a ordem de detenção emitida pelo rei. «Os templários praticavam em segredo ritos pagãos e haviam abandonado a fé cristã.»
Segundo a pesquisadora, «graças a afortunados descobrimentos das atas conservadas no Arquivo Secreto Vaticano, hoje sabemos que a disciplina primitiva do Templo e seu espírito autêntico se haviam corrompido com o passar do tempo, caindo na decadência e deixando aberta a difusão dos maus costumes».
«Mas de nenhum modo se haviam convertido em hereges e o processo foi em definitivo um meio para apropriar-se de seu patrimônio», afirma a autora do artigo.
De fato, a detenção por parte de Felipe o Belo «era um ato totalmente ilegal, pois só o Papa tinha faculdade para investigar sobre uma ordem religiosa da Igreja de Roma, como era precisamente a do Templo», indica.
O Papa Clemente V (Bertrand de Got, 1305-1314) foi submetido à chantagem do rei, que ameaçou começar um cisma caso não suprimisse a ordem.
«O pontífice suprimiu a ordem sem pronunciar uma sentença – declara o jornal vaticano – e no Concílio de Viena de 1312 pediu que se declarasse nas atas que o processo não havia oferecido provas contrárias de heresia contra eles.»
«Sobre a história dos templários ainda há verdadeiramente muito que investigar. E o estudo da espiritualidade desta antiga ordem religiosa dará à cultura contemporânea outros novos motivos de discussão», anuncia a pesquisadora.

Santidade não é privilégio de poucos», diz Papa

Bento XVI declarou nesta quarta-feira que a santidade não é um privilégio de poucos e assegurou que Deus gosta dos santos «normais».
«A santidade se oferece a todos; é, na realidade, o destino comum de todos os homens chamados a ser filhos de Deus», afirmou durante a audiência geral que concedeu a cerca de 4 mil peregrinos congregados na residência pontifícia de Castel Gandolfo.
A experiência pessoal dos santos «mostra que a santidade não é um luxo, não é um privilégio de poucos, uma meta impossível para um homem normal», explicou.
Segundo o Papa, a santidade «se oferece a todos; naturalmente, nem todos os santos são iguais: são, de fato, o espectro da luz divina. E um grande santo não é necessariamente aquele que possui carismas extraordinários».
De fato, acrescentou, «há muitíssimos cujos nomes só Deus conhece, porque na terra levaram uma existência aparentemente normalíssima. E precisamente são estes santos ‘normais’ os santos que Deus habitualmente quer».
«Dia após dia a Igreja nos oferece a possibilidade de caminhar em companhia dos santos. Hans Urs von Balthasar escrevia que os santos constituem o comentário mais importante do Evangelho, sua atualização no dia-a-dia e, portanto, representam para nós uma via real de acesso a Jesus», acrescentou.
«Que importante e proveitoso é, portanto, o empenho em cultivar o conhecimento e a devoção aos santos, junto à cotidiana meditação da Palavra de Deus e o amor filial a Nossa Senhora!»
Santos, modelos de vida
O Papa dedicou a alocução de seu encontro semanal com os peregrinos a falar de alguns dos santos cuja memória se celebra nestes dias, entre eles, Santa Rosa de Lima, São Pio X e São Bernardo de Claraval.
Deste último recordou que «se sobressaia em ‘fazer destilar dos textos bíblicos o sentido que se encontrava escondido neles’».
São Bernardo também «foi definido ‘doutor mariano’, não porque tenha escrito muitíssimo sobre a Mãe de Deus, mas porque soube captar seu papel essencial na Igreja, apresentando-a como o modelo perfeito da vida monástica e de toda outra forma de vida cristã».
De São Pio X, cuja festa se celebra amanhã, destacou a luta e sofrimento deste Papa pela liberdade da Igreja, pela qual se revelou disposto a sacrificar privilégios e honras, a enfrentar incompreensões, enquanto valorizava esta liberdade como garantia última para a integridade e a coerência da fé».
Recordou também São João Eudes, promotor da devoção ao Sagrado Coração de Jesus e Maria, cuja memória se celebrou ontem, e Santa Rosa de Lima, a primeira santa canonizada da América Latina.
«Santa Rosa costumava repetir: ‘Se os homens soubessem o que é viver em graça, não se assustariam com nenhum sofrimento e sofreriam com alegria qualquer pena, porque a graça é fruto da paciência’», explicou o Papa.
Destacou também a festividade de Maria Virgem Rainha, «memória instituída pelo Servo de Deus Pio XII em 1955, e que a renovação litúrgica querida pelo Concílio Vaticano II pôs como complemento da festividade da Assunção, já que ambos privilégios formam um único mistério».
Utilizando palavras do escritor francês Jean Guitton, o Papa afirmou que os santos são «como as cores do espectro em relação com a luz, porque com tonalidades e acentos próprios cada um deles reflete a luz da santidade de Deus».
«Seu exemplo testifica que só quando se está em contato com o Senhor, vive-se cheio de paz e de alegria e se está em condições de difundir por todas as partes serenidade, esperança e otimismo», acrescentou.
Finalmente, exortou os fiéis a se deixarem «atrair pela fascinação sobrenatural da santidade». «Que Maria, a Rainha de todos os santos, nos obtenha esta graça, Ela que é Mãe e Refúgio dos pecadores!», concluiu.

Segredo de uma homilia

Pregar com muita clareza Deve-se poder ouvir Deus através da fala , segundo um artigo de L’Osservatore Romano
CIDADE DO VATICANO, terça-feira, 19 de agosto de 2008 (ZENIT.org).-
Coerência na própria vida e a brevidade e concretização na mensagem são aspectos necessários para que uma homilia atinja seu propósito de comunicar: é o conselho que propõe o sacerdote especialista em comunicação Dario Edoardo Viganò, em um artigo publicado em 13 de agosto passado em L’Osservatore Romano.
O autor fala da estruturação da homilia a partir do ponto de vista comunicativo, um tema «complexo», já que «não se trata de copiar ou adotar as formas discursivas mais difundidas no panorama da mídia».
Não se trata, portanto, de realizar uma classificação de tipos de homilia desde o ponto de vista meramente comunicativo, «desde as homilias ‘spot’ às homilias ‘blog’ (tipo diário), das homilias ‘chakra’ (ou narrações ‘new age’ de sugestões fortes e significados vagos)».
Na práxis homilética não estão em jogo aspectos meramente instrumentais, mas «o perfil de uma comunicação que é sacramental», e na qual «se deve poder ouvir Deus que fala».
«Falar da homilia, portanto, significa ser conscientes de que ela está feita de complexidade e de beleza. Ainda que tenha sido marginalizada, maltratada, às vezes complicada ou clericalizada, ou às vezes sugestiva e acertada, a homilia representa um verdadeiro eixo essencial e irrenunciável da liturgia.»
Viganò explica que a homilia é, antes de tudo, um jogo comunicativo de «complexidade fascinante» e ao mesmo tempo de «cativante excentricidade», sobre o qual seria excessivamente redutivo aplicar a típica tipologia da linguagem.
«Não faltam estudos empenhados em desenvolver algo sistemático, quase uma metodologia da homilia», acrescenta. «Existem há muito tempo os dicionários de homilética, textos que sugerem métodos de preparação a partir de diferentes modelos de homilias, inclusive esquemas já preparados.»
Apesar disso, não existe, segundo Viganò, um «modelo» de homilia, mas «o jogo da homilia deve ser concebido como a escuta comum e compartilhada da Revelação que chega através da Palavra e da história».
«Ainda mais, trata-se de uma grande ocasião de recompor e reconhecer a memória, as identidades pessoais e coletivas e, por outro lado, de orientar os projetos e percursos de ação social.»
Alguns conselhos
Apesar dessa complexidade, Viganò assinala dois aspectos importantes para que a homilia alcance seu propósito comunicativo: a coerência de vida do pregador e a brevidade e concretização da mensagem.
Tomando uma frase de São Bernardino de Sena, padroeiro dos publicitários, Viganò insiste em que a chave está na clareza da homilia: «Que o pregador fale com muita, muita clareza, para que quem escuta fique contente e iluminado, e não deslumbrado».
Com relação à coerência, o autor recorda uma frase do filósofo Soren Kierkegaard, que advertia que «a diferença entre um pastor e um ator é precisamente o momento existencial; que o pastor seja pobre quando prega a pobreza, que seja escarnecido quando exorta a suportar o escárnio. Enquanto o ator tem a tarefa de enganar eliminando o momento existencial, o pregador tem precisamente o dever, no sentido mais profundo, de pregar com sua própria vida».
Sobre a brevidade, Viganò explica que se trata de evitar tanto as «homilias inexistentes» como as «homilias sem fim».
«São Francisco exortava seus frades a que na pregação usassem palavras ponderadas e castas, para utilidade e edificação do povo, anunciando aos fiéis os vícios e as virtudes, a pena e a glória, com discurso breve, porque o Senhor disse na terra palavras breves.»
O sacerdote Dario Edoardo Viganò é diretor da revista especializada em cinema Il Cinematografo, presidente do Ente dello spettacolo, fundação italiana dedicada ao cinema, e presidente do Instituto Pontifício Redemptor Hominis, da Universidade Pontifícia Lateranense.

sexta-feira, 22 de agosto de 2008

DIOCESE DE VOLTA REDONDA PARTICIPA DO 8º MUTIRÃO BRASILEIRO DE COMUNICAÇÃO

DIOCESE DE VOLTA REDONDA PARTICIPA DO 8º MUTIRÃO BRASILEIRO DE COMUNICAÇÃO

Com cerca de duzentas pessoas de vários regionais da CNBB foi realizado o 5º Mutirão Brasileiro de Comunicação, em Belém (PA), com a participação ativa da Pastoral da Comunicação (Pascom) da Diocese de Barra do Piraí Volta Redonda, com o jornalista e responsável pela comunicação da diocese Vagner Mattos.
O Muticom teve como tema: “Comunicação e Amazônia”, e lema: “Fé e Cultura de Paz”, sendo aberto com a apresentação do cantor de MPB Nilson Chaves, suas canções divulgam as belezas da região Amazônica, enfocando as matas, rios, as tradições do povo, e a devoção a Nossa Senhora de Nazaré, mostrado com vídeos aos presentes. A conferência de abertura foi assessorada pelo jornalista da Folha de São Paulo, Leandro Beguoci que apresentou os meios de comunicação como uma forma de ajudar a mudar a realidade, porém com a dificuldade de pautar as notícias que a Igreja e organizações populares realizam.
No segundo dia, o arcebispo de Belém, e responsável pelo Setor de Comunicação da CNBB, Dom Orani João Tempesta falou sobre “Comunicação e Fé” destacando o papel da mídia católica no país, com o avanço das tevês de inspiração cristã, principalmente por sua importância na cobertura de assuntos religiosos, como a 5ª CELAM e a visita do Papa.
“Não queremos fazer proselitismo da religião nos MCS, mas sabemos de nossos limites e até que ponto precisamos melhorar e sermos mais eficientes em vários quesitos. Mas como sermos construtores da paz neste universo midiático? Creio que é preciso expandir a presença da Igreja nas regiões Norte e Nordeste do país e em outras mais desligadas”, disse o arcebispo, acrescentando que o Ministério das Comunicações não vem distribuindo concessões para rádio comunitárias, nem educativas, que de acordo com ele, não há boa vontade deles, tão pouco interesse que a Igreja obtenha meios próprios de comunicação.
O padre Bruno Secchi falou sobre “Comunicação e Cultura da Paz” apontando os desafios para superar a violência, pois lembrou que vivemos mergulhados numa cultura da violência, onde as pessoas fazem e querem a justiça pelas próprias mãos, e a mídia projeta com intensidade e sensacionalismo a violência e o sentimento de medo e pavor. “A pessoa humana está ferida, operários recebem baixos salários, população abandonada na miséria, sem dignidade de moradia, educação, saúde, onde o Estado deveria ser mãe e não madrasta”, afirmou Bruno destacando que no bairro Terra Firme, periferia de Belém (PA), são cerca de 90 mil habitantes que dispõem apenas de uma creche para atender somente 100 crianças, e as famílias sofrem com a marginalidade infantil. “Infelizmente a pessoa humana não é mais a centralidade da comunicação”, finalizou.
O jornalista Lúcio Flávio Pinto explanou sobre “Comunicação e Amazônia”, perguntando a platéia se realmente sabemos o que é a Amazônia? Segundo ele é muito difícil e complexo compreender esta região devido sua geografia extensa. “Fiz campanha contra uma hidrelétrica que queria se instalar partindo da idéia que o solo amazônico é ruim, a floresta tem uma especificidade diferente de qualquer floresta do mundo. Desmatamos e não pensamos em sua geografia, que é exepcional, a agredimos com os colonizadores fizeram. Temos que recuperar o cuidado que os índios tinham com ela”, frisou Lúcio Flávio, lembrando que a ocupação humana amazônica é milenar com mais de sete mil anos. O pior é que já acabamos com a floresta numa extensão do tamanho do Estado de São Paulo. A floresta é o bem maior da floresta, onde tudo funciona em harmonia. A população indígena era maior do que a de Portugal com mais de dois milhões de línguas. Na linha de pesquisa nosso governo não investe nada, e isso fortalece o desconhecimento da amazônia, facilitando a invasão estrangeira com grandes empresas multinacionais de pesquisa. Neste caso os Estados Unidos nem precisam ocupar a Amazônia, é só continuar com o governo que temos”, disse o jornalista prevendo uma catástrofe sem retorno para humanidade caso não trabalhemos pela preservação da única floresta que restou do planeta. “A Amazônia é o último domínio de água e floresta, depois que ela acabar não teremos mais possibilidade na terra”, apelou Lúcio Flávio lembrando que precisamos de autonomia nesta região e obter informações precisas afim de preservá-la, ao invés de exterminá-la”.
Em um outro painel os regionais da CNBB informaram como vem se organizando nos últimos dois anos: Norte 2 realizou seu I Muticom em 2006 em Belém, com a presença de 300 pessoas. Mesmo com a dificuldade de transporte a Pascom vem crescendo no regional.
Nordeste 2 – A Pascom começou do zero, a maioria das dioceses não tinham nenhuma organização de Pascom. Realizado o I Muticom em 2006, com grandes resultados e destaque pelo acompanhamento e apoio direto de Dom Irineu, da Diocese de Garanhus, que infelizmente foi transferido para Joinvile (SC). O 2º Muticom será realizado de 26 a 28/10/07, em Natal com 17 oficinas.
Sul 1 – Realizou o 1º Muticom em 2004, com a presença de 30 dioceses das 47 que formam o regional, no Estado de São Paulo. O 2º Muticom, realizado em 2006, e o 3º Muticom será em 2008. A Diocese de Catanduva (SP) realizou um Fórum de comunicação com o tema do Dia Mundial da Comunicação 2007, com apoio do Senac, realizaram oficina de Leitura Crítica da Comunicação, e passeata envolvendo a Pastoral da Educação.
Sul 3 – Vem promovendo a Escola de Comunicação durante as férias de julho e janeiro com a participação de centenas de pessoas. Das 17 dioceses do regional, apenas 4 não tem Pascom. Não promoveram Muticom, mas seminários. Destaque para o trabalho da Rádio da Diocese de Santa Cruz do Sul, comprado com o trabalho de todos os diocesanos.
Ne 1 – Promoveu encontros regionais de comunicação, realizou várias atividades para comemorar os 10 anos da Pascom no regional. Duas dioceses possuem rádios próprias.
Le 1 – Com a apresentação de Vagner Mattos e o padre Jac da Diocese de Petrópolis, o Leste 1 foi destacado, devido ao trabalho com as 10 dioceses, sendo que três não vem participando das reuniões do regional. Foi realizado dois seminários em 2005 e 2006, destaque para a Pascom da Diocese de Volta Redonda que já promoveu o 8º Muticom e nunca deixou de participar do Muticom Brasileiro. O 1º Muticom Regional será realizado de 17 a 21 de julho de 2008, na Diocese de Petrópolis.
O terceiro dia foi aberto com assessoria de Maria Doly, que falou sobre a “Promoção da Vida e Família”, Maria ressaltou que a vida é um direito de todos, e senão tivermos um bom trabalho de organização da comunicação esta vida corre imenso perigo, como é o caso do Aborto. Segundo ela é preciso leis que amparem o casamento, o direito das crianças, do feto, e políticas públicas para que todas tenham direito de ter uma família numerosa. Os MCS fazem a banalização do sexo, da genitalidade do homem e da mulher. Segundo pesquisas 90% da população não quer a legalização do aborto. “Morrem cerca de três mil mulheres por ano, em contato com animais e plantas por envenenamento, isto é questão de saúde pública, grave e ninguém fala nada. Uma das formas para tentar legalizar o aborto é deturpar as estatísticas, arrumar uma vítima, que no caso a Igreja vem reagindo,mas precisamos pressionar nossos parlamentares federais para que não votem a favor do Projeto de Lei 1135/91, em votação na Comissão de Seguridade Social da Família”, afirmou Doly, que apresentou o filme “Grito Silencioso”, que mostra como os médicos fazem o aborto.
O padre Nelo Rufaldi, do CIMI falou sobre a “Cultura Indígena” recordando a dor dos povos indígenas ao verem suas árvores caídas, os rios e os peixes mortos pela ação do homem branco, parecido com o filme sobre o aborto. De acordo com Nelo os índios vem conseguindo preservar sua cultura através do uso dos MCS, que são explorados a favor da cultura de seus povos. “Hoje as aldeias se comunicam com mais rapidez, cada um sabe como o outro vem sofrendo, e isto ajuda a organizar uma luta conjunta, graças aos veículos de comunicação como o vídeo, o DVD, o CD, a internet. Mas sabemos que é preciso avançar muito, porque apenas o estado do Amapá tem as terras indígenas demarcadas”, lembrou padre Nelo, destacando que a mídia também trabalha contra os índios a favor dos fazendeiros latifundiários.
Pelo Comitê irmã Doroth Stang, Denailson disse que vem ganhando força a luta contra a impunidade dos mandantes de crimes contra os trabalhadores rurais e líderes sindicais, e o comitê procura buscar apoio e vem conquistando da CRB e entidades internacionais que apóiam a justiça. “Temos que lutar contra o coronelismo que tem o apoio da mídia é claro. Outra classe que precisamos resgatar é a dos jornalistas que são profissionais exclusivos dos poderosos atualmente, parece que eles não estão preocupados mais com o social, e sim com eles próprios”, disse Denailson, ressaltando o trabalho do jornalista Lúcio Flávio que vem denunciando as ações dos poderosos da região Norte e tem dificuldade de divulgar informações verídicas sobre a Amazônia.
O quarto dia teve a assessoria da antropóloga, Dra Eneida Assis, que falou sobre o tema: “Mídias, imaginários e culturas amazônicas”. Ela disse que a Amazônia não é apenas uma terra composta de estados e municípios, pois quando falamos em Pulmão verde a idéia é velha, e agora a nova terminologia é o aquecimento global. Não é preciso irmos a floresta amazônica para vermos a degradação ambiental, é só repararmos como nossos rios em nossas cidades são tratados, nossas praças públicas e ruas. Nossos povos indígenas vivem numa situação dramática com a invasão em seu solo, o asfaltamento absurdo da rodovia transamazônica. “O desmatamento é nocivo e reflete o modelo de política estabelecido na Amazônia, chamado o milagre Brasileiro, que ganhou ênfase maior nos anos 60 e força maior nos anos 70, e esta situação passa modificar do que deve ser desmatado a partir de 2000, a necessidade de estabelecer zoneamento de áreas de conservação, próximas as chamadas terras indígenas. Este desmatamento precisa parar, porque esta política de reflorestamento é muito fraca, não tem o peso que deveria ter, e quando falamos em reflorestamento só falamos de madeira vegetais voltadas para o corte de madeira, e não o reflorestamento que vem sendo discutido há apenas dois anos a base das espécies amazônicas. O desenvolvimento sustentável já começou, mas acredito que agora com o governo de Ana Júlia (PT) tende a intensificar, pois a discussão do aquecimento global, essa nova visão da sustentabilidade ganhou uma nova aliada, o aquecimento é uma ameaça não só aos povos, mas principalmente para a Amazônia, que a seca de 2006, mostrou um pouco das conseqüências”, disse Eneida, frisando que é preciso divulgar mais as ações positivas a respeito da Amazônia que são veiculados apenas pela Amazon SAT, onde poucas pessoas tem acesso a esta programação.
A doutora em comunicação, irmã Joana Puntel (fsp) começou sua explanação dizendo que é uma redundância conceituarmos a mídia como um grande feito da humanidade, mas sim dizermos que a comunicação é um grande feito da humanidade, e seu estudo é pouco difundido. “Vivemos bombardeados atualmente com informações e imersos nesta cultura midiática, e não prestamos a atenção o quanto a comunicação é a possibilidade de articular melhor a sociedade. O grande desafio hoje é a manipulação dos meios de comunicação, pois quem tem facilidade e rapidez tem o poder nas mãos”, destacou irmã Joana, lembrando que a pessoa humana vive dois mundos: dos compromissos das práticas e o mundo da fantasia e do imaginário.
O padre Manoel Filho apresentou o trabalho de Pascom que sendo efetivado há sete anos na Arquidiocese de Salvador, que de acordo com ele é preciso trabalhar a Espiritualidade da Comunicação em conjunto com o específico da formação da comunicação nesta pastoral. “Estamos num momento bom, e temos um projeto dividido por setores em nível paroquial, de formação de agentes e de mídias, porque temos 115 paróquias, e queremos capilarizar este setor com formação e cursos rápidos, articular mais os MCS da arquidiocese, site, desenvolver o jornal da arquidiocese para toda a sociedade, e programa de tevê em parceria com a CNBB, e também com Crateús e Manaus, que estão trabalhando conosco neste programa. Pouco a pouco as pessoas vão entendendo que comunicar é evangelizar, e precisam ter formação para isto. O curso de formação rápido na área de oratória, capacitação de recursos são muito procurados”, destacou padre Manoel.
O padre César Moreira da Tevê Aparecida (SP) falou sobre “Mídia Católica e Evangelização”, ele vê com grande êxito a presença da Igreja na tevê, com os diversos canais, e cada um com sua linha de trabalho, mas lembrou que é preciso melhorar muito o conceito de comunicação e do fazer comunicação na Igreja, que passa pela ação nos meios. “Precisamos entender que comunicar é relacionar e neste sentido todos temos o dever de nos ajudarmos mutuamente”, disse César, acrescentando a mídia é utilitarista.
A jornalista da Tevê Liberal (Globo Local), Jaqueline Almeida falou sobre “Comunicação e Missão nas Periferias”, ela trabalha numa ong a CEDECA/Emaús de proteção a infância e adolescência em Belém (PA). Jaqueline disse que a comunicação não é reconhecida como um direito à voz, e de expressão para a cidadania. “A mídia é um mal necessário! Quando falamos em periferia temos que levar em conta a realidade das pessoas, e procurar aproveitar as novas tecnologias para divulgar bons exemplos, como é o caso da cartilha de direitos humanos que fizemos no CEDECA para apoiar as crianças e adolescentes em situação de risco. Fomos até o local onde a marginalização acontece, um trabalho profissional de pesquisa de campo, que muito contribui para atacarmos o problema e buscarmos soluções conjuntas”, afirmou Jaqueline.
O arcebispo emérito da Arquidiocese de Belém (PA), Dom Zico que completa 80 anos em agosto, disse que o Muticom foi um marco para a Igreja do Brasil e o tema suscitou a ousadia de enfrentar o desafio com coragem. “Me alegro por ter sediado o evento, e realçou a posição do papel dos comunicadores em relação à Amazônia, e ela deve ser vista e amada como um dom de Deus por todos nós. Vejo que a comunicação está crescendo no país. É uma benção de Deus a Pascom e os meios que possuímos como a rádio e a tevê Nazaré, que é difundida em toda a Amazônia”, destacou Dom Zico.

NOVIDADES DO 5º MUTICOM PARA A DIOCESE NO CAMPO DA FORMAÇÃO

Vagner Mattos trouxe três novidades do 5º Muticom: o Curso de Crítica de Cinema, (Comunicação e Família, grupo de estudo), e material de conscientização para jovens e adultos sobre a questão do Aborto. O repasse destes cursos serão aplicados nas reuniões da Pascom nos regionais: 1ª Terça-Feira do mês, na Matriz de São Sebastião em Barra Mansa às 19h. Na primeira segunda-feira do mês, na Matriz de N.Senhora da Conceição em Resende às 19h. Na última quinta-feira do mês, na Cúria Diocesana em Volta Redonda. No 9º Muticom em abril de 2008, será oferecido o Curso de Crítica de Cinema, onde abriremos inscrições a partir de fevereiro de 2008.
Além dos cursos rápidos e volantes que a Pascom Diocesana já oferece, agora contaremos com a ampliação dos conteúdos. Dois filmes foram analisados no curso: Conceição Nobre de Walter Sales, e Expedito, que ganhou o Prêmio Margarida de Prata da CNBB, e em breve estará em cartaz nos cinemas. O curso de Crítica de Cinema foi assessorado pelo professor Miguel Pereira, da PUC/Rio. Em relação ao grupo de estudos sobre Comunicação e Família, contou com assessoria do padre Augusto César Pereira. Já estamos com o DVD: “O Grito Silencioso” sobre a campanha contra o Aborto defendida por alguns parlamentares para mudar a lei.
Na reunião sobre a Pastoral da Comunicação em nível nacional, Vagner Mattos sugeriu que se realizasse um encontro nacional, após as realizações dos Mutirões de Comunicação Brasileiro, pois não existe um espaço de discussão próprio da Pascom. A comissão nacional da CNBB, acolheu a proposta com ressalva no critério de participação, limitando a presença de duas pessoas que representem o regional. O encontro será realizado provavelmente em junho de 2008.

Vagner Mattos, participante do 8º Muticom Brasileiro, jornalista da Diocese de Volta Redonda.
Com cerca de duzentas pessoas de vários regionais da CNBB foi realizado o 5º Mutirão Brasileiro de Comunicação, em Belém (PA), com a participação ativa da Pastoral da Comunicação (Pascom) da Diocese de Barra do Piraí Volta Redonda, com o jornalista e responsável pela comunicação da diocese Vagner Mattos.
O Muticom teve como tema: “Comunicação e Amazônia”, e lema: “Fé e Cultura de Paz”.
A conferência de abertura foi assessorada pelo jornalista da Folha de São Paulo, Leandro Beguoci que apresentou os meios de comunicação como uma forma de ajudar a mudar a realidade, porém com a dificuldade de pautar as notícias que a Igreja e organizações populares realizam.
No segundo dia, o arcebispo de Belém, e responsável pelo Setor de Comunicação da CNBB, Dom Orani João Tempesta falou sobre “Comunicação e Fé” destacando o papel da mídia católica no país, com o avanço das tevês de inspiração cristã, principalmente por sua importância na cobertura de assuntos religiosos, como a 5ª CELAM e a visita do Papa.
“Não queremos fazer proselitismo da religião nos MCS, mas sabemos de nossos limites e até que ponto precisamos melhorar e sermos mais eficientes em vários quesitos. Mas como sermos construtores da paz neste universo midiático? Creio que é preciso expandir a presença da Igreja nas regiões Norte e Nordeste do país e em outras mais desligadas”, disse o arcebispo, acrescentando que o Ministério das Comunicações não vem distribuindo concessões para rádio comunitárias, nem educativas, que de acordo com ele, não há boa vontade deles, tão pouco interesse que a Igreja obtenha meios próprios de comunicação.
O padre Bruno Secchi falou sobre “Comunicação e Cultura da Paz” apontando os desafios para superar a violência, pois lembrou que vivemos mergulhados numa cultura da violência, onde as pessoas fazem e querem a justiça pelas próprias mãos, e a mídia projeta com intensidade e sensacionalismo a violência e o sentimento de medo e pavor. “A pessoa humana está ferida, operários recebem baixos salários, população abandonada na miséria, sem dignidade de moradia, educação, saúde, onde o Estado deveria ser mãe e não madrasta”, afirmou Bruno destacando que no bairro Terra Firme, periferia de Belém (PA), são cerca de 90 mil habitantes que dispõem apenas de uma creche para atender somente 100 crianças, e as famílias sofrem com a marginalidade infantil. “Infelizmente a pessoa humana não é mais a centralidade da comunicação”, finalizou.
O jornalista Lúcio Flávio Pinto explanou sobre “Comunicação e Amazônia”, perguntando a platéia se realmente sabemos o que é a Amazônia? Segundo ele é muito difícil e complexo compreender esta região devido sua geografia extensa. “Fiz campanha contra uma hidrelétrica que queria se instalar partindo da idéia que o solo amazônico é ruim, a floresta tem uma especificidade diferente de qualquer floresta do mundo. Desmatamos e não pensamos em sua geografia, que é exepcional, a agredimos com os colonizadores fizeram. Temos que recuperar o cuidado que os índios tinham com ela”, frisou Lúcio Flávio, lembrando que a ocupação humana amazônica é milenar com mais de sete mil anos. O pior é que já acabamos com a floresta numa extensão do tamanho do Estado de São Paulo. A floresta é o bem maior da floresta, onde tudo funciona em harmonia. A população indígena era maior do que a de Portugal com mais de dois milhões de línguas. Na linha de pesquisa nosso governo não investe nada, e isso fortalece o desconhecimento da amazônia, facilitando a invasão estrangeira com grandes empresas multinacionais de pesquisa. Neste caso os Estados Unidos nem precisam ocupar a Amazônia, é só continuar com o governo que temos”, disse o jornalista prevendo uma catástrofe sem retorno para humanidade caso não trabalhemos pela preservação da única floresta que restou do planeta. “A Amazônia é o último domínio de água e floresta, depois que ela acabar não teremos mais possibilidade na terra”, apelou Lúcio Flávio lembrando que precisamos de autonomia nesta região e obter informações precisas afim de preservá-la, ao invés de exterminá-la”.
Em um outro painel os regionais da CNBB informaram como vem se organizando nos últimos dois anos: Norte 2 realizou seu I Muticom em 2006 em Belém, com a presença de 300 pessoas. Mesmo com a dificuldade de transporte a Pascom vem crescendo no regional.
Nordeste 2 – A Pascom começou do zero, a maioria das dioceses não tinham nenhuma organização de Pascom. Realizado o I Muticom em 2006, com grandes resultados e destaque pelo acompanhamento e apoio direto de Dom Irineu, da Diocese de Garanhus, que infelizmente foi transferido para Joinvile (SC). O 2º Muticom será realizado de 26 a 28/10/07, em Natal com 17 oficinas.
Sul 1 – Realizou o 1º Muticom em 2004, com a presença de 30 dioceses das 47 que formam o regional, no Estado de São Paulo. O 2º Muticom, realizado em 2006, e o 3º Muticom será em 2008. A Diocese de Catanduva (SP) realizou um Fórum de comunicação com o tema do Dia Mundial da Comunicação 2007, com apoio do Senac, realizaram oficina de Leitura Crítica da Comunicação, e passeata envolvendo a Pastoral da Educação.
Sul 3 – Vem promovendo a Escola de Comunicação durante as férias de julho e janeiro com a participação de centenas de pessoas. Das 17 dioceses do regional, apenas 4 não tem Pascom. Não promoveram Muticom, mas seminários. Destaque para o trabalho da Rádio da Diocese de Santa Cruz do Sul, comprado com o trabalho de todos os diocesanos.
Ne 1 – Promoveu encontros regionais de comunicação, realizou várias atividades para comemorar os 10 anos da Pascom no regional. Duas dioceses possuem rádios próprias.
Le 1 – Com a apresentação de Vagner Mattos e o padre Jac da Diocese de Petrópolis, o Leste 1 foi destacado, devido ao trabalho com as 10 dioceses, sendo que três não vem participando das reuniões do regional. Foi realizado dois seminários em 2005 e 2006, destaque para a Pascom da Diocese de Volta Redonda que já promoveu o 8º Muticom e nunca deixou de participar do Muticom Brasileiro. O 1º Muticom Regional será realizado de 17 a 21 de julho de 2008, na Diocese de Petrópolis.
O terceiro dia foi aberto com assessoria de Maria Doly, que falou sobre a “Promoção da Vida e Família”, Maria ressaltou que a vida é um direito de todos, e senão tivermos um bom trabalho de organização da comunicação esta vida corre imenso perigo, como é o caso do Aborto. Segundo ela é preciso leis que amparem o casamento, o direito das crianças, do feto, e políticas públicas para que todas tenham direito de ter uma família numerosa. Os MCS fazem a banalização do sexo, da genitalidade do homem e da mulher. Segundo pesquisas 90% da população não quer a legalização do aborto. “Morrem cerca de três mil mulheres por ano, em contato com animais e plantas por envenenamento, isto é questão de saúde pública, grave e ninguém fala nada. Uma das formas para tentar legalizar o aborto é deturpar as estatísticas, arrumar uma vítima, que no caso a Igreja vem reagindo,mas precisamos pressionar nossos parlamentares federais para que não votem a favor do Projeto de Lei 1135/91, em votação na Comissão de Seguridade Social da Família”, afirmou Doly, que apresentou o filme “Grito Silencioso”, que mostra como os médicos fazem o aborto.
O padre Nelo Rufaldi, do CIMI falou sobre a “Cultura Indígena” recordando a dor dos povos indígenas ao verem suas árvores caídas, os rios e os peixes mortos pela ação do homem branco, parecido com o filme sobre o aborto. De acordo com Nelo os índios vem conseguindo preservar sua cultura através do uso dos MCS, que são explorados a favor da cultura de seus povos. “Hoje as aldeias se comunicam com mais rapidez, cada um sabe como o outro vem sofrendo, e isto ajuda a organizar uma luta conjunta, graças aos veículos de comunicação como o vídeo, o DVD, o CD, a internet. Mas sabemos que é preciso avançar muito, porque apenas o estado do Amapá tem as terras indígenas demarcadas”, lembrou padre Nelo, destacando que a mídia também trabalha contra os índios a favor dos fazendeiros latifundiários.
Pelo Comitê irmã Doroth Stang, Denailson disse que vem ganhando força a luta contra a impunidade dos mandantes de crimes contra os trabalhadores rurais e líderes sindicais, e o comitê procura buscar apoio e vem conquistando da CRB e entidades internacionais que apóiam a justiça. “Temos que lutar contra o coronelismo que tem o apoio da mídia é claro. Outra classe que precisamos resgatar é a dos jornalistas que são profissionais exclusivos dos poderosos atualmente, parece que eles não estão preocupados mais com o social, e sim com eles próprios”, disse Denailson, ressaltando o trabalho do jornalista Lúcio Flávio que vem denunciando as ações dos poderosos da região Norte e tem dificuldade de divulgar informações verídicas sobre a Amazônia.
O quarto dia teve a assessoria da antropóloga, Dra Eneida Assis, que falou sobre o tema: “Mídias, imaginários e culturas amazônicas”. Ela disse que a Amazônia não é apenas uma terra composta de estados e municípios, pois quando falamos em Pulmão verde a idéia é velha, e agora a nova terminologia é o aquecimento global. Não é preciso irmos a floresta amazônica para vermos a degradação ambiental, é só repararmos como nossos rios em nossas cidades são tratados, nossas praças públicas e ruas. Nossos povos indígenas vivem numa situação dramática com a invasão em seu solo, o asfaltamento absurdo da rodovia transamazônica. “O desmatamento é nocivo e reflete o modelo de política estabelecido na Amazônia, chamado o milagre Brasileiro, que ganhou ênfase maior nos anos 60 e força maior nos anos 70, e esta situação passa modificar do que deve ser desmatado a partir de 2000, a necessidade de estabelecer zoneamento de áreas de conservação, próximas as chamadas terras indígenas. Este desmatamento precisa parar, porque esta política de reflorestamento é muito fraca, não tem o peso que deveria ter, e quando falamos em reflorestamento só falamos de madeira vegetais voltadas para o corte de madeira, e não o reflorestamento que vem sendo discutido há apenas dois anos a base das espécies amazônicas. O desenvolvimento sustentável já começou , tende a intensificar, pois a discussão do aquecimento global, essa nova visão da sustentabilidade ganhou uma nova aliada, o aquecimento é uma ameaça não só aos povos, mas principalmente para a Amazônia, que a seca de 2006, mostrou um pouco das conseqüências”, disse Eneida, frisando que é preciso divulgar mais as ações positivas a respeito da Amazônia que são veiculados apenas pela Amazon SAT, onde poucas pessoas tem acesso a esta programação.
A doutora em comunicação, irmã Joana Puntel (fsp) começou sua explanação dizendo que é uma redundância conceituarmos a mídia como um grande feito da humanidade, mas sim dizermos que a comunicação é um grande feito da humanidade, e seu estudo é pouco difundido. “Vivemos bombardeados atualmente com informações e imersos nesta cultura midiática, e não prestamos a atenção o quanto a comunicação é a possibilidade de articular melhor a sociedade. O grande desafio hoje é a manipulação dos meios de comunicação, pois quem tem facilidade e rapidez tem o poder nas mãos”, destacou irmã Joana, lembrando que a pessoa humana vive dois mundos: dos compromissos das práticas e o mundo da fantasia e do imaginário.
O padre Manoel Filho apresentou o trabalho de Pascom que sendo efetivado há sete anos na Arquidiocese de Salvador, que de acordo com ele é preciso trabalhar a Espiritualidade da Comunicação em conjunto com o específico da formação da comunicação nesta pastoral. “Estamos num momento bom, e temos um projeto dividido por setores em nível paroquial, de formação de agentes e de mídias, porque temos 115 paróquias, e queremos capilarizar este setor com formação e cursos rápidos, articular mais os MCS da arquidiocese, site, desenvolver o jornal da arquidiocese para toda a sociedade, e programa de tevê em parceria com a CNBB, e também com Crateús e Manaus, que estão trabalhando conosco neste programa. Pouco a pouco as pessoas vão entendendo que comunicar é evangelizar, e precisam ter formação para isto. O curso de formação rápido na área de oratória, capacitação de recursos são muito procurados”, destacou padre Manoel.
O padre César Moreira da Tevê Aparecida (SP) falou sobre “Mídia Católica e Evangelização”, ele vê com grande êxito a presença da Igreja na tevê, com os diversos canais, e cada um com sua linha de trabalho, mas lembrou que é preciso melhorar muito o conceito de comunicação e do fazer comunicação na Igreja, que passa pela ação nos meios. “Precisamos entender que comunicar é relacionar e neste sentido todos temos o dever de nos ajudarmos mutuamente”, disse César, acrescentando a mídia é utilitarista.
A jornalista da Tevê Liberal (Globo Local), Jaqueline Almeida falou sobre “Comunicação e Missão nas Periferias”, ela trabalha numa ong a CEDECA/Emaús de proteção a infância e adolescência em Belém (PA). Jaqueline disse que a comunicação não é reconhecida como um direito à voz, e de expressão para a cidadania. “A mídia é um mal necessário! Quando falamos em periferia temos que levar em conta a realidade das pessoas, e procurar aproveitar as novas tecnologias para divulgar bons exemplos, como é o caso da cartilha de direitos humanos que fizemos no CEDECA para apoiar as crianças e adolescentes em situação de risco. Fomos até o local onde a marginalização acontece, um trabalho profissional de pesquisa de campo, que muito contribui para atacarmos o problema e buscarmos soluções conjuntas”, afirmou Jaqueline.
O arcebispo emérito da Arquidiocese de Belém (PA), Dom Zico que completa 80 anos em agosto, disse que o Muticom foi um marco para a Igreja do Brasil e o tema suscitou a ousadia de enfrentar o desafio com coragem. “Me alegro por ter sediado o evento, e realçou a posição do papel dos comunicadores em relação à Amazônia, e ela deve ser vista e amada como um dom de Deus por todos nós. Vejo que a comunicação está crescendo no país. É uma benção de Deus a Pascom e os meios que possuímos como a rádio e a tevê Nazaré, que é difundida em toda a Amazônia”, destacou Dom Zico.

NOVIDADES DO 5º MUTICOM PARA A DIOCESE NO CAMPO DA FORMAÇÃO

Vagner Mattos trouxe três novidades do 5º Muticom: o Curso de Crítica de Cinema, (Comunicação e Família, grupo de estudo), e material de conscientização para jovens e adultos sobre a questão do Aborto. O repasse destes cursos serão aplicados nas reuniões da Pascom nos regionais: 1ª Terça-Feira do mês, na Matriz de São Sebastião em Barra Mansa às 19h. Na primeira segunda-feira do mês, na Matriz de N.Senhora da Conceição em Resende às 19h. Na última quinta-feira do mês, na Cúria Diocesana em Volta Redonda. No 9º Muticom em abril de 2008, será oferecido o Curso de Crítica de Cinema, onde abriremos inscrições a partir de fevereiro de 2008.
Além dos cursos rápidos e volantes que a Pascom Diocesana já oferece, agora contaremos com a ampliação dos conteúdos. Dois filmes foram analisados no curso: Conceição Nobre de Walter Sales, e Expedito, que ganhou o Prêmio Margarida de Prata da CNBB, e em breve estará em cartaz nos cinemas. O curso de Crítica de Cinema foi assessorado pelo professor Miguel Pereira, da PUC/Rio. Em relação ao grupo de estudos sobre Comunicação e Família, contou com assessoria do padre Augusto César Pereira.
Já estamos com o DVD: “O Grito Silencioso” sobre a campanha contra o Aborto defendida por alguns parlamentares para mudar a lei.
Na reunião sobre a Pastoral da Comunicação em nível nacional, Vagner Mattos sugeriu que se realizasse um encontro nacional, após as realizações dos Mutirões de Comunicação Brasileiro, pois não existe um espaço de discussão próprio da Pascom. A comissão nacional da CNBB, acolheu a proposta com ressalva no critério de participação, limitando a presença de duas pessoas que representem o regional. O encontro será realizado provavelmente em junho de 2008.

Vagner Mattos, participante do 8º Muticom Brasileiro, jornalista da Diocese de Volta Redonda.

quinta-feira, 21 de agosto de 2008

Poema

LIMITE

O limite da minha dor
Se reflete ao limite do meu caminhar
Eu vivo experiencias que me remete
Ao senti-las e assim existo
Humanidade que me permite a cada dia me conhecer
E nesse conhecimento permito-me ser reconhecido
Porque minha dor , DEUS faz nascer alegria
Alegria , que para mim mais que tardia
Alimenta a graça de contar sempre com a aproximação do ETERNO
Que me faz novo ,
Com minha luta e disposicao
Sacrificio que é recompensado em sorrisos
De um testemunho que os alcançaram
No seu momento de experiencia num confronto ao seu limite
É por isso que com a força do meu canto , exalto ao SENHOR
O SENHOR do meu limite
Que diante do meu limite
Sempre me da uma lição do que é o sentido do sentimento AMAR.

DEIXA DEUS SER O AUTOR DA SUA HISTORIA

NOVO DIA ,
NOVO DIA SE DESPONTA , PRIMAVERA
MAS A MINHA ALEGRIA NAUM EXPANDE A SUA ESSENCIA
NO REFLEXO DO MEU ROSTO NO ESPELHO
INVERNO É O QUE ESCREVI NA MINHA PAGINA
PAGINA DA MINHA VIDA
HISTORIA COM UM PERSONAGEM E SUA QUEDA
A ESTAÇÃO QUE TRANCENDE EM MIM :]
É ILUSÃO...
ME ILUDI E QUEBREI UM ELO
ME PERDI E ROMPI A ALIANÇA
DEIXEI ME LEVAR POR FORTE SEDUÇÃO
ME ENTREGUEI ,
ME ESQUECENDO DAS PROMESSAS.

(...)

MAS MESMO ASSIM ,
O DONO DA MINHA HISTORIA
VEIO A MIM ,
E A MINH'ALMA SE AQUECEU COM SEU CALOR
AMOR DE PAI
QUE AMA , QUE AMA , QUE AMA...
E SE RECONCILIA COMIGO
DE UM ERRO QUE EU COMETI
SÓ ASSIM QUE ENTENDI ,
QUE DEUS ME ENTENDE
E
ESSA HISTORIA
NAUM ACABA ASSIM.

(...)

VIDA NOVA , NOVO DIA
A ESPERANÇA FLORECE A ESTAÇÃO DO MEU CAMINHAR
EM BUSCA DO CÉU
VIDA NOVA , NOVO DIA
E A FELICIDADE DA SALVAÇÃO VOLTA A GRITAR
O SILENCIO DO MEU CORAÇÃO
NOVO DIA , VIDA NOVA
QUE SEGUE O SEU PERCURSO A CAMINHAR
E VC NAUM VAI PARAR , VAI ?
SÓ É PRECISO SABER ,
AONDE QUER CHEGAR ?


"O CRIADOR SEMPRE NOS DA
UMA FOLHA EM BRANCO
PARA NOSSA
HISTORIA CONTINUAR
FAZENDO DA NOSSA VIDA
UMA MISSÃO :
QUAL É A SUA?"

quarta-feira, 20 de agosto de 2008

Oração Mariana

"VIRGEM MARIA MÃE DE DEUS E NOSSA MÃE AO VOSSO IMACULADO CORAÇÃO CONSAGRO-ME EM ATO DE PLENA ENTREGA DE DOAÇÃO AO SENHOR .POR VOS SEREMOS LEVADOS A CRISTO VOSSO FILHO E FILHO UNIGENITO DE DEUS E POR ELE E COM ELE AO SEU ETERNO PAI.CAMINHEMOS A LUZ DA FÉ , DA ESPERANÇA E DO AMOR ATÉ OS CONFINS DA TERRA. ASSIM SOB A MATERNAL PROTEÇÃO DO VOSSO IMACULADO CORAÇÃO, SEREMOS UM SO POVO COM CRISTO CONQUISTADA NA SUA MORTE E TESTEMUNHAS DA SUA RESSURREIÇÃO.VIRGEM MÃE DE DEUS E NOSSA MÃE , AO VOSSO CORAÇÃO IMACULADO CONSAGRAMOS O BRASIL E A TODOS OS HOMENS ASSOCIADOS AO APOSTOLADO DE EVANGELIZAÇÃO E NA PROPAGAÇÃO DEVOCIONARIA , TENDO EM DEUS A REALIZAÇÃO DOS SEUS DESIGNOS PARA QUE PREPARE , APRESSE O TIUNFO DO VOSSO IMACULADO CORAÇÃO. TOMAI-NOS SOB A VOSSA PROTEÇÃO , DEFENDEI-NOS DOS PERIGOS , AJUDAI-NOS A VENCER AS TENTAÇÕES QUE NOS SOLICITAM PARA O MAL , A CONSERVAR A PUREZA DO NOSSO CORPO E DA NOSSA ALMA. SEJA O VOSSO IMACULADO CORAÇÃO REFUGIO MATERNAL , CONCEDEI-NOS A GRAÇA DE ORAR E NOS SANTIFICAR POR AMOR A JESUS , PELA CONVERSÃO DOS PECADORES E EM REPARAÇÃO PELOS PECADOS COMETIDOS CONTRA O VOSSO IMACULADO CORAÇÃO .POR MEIO DE VOS , EM UNIÃO COM O CORAÇÃO DO VERBO DIVINO QUEREMOS VIVER PARA A SANTISSIMA TRINDADE EM QUEM CREMOS , A QUEM ADORAMOS , ESPERAMOS E AMAMOS.
AMEM.

Profecia para os catolicos de Volta Redonda

Profecia :

"Escuta servo meu a voz do seu mestre
Convertei-vos , convertei-vos
A vossa lingua , vossos atos
Escutai servo , escutai Israel
Aquilo que falo , Eu cumpro
E em minhas promessas , Eu nao volto atras
Pela minha compaixão
Favorecerei os vossos clamores
Que chegam ao meu trono
Escutai , escutai a voz do seu mestre
Não tenhas medo , não te cales
Escutai , escutai
E esperai em Mim
Pois contemplarão a Gloria do Senhor teu Deus."

10-08-2008

terça-feira, 19 de agosto de 2008

O TOLITARISMO GAY

Doutrina Social

O totalitarismo gay

A ‘causa gay’ possui cada vez mais espaço nos meios de comunicação de massa e nas artes. As telenovelas, especialmente, vêm há décadas propagando a ideologia homossexual, solapando valores muito caros à família brasileira e deformando sua opinião. A ditadura do politicamente correto impede as pessoas de fazer qualquer crítica ao modo de ser dos homossexuais, pois temem ser tachadas de retrógradas ou preconceituosas. A liberdade de consciência foi engessada.
Agora, os defensores da causa gay, não satisfeitos com a propaganda massiva favorável à sua causa, tentam dar o golpe final nos seus opositores: levar à prisão quem ‘ouse’ criticar a homossexualidade.
Está-se falando do Projeto de Lei n.º 5003-b, aprovado pelo Plenário da Câmara dos Deputados no final de novembro de 2006, e que trata dos denominados crimes de homofobia. A proposição irá em breve para votação no Senado.
Dentre os vários artigos dessa verdadeira aberração legislativa, menciona-se o art. 8º, que altera o art. 20 da Lei n.º 7.716/89. Pela redação aprovada, é crime praticar, induzir ou incitar a discriminação ou preconceito de orientação sexual e identidade de gênero. O disposto no artigo 20 engloba a prática de qualquer tipo de ação violenta, constrangedora, intimidatória ou vexatória de ordem moral, ética, filosófica ou psicológica.
O artigo da lei em questão é manifestamente inconstitucional, pois viola flagrantemente a liberdade de pensamento e a liberdade religiosa (art. 5º, inc. IV, VI, VIII e IX da Constituição). Quem sabe se o próximo passo não será proibir a utilização da Bíblia, já que em uma passagem São Paulo recrimina a conduta de homens que se deitam com homens (1ª Coríntios 6:9)?
O Brasil, com tal legislação, estaria instituindo o chamado delito de opinião, o que é inadmissível. É a face mais horrenda do totalitarismo: o Estado decretando uma suposta ‘verdade absoluta’ – o homossexualismo é uma virtude – e proibindo qualquer oposição a essa ‘verdade’ (sob pena de prisão), nada importando que a oposição seja de cunho moral, ético, filosófico ou religioso.
Ora, o brasileiro não deve ceder sua tradição de liberdade a uma ditadura de minorias.
No totalitarismo gay, nenhum homossexual quer ser aceito tão-somente pela sua condição de pessoa, mas quer ser valorizado enquanto homossexual. Quando as pessoas aceitam o homossexual como pessoa humana, mas recriminam sua opção sexual como doentia, o homossexual se sente discriminado; no entanto, os gays não vêem nada de errado em aceitar um católico ou maometano como pessoa ao passo que condenam sua religião como falsa.
Os homossexuais não querem apenas os mesmos direitos dos demais, mas sim direitos muito maiores. Não querem apenas deixar de ser criticados por sua condição ‘diferenciada’ que os torna minorias, mas já não querem ser criticados por quaisquer razões, ainda que inerentes a qualquer membro da espécie humana.
Os direitos que devem ser garantidos aos homossexuais são aqueles mesmos que são conferidos às demais pessoas: direito de liberdade de pensamento, direito à privacidade, direito de ir e vir, direito de freqüentar locais públicos e a todos acessíveis, direito de usufruir dos serviços públicos, etc. Discriminação seria negar esses direitos, a que todos fazem jus, à ‘comunidade’ homossexual. No entanto, constitui rematado absurdo criar direitos específicos para a comunidade gay, tornando-a imune a críticas.
Os homossexuais usam e abusam do termo ‘preconceito’, com que rotulam qualquer opinião que recrimine sua conduta sexual. No entanto, a simples expressão de condenação moral, filosófica ou religiosa ao homossexualismo não se constitui em discriminação, mas exercício da liberdade de consciência e opinião. Os gays não têm qualquer direito de exigir que sua conduta sexual seja mais digna de respeito e consideração que as crenças alheias a respeito da homossexualidade.
Portanto, brasileiro, proteste: escreva para seu parlamentar e para os meios de comunicação, criticando o referido projeto de lei, antes que seu pensamento e sua opinião sobre um determinado assunto possam levá-lo à cadeia.
Cláudio da Silva Leiria é Promotor de Justiça em Guaporé/RS.
Autor: Dr. Cláudio da Silva LeiriaFonte: http://www.pontojuridico.com Publicação original: Março de 2007Saiba mais: Catecismo da Igreja Católica, 2357; 1901-1903.

A INQUISIÇÃO PROTESTANTE

A Inquisição Protestante

Alemanha:
Na época era dividida em Principados. Como havia muito conflito entre eles, chegaram no acordo que cada Príncipe escolhesse para os seus súditos a religião que mais lhe conviesse. Princípio administrativo do "cujus regio illius religio". Os príncipes não se fizeram rogar. Além da administração mundana, passaram também a formular e inventar doutrinas. A opressão sangrenta ao catolicismo pela força armada foi a consequência de semelhante princípio. Cada vez que se trocava um soberano o povo era avisado que também se trocavam as "doutrinas evangélicas" (Confessio Helvetica posterior ( 1562 ) artigo XXX ). Relata o famoso historiador Pfanneri: "uma cidade do Palatinado desde a Reforma, já tinha mudado 10 vezes de religião, conforme seus governantes eram calvinistas ou luteranos" ( Pfanneri. Hist. Pacis Westph. Tomo I e seguintes, 42 apud Doellinger Kirche und Kirchen, p. 55)

Holanda:
Aqui foram as câmaras dos Estados Gerais a proibir o catolicismo. Com afã miserável tomaram posse dos bens da Igreja. Martirizaram inúmeros sacerdotes, religiosos e leigos. Fecharam igrejas e mosteiros. A fama e a marca destes fanáticos chegou até ao Brasil. Em 1645 nos municípios de Canguaretama e São Gonçalo do Amarante ambos no atual Rio Grande do Norte cerca de 100 católicos foram mortos entre dois padres, mulheres, velhos e crianças simplesmente porque não queriam se "batizar" na religião dos invasores holandeses. Foram beatificados como mártires este ano. Em 1570 foram enviados para o Brasil para evangelizar os índios o Pe Inácio de Azevedo e mais 40 jesuítas. Vinham a bordo da nau "S. Tiago" quando em alto mar os interceptou o "piedoso" calvinista Jacques Sourie. Como prova de seu "evangélico" zêlo mandou degolar friamente todos os padres e irmãos e jogar os corpos aos tubarões (Luigi Giovannini e M. Sgarbossa in Il santo del giorno, 4ª ed. E.P, pg 224, 1978).
Suiça:
O Senado coagido pelo rei aprovou a proibição do catolicismo e proclamou o protestantismo religião oficial. A mesma maldade e vileza ocorreram. Os mártires foram inumeráveis. ( J. B. Galiffe. Notices génealogiques, etc., tomo III. Pgna 403 )
Suécia:
Gustavo Wasa suprimiu por lei o Catolicismo. Jacopson e Knut, os dois mais heróicos bispos católicos foram decapitados. Os outros obrigados a fugir junto com padres, diáconos e religiosos. Os seminários foram fechados, igrejas e mosteiros reduzidos a pó. O povo indignado com tamanha prepotência pegou em armas para defender a religião de seus antepassados. Os Exércitos do "evangélico" rei afogaram em sangue estas reivindicações. (A Reforma Protestante, Página 203, 7ª edição, em IRC. 1958 )
Dinamarca:
O protestantismo foi introduzido por obra e graça de Cristiano II, por suas crueldades apelidado de " o Nero do Norte". Encarcerou bispos, confiscou bens, expulsou religiosos e proclamou-se chefe absoluto da Igreja Evangélica Dinamarquesa.Em 1569 publicou os 25 artigos que todos os cidadãos e estrangeiros eram obrigados a assinar aderindo à doutrina luterana.Ainda em 1789 se decretava pena de morte ao sacerdote católico que ousasse por os pés em solo dinamarquês. ( Origem e Progresso da Reforma, página 204, Editora Agir, 1923, em IRC )
Escócia:
O poder civil aboliu por lei o catolicismo e obrigou todos a aderir à igreja "calvinista presbiteriana". Os padres permaneceram, mas tinham de escolher outra profissão. Quem era encontrado celebrando missa era condenado à morte. Católicos recalcitrantes foram perseguidos e mortos, igrejas e mosteiros arrasados, livros católicos queimados. Tribunais religiosos (inquisições) foram criados para condenar os católicos clandestinos. ( Westminster Review, Tomo LIV, p. 453 )

IRLANDA
Os camponeses da Irlanda pegaram em armas para defender o catolicismo.Foram trucidados impiedosamente pelos exércitos de Cromwell. Ao fim da guerra, as melhores terras irlandesas foram entregues aos ingleses protestantes e os católicos forçados à migrar para o sul do continente. Cerca de 1.000.000 de pessoas morreram de fome no primeiro ano do forçado exílio.Esta guerra criou uma rivalidade entre ingleses protestantes e irlandeses católicos que dura até hoje, e volta e meia aparecem nos noticiários.
INGLATERRA:
A "reforma protestante" se expandiu rapidamente porque foi imposta de cima para baixo sem exceção em todos os países em que logrou vingar. O povo foi obrigado a "engolir" as novas doutrinas porque os reis e príncipes cobiçavam as terras e bens materiais da Igreja Católica. Infelizmente nesta época a Igreja era rica de bens materiais e pobre de bens espirituais.Foi com os olhos postos nesta riqueza mundana que os soberanos "escolheram" para si e para seu povo as doutrinas dos novos evangelistas, esquecidos de que todo ouro, terra ou prata se enferruja e fenece conforme ensina a escritura:"O vosso ouro e a vossa prata estão enferrujados e a sua ferrugem testemunhará contra vós e devorará as vossas carnes" ( Tg 5, 2-3 ). Prova isto o fato de que as primeiras providências eram recolher ao fisco real tudo o que da Igreja Católica poderia se converter em dinheiro. Inglaterra: foi "convertida" na marra porque o rei Henrique VIII queria se divorciar de Ana Bolena. (*)Como a Igreja não consentiu, ele fundou a "sua" igreja obrigando o parlamento a aprovar o "ato de supremacia do rei sobre os assuntos religiosos". Padres e bispos foram presos e decapitados, igrejas e mosteiros arrasados, católicos aos milhares foram mortos. Qualquer aproveitador era alçado ao posto de bispo ou pastor. Tribunais religiosos (inquisições) foram montados em todo o país. ( Macaulay. A História da Inglaterra. Leipzig, tomo I, página 54 ).
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Autor: Dr. Udson Rubens Correia Fonte: www.veritatis.com.brA Infância Negra do Protestantismo Como se Expandiu a "REFORMA" no Século XVI E XVII?
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(*). Vamos recordar o caso "clássico" de Henrique VIII, rei da Inglaterra:
Henrique VIII, casado com Catarina de Aragão (filha do rei da Espanha) apaixona-se por Ana Bolena e pede ao papa para "anular " seu casamento. Evidentemente o Papa Clemente VII não consentiu. Então ele decretou que o Papa não teria autoridade sobre a Inglaterra, e ai começou a “Igreja Anglicana”, cujo chefe supremo era o próprio rei.
Em 1536 o rei manda matar Ana Bolena, acusando-a de adultério e casou-se com Jane Seymor; depois da morte desta, desposou Ana Cléves, com a qual ficou pouco tempo. Divorciando-se desta, uniu-se a uma jovem de 17 anos, Catarina Howard, que também foi considerada leviana e condenada à morte; Já com 50 anos o rei tomou Catarina Parr, como a 6ª ”esposa”, com a qual conviveu até sua morte 6 anos depois, em 1547.
- Aí se vê como o diabo cria uma religião, do jeito que ele gosta: Cheia de adultérios, assassinatos e todo tipo de perversidade !!!

Em 27.05.2008
Nilton Fontes

O MARXISMO E A TEOLOGIA DA LIBERTAÇÃO

O MARXISMO E A TEOLOGIA DA LIBERTAÇÃO

Por Pedro Ravazzano

O marxismo conquistou um grande número de seguidores dentro da Igreja. Esse posicionamento ideológico, além de contrariar os ensinamentos do Magistério, gerou um forte braço da esquerda, principalmente na América Latina. A Teologia da Libertação, nascida do encontro de heresias teológicas européias com a metodologia comunista no Novo Mundo, frutificou, tornando-se uma grande arma do socialismo mundial.A Igreja já havia dito que "Socialismo religioso, socialismo cristão, são termos contraditórios: ninguém pode ao mesmo tempo ser bom católico e socialista verdadeiro" [1], mas isso não impediu que religiosos em rebeldia plena ao Magistério afirmassem que "o Reino de Deus é concretamente o socialismo" [2]. Genésio Boff disse, ao Jornal do Brasil, que o proposto pelos seus "não é Teologia dentro do marxismo, mas marxismo (materialismo histórico) dentro da Teologia".Essa falta de caridade e fidelidade ao ensinado pela Igreja, que não condenou o socialismo por motivos pequenos e mesquinhos, mas pela sua incongruência com a Revelação cristã, atingiu seu ápice quando em 1968, religiosos, que já traziam de outrora suas heresias ideológicas, comungaram e ratificaram atitudes terroristas e revolucionárias. FreiBetto, e seus comparsas, aliados a Carlos Marighela, levantaram pontos ao longo da Rodovia Belém-Brasília para implementar uma guerrilha rural, usando o Convento do Araguaia como o centro logístico. Nesse momento os dominicanos se transformaram, Frei Ivo, virou Pedro, Frei Osvaldo, Sérgio ou Gaspar I, Frei Magno, Leonardo ou Gaspar, Frei Beto, Vítor ou Ronaldo, tudo isso para que pudessem contactar Marighela e Joaquim Câmara Ferreira, os cérebros do Agrupamento Comunista de São Paulo (AC/SP), que depois virou Ação Libertadora Nacional (ALN).Esse grupo terrorista tinha como financiador o governo totalitário cubano. O presidente, Carlos Marighela, fundou o AC/SP depois que foi expulso do PCB. Interessante que sua obra, Minimanual do Guerrilheiro Urbano, transformou-se em norte de vários grupos fanáticos de esquerda, como Brigadas Vermelhas, da Itália, e Baader-Meinhoff, da Alemanha. A ALN assaltou trens-pagadores (o roubo de Santos-Jundiaí rendeu NCr$ 108 milhões), realizou seqüestros, como o do embaixador americano, em conjunto com o MR-8 (do hoje ministro da Comunicação Social Franklin Martins e do deputado Fernando Gabeira). Depois da morte de Marighela, em 1969 (por delação do Frei Fernando), a ALN passou a ser liderada por Joaquim Câmara Ferreira, que viajou para Cuba com o fim de receber ordens de Fidel Castro. Além desse extenso currículo, a ALN se envolveu em centenas de assassinatos, tanto em ação solo, como em parceria com outros grupos terroristas; VAR-Palmares (da ministra Dilma Rousseff), PCBR, MOLIPO, Tendência Leninista (esses dois últimos vindos da própria ALN). Tudo isso com a participação, ou no mínimo conhecimento, de religiosos dominicanos.
Os terroristas não lutavam por liberdade, mas sim pelo triunfo da revolução comunista no Brasil, que bem sabemos é o inverso. No regime militar, ditatorial e podador de liberdade, o número de mortos chegou a aproximadamente quatrocentos (lembrando que os guerrilheiros de esquerda cometeram cerca de duzentos assassinatos), enquanto o histórico do marxismo mundial beirava os 100 milhões de mortos. Alguns casos são bastante significativos; na China, 65 milhões morreram depois que Mao Tse Tung iniciou o "Grande Salto para Frente", um desastroso projeto. Na URSS, só de 1917 a 1953, o regime bolchevique havia matado 20 milhões de pessoas, muitos deles religiosos da igreja ortodoxa russa que cometiam o crime de professar o cristianismo. Na Coréia do Norte, que até hoje vive no jugo do regime comunista, o número chegou a dois milhões de mortos. No Camboja, o Khmer Vermelho matou em três anos 1/3 da população. Na América Latina, países como Cuba, Nicarágua e Peru, que estavam intimamente ligados nas arquitetações comunistas, carregam cerca de 150 mil mortos. A ilha de Fidel ainda tem cerca de 2,2 milhões de pessoas, 20% da população de Cuba, de refugiados, principalmente nos EUA. Outros números; África, 1,7 milhão, entre Etiópia, Angola e Moçambique, Afeganistão 1,5 milhão, Vietnã um milhão. Seriam, então, esses 100 milhões de mortos pelo comunismo menos “importantes” do que os 500 assassinados pelo regime militar?Aqui vale uma pequena recordação. Hoje, muitos comunistas se esforçam para desvencilhar o marxismo do que eles chamam de "socialismo real". Lutam contra a história para justificar a eterna defesa de uma ideologia genocida. Primeiramente, na década de 70 - 80, nenhum dos "companheiros" e "camaradas" se incomodava em receber financiamento da China, URSS, Cuba, Albânia etc. Essa repentina aversão ao regime comunista só se sucedeu depois da queda do Muro de Berlim, quando o mundo finalmente pode ver as desgraças cometidas pelas nações marxistas, mascaradas de um projeto de igualdade material. Quando os partidos esquerdistas do Brasil recebiam verba de Havana, Moscou ou Pequim, os três regimes já traziam nas costas centenas e milhares de mortos, e que mesmo com as restrições das mais necessárias liberdades civis, eram de conhecimento do público ocidental. Ademais, mesmo que Marx não idealizasse uma ditadura do proletariado genocida, o que alguns chamam de "socialismo real" é nada mais do que a única via prática de se instaurar um sistema naturalmente fadado ao fracasso. Hayek, um dos maiores homens da economia do séc. XX, mostra em sua obra, “O Caminho da Servidão”, o caráter totalitário intrínseco a concepção socialista, entre outras coisas, afirma; “Os autores franceses que lançaram as bases do socialismo moderno não tinham dúvida de que suas idéias só poderiam ser postas em prática por um forte governo ditatorial (...) Saint-Simon, chegou a predizer que aqueles que não obedecessem às comissões de planejamento por eles propostas seriam “tratados como gado”.” [3] Inclusive cita W. H. Chamberlin, correspondente por doze anos na URSS, que disse que “o socialismo sem dúvida não será, ao menos no começo, o caminho da liberdade, mas o da ditadura e das contraditaduras, da mais violenta guerra civil. O socialismo alcançando e mantido por meios democráticos parece pertencer definitivamente ao mundo das utopias”. [4] Hayek, de forma brilhante, lembrou que o “socialismo democrático (...) não só é irrealizável, mas o próprio esforço necessário para concretiza-lo gera algo tão inteiramente diverso que poucos dos que agora o desejam estariam dispostos a aceitas suas conseqüências”. [5]A Espanha, que não sofreu com um regime comunista, chorou seus mortos na guerra civil, quando marxistas, financiados pela URSS, lutaram pela revolução em terras ibéricas. O historiador Hugh Thomas disse que "Em tempo algum no curso da história da Europa, talvez mesmo de todo o mundo, viu-se um ódio tão apaixonado à religião e suas obras." [6] Tanto na Espanha quanto no Brasil, os marxistas tinham apoio direto dos soviéticos, entretanto, na península, os religiosos eram martirizados e perseguidos, enquanto aqui se convertiam à barbárie comunista. Só nos meses precedentes a guerra 160 Igrejas foram depredadas e 270 religiosos mortos. É célebre a foto onde o Cristo Redentor é "fuzilado" por atiradores comunistas. Ademais, outros monumentos católicos foram profanados, como a histórica imagem de Nossa Senhora de Granada, que tinha que ser chutada para o alistamento na Frente Popular. Os processos de canonização são sempre grandiosos; 61 mártires de Cartagena, 47 Irmãos Maristas, 226 de Valença, 500 foram beatificados a pouco tempo por S.S Bento XVI. Enquanto Frei Betto, e seus camaradas religiosos se levantavam contra os abusos cometidos pelo regime militar, em Cuba 15 mil e 17 mil pessoas eram fuziladas. A consciência era limpa (ou hipócrita?), não se incomodavam em receber dinheiro e treinamento de militantes castritas. A falta de percepção era tão acentuada que se lançavam numa luta contra um inimigo que tinha apenas a pretensão de combater os futuros fuzilamentos, genocídios, e massacres, que ocorreriam no possível Brasil vermelho. URSS, China e Cuba eram os financiadores dos guerrilheiros que diziam lutar por liberdade mais que eram sustentados por regimes genocidas. Tinham mais condescendência com genocidas e blasfemadores do que com famílias cristãs de classe média. Estrebuchavam-se com marcha de católicos rezando o terço, mas aplaudiam as frases de seus ídolos, não mais bezerros de ouro, mas porcos de sangue; "Fuzilamentos, sim, temos fuzilado, fuzilamos e continuaremos fuzilando enquanto seja necessário. Nossa luta é uma luta de morte". [7], "Não sou Cristo nem filantropo; sou todo o contrário de Cristo" [8].
A Teologia da Libertação tem a sua presença no meio religioso reduzida, mesmo com seu esforço atual de se reinventar, a maneira que encontrou para tentar manter a sua influência como outrora, como na década de 80, quando era pujante. Ademais, ainda é ativa na política da América Latina. O próprio PT surgiu nas sacristias das igrejas TL, e ainda hoje, Frei Betto, Boff, e companhia, são articuladores da esquerda nacional e internacional. O frade dominicano tem relações amistosas com Fidel Castro, seu mentor político, as FARC, tendo inclusive o comandante da narcoguerrilha, Raul Reyes, informado que um dos seus maiores contatos junto ao governo do PT era o religioso católico, e com diversos partidos marxistas do continente, sendo um dos membros principais do Foro de São Paulo, dirigindo sua revista quadrimestral, "America Libre". O dominicano, sem nenhuma timidez, barbarizou ao dizer em pleno II Fórum Social Mundial, que "a sociedade do futuro mais livre, mais igualitária e mais solidária se define em uma só palavra: socialismo. Pediu uma salva de palmas para Karl Marx e disse que o homem novo deve ser filho do casamento de Ernesto Che Guevara e Santa Teresa de Jesus", como pontuou Carlos I. S. Azambuja.
A heresia do modernismo deu um grande impulso aos religiosos que já traziam o germe heterodoxo. A massificação foi tão profunda que conseguiram corromper toda a Ação Católica, passando essa a ser um braço dos partidos marxistas. Nessa época, os grandes Bispos de destaque do país estavam em consonância com tais abusos e profanações, fornecendo uma densa e forte proteção aos religiosos que se comportavam diametralmente opostos ao ensinado pelo Magistério. Nesse contexto, é bastante pertinente a figura do ex-frade Leonardo Boff, que diferente de Frei Betto, tinha uma bagagem cultural e teológica de peso. Ele conseguiu estruturar a Teologia da Libertação, dando a ela um fundamento sólido. Sua figura caiu para segundo plano quando ainda religioso se envolveu com uma mulher casada, o que além de acarretar sua saída da vida franciscana, por vontade própria, lançou para um patamar abaixo a sua importância na teologia americana. Mesmo com essa queda, suas sementes já haviam sido plantadas em muitos setores da Igreja. A Teologia da Libertação foi posteriormente condenada através do documento Libertatis Nuntius, que afirmou, entre outras coisas, que ela causava "uma interpretação inovadora do conteúdo da fé e da existência cristã, interpretação que se afasta gravemente da fé da Igreja, mais ainda, constitui uma negação prática dessa fé”. Isso se somou as condenações ao marxismo feitas por Pio IX, Leão XIII, São Pio X, Pio XI, Pio XII, João XXIII, Paulo VI e João Paulo II. Em Puebla, o documento do CELAM frisou que "(...) A libertação cristã usa 'meios evangélicos', com a sua eficácia peculiar e não recorre a nenhum tipo de violência, nem à dialética da luta de classes (...)" (nº 486) "ou à praxis ou análise marxista" (nº 8).
O Magistério, em toda a sua riqueza, é claro quanto a condenação ao socialismo, e a própria Teologia da Libertação. Esta, além da metodologia marxista, cai em outras heresias, como o modernismo, gnosticismo (ambas intrínsecas), mas também milenarismo, se analisarmos a perspectiva socialista de redenção, montanismo, com a sua percepção eclesiológica deturpada, e outras heterodoxias. Essas heresias podem gerar diversas outras, como por exemplo, o berenguarianismo. Além dessas heresias, a Teologia da Libertação descamba para a defesa do aborto, homossexualismo etc. Nas palavras de Frei Betto; "O Estado é laico e deve ter o direito de defender a vida das mulheres pobres não incriminando mais o aborto, o que não significa ser a seu favor." e "Embora eu seja contra o aborto, admito a sua descriminalização em certos casos (...) Se os homens parissem, o aborto seria um sacramento." [9]. O religioso só esquece do ensinamento canônico da Igreja; "Cânone 1398 Quem procurar o aborto seguindo-se o efeito, incorre em excomunhão latae sententiae (automática)", condenação que também recai aos defensores do infanticídio.A Teologia da Libertação conseguiu entrar nos seminários e noviciados e, com isso, se estabeleceu justamente na fonte de formação. Aqui é válido um breve comentário. A chegada da TL nas escolas católicas foi avassaladora. Talvez não haja uma correta atenção a esse problema, o que, de maneira decisiva, impede a restauração de uma vivência católica genuína. O mais irônico, é que a Teologia da Libertação percebeu antes de nós a relevância das escolas e, por isso, se esforçou ao máximo para entrar e se fixar nesses centros estudantis. Hoje, boa parte dos colégios católicos está entregue a ensinamentos liberais e incongruentes com a doutrina da Igreja. O problema é tão complexo, que é até difícil dizer se foram os religiosos que corromperam as famílias, ou as famílias que levaram para os colégios a corrupção. Eu, particularmente, acredito na primeira opção. Os colégios católicos, literalmente, de um dia para o outro, viram seus símbolos sendo guardados em depósitos, aulas de religião reduzidas a um simplismo empobrecedor, Padres com currículos extensíssimos sendo retirados das salas de aula unicamente por serem Padres. Isso sem contar com uma das maiores antíteses com que já me deparei; colégios nominalmente e tradicionalmente confessionais restringindo ensinamentos e vivências religiosas por defenderam o pensamento laico. Esses religiosos tíbios geraram fiéis ímpios, e esses fiéis ímpios formaram famílias liberais-agnósticas-atéias. É a bola de neve.
O apoio de grandes Bispos, no passado, também foi essencial para o fortalecimento dessa linha herética. Essa condescendência episcopal, somada a maciça presença da TL nos seminários, deram a ela uma estrutura sólida e grandiosa. A sua presença na Igreja brasileira foi tão enfática que conseguiam abafar todas as condenações que vinham de Roma, continuando intocados e atuantes. Com o surgimento do movimento carismático, e associações fiéis e ortodoxas (Legionários de Cristo, Opus Dei, Comunhão e Libertação, Arautos do Evangelho etc), a Teologia da Libertação passou a presenciar a sua degradação. Apenas forneciam aos seus seguidores um discurso político e centrado na dialética marxista, tudo convergia para a "justiça social" e luta de classes; Maria a mulher da caminhada, Jesus o revolucionário etc. Com isso, o empobrecimento espiritual dos homens, se tornou inevitável. Esses novos movimentos resgataram o mais puro cristocentrismo.A TL foi sendo assim minada, sua influência reduzida, entretanto, ainda se faz presente, se esforçando para sobreviver em meio ao renascimento católico. Interessante é que essa sua tentativa de manutenção a levou a se aproximar de setores da RCC, que no passado era alvo constante de críticas e acusações por parte da alta cúpula da TL. Ela cavou a própria cova quando afastou a piedade e religiosidade dos fiéis, com isso as suas fontes de vocações secaram. Em contrapartida, os novos movimentos, aversos a essa metodologia dialética e herética, passaram a ter seus seminários e noviciados apinhados de jovens, derrubando de imediato a falaciosa crise de vocações, tão divulgada pela mídia catolicofóbica. Dessa forma, uma nova geração de religiosos foi sendo formada, com fidelidade ao Magistério e ortodoxa no seguimento da doutrina. Serão os futuros padres, freis, monges, Bispos, aqueles que irão execrar por um todo a Teologia da Libertação da Igreja, e coloca-la no seu devido lugar, nos livros de história, como uma heresia ao lado de tantas outras.

Notas

[1] Quadragesimo Anno, nº 117 a 120
[2] BOFF, L. e BOFF, Cl. Da Libertação, p. 96
[3] HAYEK, F. A. O Caminho da Servidão, 1994, p. 48
[4] HAYEK, F. A. O Caminho da Servidão, 1994, p. 53
[5] CHAMBERLIN, W. H. A False Utopia, 1937, p. 202-3
[6] THOMAS, Hugh. A Guerra Civil Espanhola Vol. 2, 1964.
[7] Che Guevara, na Assembléia Geral da ONU em 11 de dezembro de 1964
[8] Che Guevara em carta familiar
[9] Frei Betto, A Questão do Aborto

Declaraçoes equivocadas

Jornal Aqui
Edição 594 - 2 de Agosto de 2008

Declarações equivocadas

Me causou uma grande estranheza algumas declarações do Bispo Emérito D. Waldyr Calheiros. A Igreja Católica não se furta de sua missão e tem opinião definida a respeito de varias questões. Concordo com o senhor Bispo na questão do aborto até porque é a opinião da Igreja, mas temas como celibato, católicos evasivos e homossexualidade não concordo não e explico porque :

*Celibato: num mundo todo erotisado (sic) como o nosso, onde se exalta a questão do corpo e não a da alma (espiritualidade) é motivo de vocação sim ser padre celibatário até porque se busca ter Jesus, o Sumo Sacerdote , como modelo.O que dizer então aos novos candidatos ao presbitério?Depois dizem em homilias que há falta de padres e que a Diocese não gostaria de "importar" padres, pois tem que ser do jeitinho diocesano. Acho que como bispo emérito ele foi infeliz na escolha do tema e da resposta e não o considero tão polêmico como ele foi exaltado na entrevista.
*Homossexualismo : a sua resposta foi invasiva (sic), não promover e apenas respeitar ele se furta da condição de pastor. Não quero polemizar o assunto até porque iriam me chamar de preconceituoso por ser contrário à prática homossexual, pois assim reza a Sagrada Escritura e é a opinião da Igreja. A Igreja condena a prática homossexual e não pode se furtar de evangelizar, dar uma consciência cristã, de conversão aos que vivem tais práticas. Existe uma frase que define bem: Deus odeia o pecado, mas ama o pecador. A Igreja não quer formar livres pensadores , espalhando até mesmo confusão com suas opiniões causando assim uma "ruptura" com o pensamento da Igreja. E termino fechando esse pensamento com a mesma frase dita por ele: "... a própria natureza nos convida a ter outras experiências. O que não significa que temos que segui-las". Com Jesus tudo pode ser mudado pela força da oração!

*Evasão de católicos: é a área que gostaria mais de destacar em minha opinião. Dizer que a Igreja batizou todo mundo e soltou não me convenceu não, principalmente em Volta Redonda que no seu bispado comungou-se e enraizou-se uma fé-partidária, uma fé-social, uma fé-política, e foi nessa época que muitos católicos saíram e foram encher Igrejas Independentes (evangélicas). Eu não sou fã nem um pouco de estar numa Missa onde a homilia é notícias de jornal, é defesa partidária e de movimentos sociais, até mesmo de desavenças teológicas de padres A e padres B, deixando de lado a Sagrada Liturgia.Muitos amigos hoje não fazem parte de nenhuma Igreja por muitos padres fazerem do altar de Deus palanque político e meramente político, será que a política morreu na cruz por nós?E o que dizer de muitos "católicos" que não tem identidade católica, são católicos-espíritas , católicos-cartomantes , católicos-maçons , católicos-benzedeiras , católicos-macumbeiros entre outras coisas , aonde está o erro ? Quem tem o oficio de ensinar?Eu sou feliz por ser católico e amo a minha Igreja e eu fui buscar conhecer minha Igreja e graças a Deus eu encontrei a RCC , movimento que deveria ser aliada da diocese mas não é tratada como tal , infelizmente, então na hora que era para ensinar "...falaram de como ser politizado na sociedade..." , "...que temos que nos indignar..." , "...filiar aos partidos..." , bla bla bla...
Dizer que os evangélicos ganharam campo é muito fácil até porque os evangélicos tem uma rádio onde se toca musicas evangélicas, onde se ensina suas doutrinas , onde divulgam seus eventos , convidam outras pessoas a participarem dos seus cultos etc, etc ...
Em Volta Redonda temos rádio católica diocesana ? Se busca investir nesse projeto? Tem uma igreja evangélica que vai construir um templo, a nossa diocese tem uma Catedral?
Esses seriam os meios que poderiam ajudar a melhorar a evangelização em nossa diocese e fazer com que nao crescesse o "campo" evangélico , lógico que tem mais coisas, mas isso deixo pra aqueles que comandam a nossa diocese.

Leandro Costa